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Podcast Rolando 20 – Episódio 77 – Acessórios

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Pegue seu escudo, seus dados, suas miniaturas e muito mais! Essa semana, Daniel Anand & Gustavo Sembiano falam sobre acessórios para jogos de RPG, tanto os off-line, como marcadores, tokens, mapas, props, quanto online como geradores de dados, gerenciadores de ficha e outros.

Links mencionados:

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Deixem nos comentários as suas sugestões de acessórios nos jogos de RPG!

E rolem 20!

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Resenha

Storm King’s Thunder – resenha

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A nova campanha de Dungeons and Dragons: Storm King’s Thunder (SKT) é um novo evento transmídia que envolve o livro de aventura, o videogame Neverwinter, conteúdo gratuito (meu preço favorito!) na Dragon+ (clique aqui), e Adventurer’s League e, imagino, romances a caminho. E MAIS ainda!!!! As aventuras de Force Gray: Giant Hunters, do canal The Nerdist AQUI no qual poderemos acompanhar as aventuras de uma equipe de aventureiros especialistas…

Além de ser mais um laçamento de altíssima qualidade com conteúdo de tirar o fôlego, SKT é o primeiro livro de campanha produzido pela própria Wizards of The Coast (os anteriores vieram de estúdios licenciados) e, por causa disso conversa com mais intimidade com a casa dos Magos da Costa (na verdade, Curse of Strahd também é do estudio da Wizards, obrigado ao Thiago “bispo” @thirisi pela correção nos comentários!). Neste livro, veremos ganchos para ligar a nova campanha aos anteriores arcos, dessa forma, os aventureiros podem embarcar na caça aos gigantes saindo das campanhas Lost Mine of Phandelver, Hoard of the Dragon Queen, Princes of the Apocalypse e Out of the Abyss de forma natural e orgânica aproveitando o background desenvolvido. Perceberam que Ravenloft não é mencionado? É porque ninguém sai de Ravenloft…

As organizações e facções de Forgotten são brilhantemente inseridas na história, dando profundidade e fluidez às interações e background dos aventureiros, que realmente vão sentir que estão participando ativamente das transformações do mundo. Destaque pra uma nova facção: The Kraken Society!!! Você achava que a Irmandade do Dragão era formada por malucos? Espera pra ver essa galera…

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Vamos à aventura!

A campanha se inicia com a suspensão do mandato divino que estabelece uma hierarquia entre os diferentes tipos de gigantes (colina, pedra, gelo, fogo, nuvens e tempestade), chamado The Ordning (mais no artigo do @sembiano AQUI!) como resultado, os diferentes tipos de gigantes passam a disputar a hegemonia uns sobre os outros, trazendo o caos para as terras (mais ou menos) civilizadas do Norte. Não só isso, mas diferentes poderes e organizações aproveitam a confusão para avançar as próprias agendas de formas, no mínimo… inusitadas… quer dizer, nem nos meus sonhos mais malucos me ocorreria… sequestrar um gigante…

Mais focado em interações sociais, SKT traz uma senhora lista de personagens para facilitar a busca e controle da história. E péra!!!! Não teremos apenas que lutar contra gigantes, senão que a resolução de momentos chave da campanha vai exigir nos tornarmos GIGANTES!!!!!!!! (oportunidade de interagir  de forma descolada com as gatenhas gigantes que movem os fios de algumas tramas… #fikadika

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Como esse tipo de campanha é complexa e exige muito controle do DM, o livro inclui um utilíssimo fluxograma que ajuda a visualizar os rumos da aventura, facilitando a consulta de conteúdos chave em momentos críticos (obrigado Wizards!)

Com um enfoque na mitologia gigante e sua sociedade, os personagens terão a oportunidade de conhecer mais sobre esses seres e interagir de forma muito mais rica que o tradicional mata e pilha que nos dá tanta alegria, agora poderemos negociar, estabelecer alianças com diferentes facções e nos envolvermos na intriga de gênios maquinadores que manipulam personagens poderosos. Não só, mas poderemos experimentar boa parte do arsenal dos gigantes em diferentes momentos e nos aprofundarmos na misteriosa Magia Rúnica dada pelos deuses para auxiliar na guerra entre os gigantes e os dragões (mais no excelente artigo do @sembiano AQUI sério, esse cara não para??). E, finalmente, a correria é frenética, e a ação percorre o continente i n t e i r o… por cima, por baixo e sequências marítimas eletrizantes. Com uma variedade incrível de cenários para explorar e a adição de uma nova localidade para basear a logística e lamber as feridas entre um capítulo e outro: Goldenfieldsn, não dá pra sentir tédio em Storm King’s Thunder!!!

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Acha que está à altura do desafio, aventureiro???? Então prove!!!

Quer ver um pouco mais do conteúdo do livro? Aqui está um pequeno vídeo que fizemos para apresentá-lo:

Detalhes do livro:

Capa dura, totalmente colorido, 260 páginas recheadas de conteúdo incrível, incluindo hand outs para ajudar no roleplay de personagens chave, mapas das regiões visitadas e um mapa atualizado do mundo (mais ou menos) conhecidos de Forgotten Realms.

Um mapa atualizado de Forgotten Realms que cobre desde a Costa das Espada até Anauroch, e do Norte até o High Moor, com uma colher de chá do Mar das Espadas e do Mar sem Rastros! O original com deliciosos 2.5Mb AQUI (obrigado ao @sembiano pela dica!)

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Chegou o módulo Storm King’s Thunder – vídeo!

Apresentação do recém recebido módulo Storm King’s Thunder de Dungeons and Dragons 5ª Edição.

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Amanhã resenha!!!

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Grand Theft SpellJammer! – terceira parte

Se tem uma coisa que a gente sabe fazer é uma entrada espetacular.

O portal abriu exatamente no meio da enorme sala de controle do SpellJammer iluminada tenuemente pelo brilho fantasmagórico do phlogiston do espaço lá fora, e avançamos imediatamente em meio a uma onda de destruição.

Deixei o Paladino ir na frente para passar por cima dos umber hulk derrubando um atrás do outro com a Vingadora Sagrada enquanto eu ia flechando os neogi confusos a medida que caiam das costas dos monstros. A Barda tocava o alaúde com acordes que estremeciam o chão e faziam os Devoradores de Mentes se retorcerem em agonia e, claro, o Mago Xan descarregava relâmpagos pra todo lado provocando uma devastação inacreditável.

-Tranquem a porta!! – ordenou jogando pro lado o corpo carbonizado de um Ilithid para deixar livre o controle do Elmo do SpellJammer. Aquilo era enorme… Havia sido feito para propelir o maior navio voador do universo e duvido que houvesse um ser humano que conseguisse fazê-lo se mover…

O Paladino e eu nos aproximamos da base do Elmo enquanto o Mago se posicionava para tomar o controle, a estranha estrutura começou a vibrar e brilhar imediatamente, absorvendo todo o poder mágico dele. Pelas janelas de diamante era possível ver dúzias de navios aranha e nautiloids enxameando por toda a parte e se virando para atender aos pedidos de socorro que recebiam enquanto os mercenários Giff esmagavam a resistência.

-Os Giffs são durões – era o maior elogio de que o Paladino era capaz -. Como você os convenceu a se unirem a essa batalha, Ranger?

-Falei que eu estava por aqui… faz um tempo que eles estão tentando arrancar meu couro…

-O que você fez para irritar a maior guilda de mercenários do universo? – ele arqueou uma sobrancelha com ar de desaprovação.

-É uma longa história que inclui cassinos e prostitutas… não quero falar sobre isso agora…

-Vamos com isso, gente. O show não pode esperar!!! – enquanto falava, os dedos da Barda já corriam furiosamente pelas cordas do alaúde fazendo a sala estremecer novamente e concentrando as energias mágicas que imbuíam o Elmo e começavam a mover o SpellJammer pelas nuvens de phlogiston -.

-Adeus, velho amigo – sussurrei enquanto deixava meu arco, mais velho que a maioria dos reinos de Faêrun sobre a plataforma do Elmo. As runas mágicas brilhavam poderosamente em meio a toda aquela magia acumulada no ar. O Paladino fez um gesto de aprovação e levantou a Vingadora Sagrada se preparando para golpear.

Tudo ficou parado por um instante: o Paladino, com a armadura prateada refletindo o brilho esverdeado do phlogiston; o Mago, em transe enquanto sua mente se fundia com o SpellJammer; a Barda, estremecendo com os acordes da sua música e os cabelos esvoaçando em meio à  ventania mágica…

A Vingadora Sagrada golpeou o arco e o Universo explodiu.

Fomos jogados para trás enquanto a magia liberada pela destruição das armas varria tudo um instante antes de ser canalizada pela música da Barda em direção ao Elmo controlado pelo Xan. A súbita sobrecarga jogou o SpellJammer pra frente atropelando os navios inimigos que se preparavam para atracar e provocando uma série de explosões devastadoras e as estrelas lá fora começaram a se dobrar e se estender de formas estranhas nas janelas.

-Que os deuses me perdoem… deu certo, Ranger! – o Paladino levantou com a armadura amassada pelo tranco -. O que fazemos agora?

-Bora pra Rocha de Braal – respondi, esfregando as mãos -. Aposto que a gente consegue uma boa grana por este negócio…

 

 

Criaturas de SpellJammer

Com um universo inteiro para povoar, designers de Dungeons and Dragons puderam dar vazão às ideias mais malucas que povoavam suas mentes doentias. SpellJammer é infinito, estranho e às vezes maravilhoso ou assustador. Com uma pegada que incluiu Piratas do Caribe retrô, Star Wars, Star Trek, Alien (sempre escrevo “Aline”, Freud explica… -.-‘), The Thing e uma pitada de Lovecraft, é possível que uma aventura passe da alta fantasia de todo o dia para o horror cósmico em poucos minutos. Então vamos dar uma volta no zoológico:

Giff

giff

Da série “but… why?” que incluiu o apavorante “Coelhopato“, alguém achou que ia colar criar uma raça de mercenários hipopótamos brutamontes esperando um bom contrato para cair em cima de seus inimigos. Ou correndo atrás de você por alguma dívida, vai saber… -.-‘

Os Giff vagam pelo universo em grupos alugam sua força em troca de um pagamento justo e podem virar uma batalha como força de choque. Só não peça inteligência. Não rola.

Como a maioria das criaturas de SpellJammer, os Giff foram criados para outro setting, Mystara, e adaptados como uma raça errante espacial com um mundo natal meio lendário que ninguém sabe onde fica.

Beholder

beholder
Oi!

Um clássico incontestável. Os beholder de SpellJammer são absurdamente poderosos, tripulando naves protegidas por campos antimagia e só não conquistam essa porcaria toda porque estão envolvidos em uma colossal guerra eugênica. Cada facção beholder, dividida por coisas tão banais como a cor da pele (que espécie idiota) tenta destruir todas as demais e meio que ignora todo o resto.

 

 

Neogi

neogi

Aberrações nojentas e sociopatas que acreditam que tudo que existe é deles, os Neogi são escravocratas que vivem em uma sociedade absolutamente corrupta e cruel. Se puderem, escravizam, se não der, matam. O próprio ciclo de vida dos neogi é apavorante: os que alcançam a velhice entram em um acelerado processo de senilidade e muitas vezes são atacados pelos outros neogi que injetam neles seu veneno natural provocando a paralisia e, depois, usam seus corpos para chocar seus ovos!!! Os neogi são covardes e traiçoeiros, usam seus escravos como força de choque e costumam cavalgar umber hulks durante os raids sobre contra comunidades desavisadas. As naves neogi tem forma vagamente aracnídea com longas patas que prendem as presas no espaço.

Illithid

illithid

Os Devoradores de Mentes estão aí desde a primeira edição de D&D e não escondem a sua inspiração cthutulhiana. Aberrações que dominaram o u n i v e r s o i n t e i r o no futuro, eles tiveram que fugir para o passado (e complicado…) para escapar da quase extinção provocada por uma rebelião de escravos. Agora eles vagam por pelo espaço e levantam impérios subterrâneos com planos amadurecendo lentamente, conscientes que o universo inteiro estará em suas mãos novamente um dia. As naves illithid tem forma de moluscos gigantescos com tentáculos que podem prender adversários preparando uma abordagem ou formar um esporão capaz de perfurar ou partir ao meio um navio voador.

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Tem mais vídeo!

Esta é a continuação destes artigos AQUI e AQUI

O SpellJammer

Uma estrutura misteriosa e ancestral, O SpellJammer vaga pelo universo sem tripulação. Muitas espécies e poderes disputam seu controle mas as lutas os perigos desconhecidos que guarda essa fortaleza deserta impede que qualquer se aproprie dele por muito tempo. Seus construtores, seu propósito ou o motivo de vagar abandonado permanecem um mistério. Surge e desaparece de forma aparentemente aleatória nos mais diversos lugares e se interior guarda riquezas e artefatos inacreditáveis.

O SpellJammer
Sem banana pra escala, desculpem

 

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Podcast Rolando 20 – Episódio 76 – Guerreiros 5E

episodio-76Guerreiros estão de volta! Daniel Anand e Gustavo Sembiano voltam ao tema do nosso primeiro episódio, dos primórdios de 2008, e debulham o Guerreiro da 5a edição do Dungeons & Dragons. O que gostamos mais e menos, nossas opiniões sobre as habilidades, e as opções para essa classe. Também comentamos vários personagens guerreiros dos mundos de D&D.

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Mini resenha do Adventurers in Middle-Earth Player’s Guide

MuAiMEito bem jogadores e DMs! A Cubicle 7 acaba de mandar a cópia em PDF de Adventures in Middle-Earth – Player’s Guide, o livro que adapta a Térra-Média, cenário de paixão de muitos (especialmente do meu co-host e brother Davi Salles) para a 5a edição do Dungeons & Dragons.

O fluff, arte e cenário do livro é o mesmo dos livros anteriores da Cubicle 7, da série de One Ring, o qual já fizemos alguns posts aqui no Rolando 20. E essa parte não vou resenhar, porque é praticamente a mesma e é animal. O livro vale só por isso se você não tem os livros do the One Ring. Mas o que eu estava curioso para ver era as mecânicas. Faz sentido usar as regras do Dungeons & Dragons para jogar na Térra-Média?

E a minha percepção, baseada numa leitura rápida do livro, é de que sim, funciona. As culturas (raças) e classes, que não são as mesma do Livro do Jogador, funcionam para evocar o sentimento do cenário. As regras novas de Journeys, Corruption, Audiences e Fellowship Phase adicionam o tempero certo ao jogo, e trazem a questão da corrupção, um dos temas mais importantes na Terra-Média.

As culturas são extensas, dando as opções de elfos, hobbits e anões, mas também das várias diversas culturas humanas: pessoas do Lago, Dúnedeins, Beornings, Gondorianos, Rohirin, e por aí vai. Chega de humanos genéricos! 🙂

As classes (Scholar, Slayer, Treasure Hunter, Wanderer, Warden e Warrior) mapeiam bem para classes do D&D, mas adicionam uma riqueza de detalhes refrescante. O jogo fala que você pode ficar à vontade para adicionar Clérigos dos Valares e Sorcerer Blue Wizards, mas que se quiser ficar próximo da obra do Tolkien, prefira as classes descritas nesse livro.

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Muitas das habilidades de classes são relacionadas à narrativa. Por exemplo, Scholars no 6o nível podem lembrar outros jogadores de fatos do passado de suas culturas, e isso dá um bônus de 1d6 numa rolada. Além disso, várias habilidades que seriam consideradas “magia” para um personagem guerreiro no D&D estão disponíveis para as classes do AiME, porque tudo é meio mágico na Terra-Média. Por exemplo, Treasure Hunters ganham Night Vision, independente se serem humanos.

Mas, na minha opinião, tem que tem um cuidado: você não pode jogar esse jogo e achar que vai jogar o mesmo D&D de sempre com o Gandalf e Hobbits no fundo. Kobolds, cura clerical e Raise Dead, Dragonborns e várias outras idéias simplesmente não tem lugar aqui. O próprio conceito de ser um grupo de justiceiros assassinos (tão comum no D&D) fica fora de foco nesse cenário.

Assim que eu ler o livro com calma, e jogá-lo com o Davi, volto com uma resenha mais detalhada para vocês. Fiquem à vontade para deixar suas perguntas e se quiser comprar também, use nosso link de afiliado! 🙂

Até,

 

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Grand Theft SpellJammer! – segunda parte

Era difícil acompanhar os movimentos da figura sinistra que se aproximava de mim com movimentos sinuosos. A escuridão era quase total dentro do casco quebrado do nosso barco voador e eu tinha apenas vislumbres da pele lustrosa refletindo a luz das estrelas visíveis pelas grandes brechas nas paredes e teto. O rosto da criatura era uma massa líquida de tentáculos que se retorciam nervosamente. Ele passou praticamente do meu lado… eu poderia ter tocado no seu manto se estendesse a mão e a mera proximidade do Devorador de Mentes provocava estranhas visões de estrelas mortas e loucura. Retesei ainda mais o arco com duas flechas na corda e esperei o segundo monstro passar por mim. Os acordes distorcidos do alaúde da Barda estavam ficando cada vez mais estridentes enquanto ela usava a música pra manipular de alguma forma o poder do Elmo do nosso barco mágico para cegar os poderes mentais dos Illithids. Para eles era como se não estivéssemos ali…

Meus cabelos se eriçaram quando vi as criaturas que seguiam os Illithids, os grotescos animais que corriam pelo chão… cêrebros com patas que pareciam farejar nossos pensamentos….
A Barda fez um gesto com a cabeça pedindo para nos apressarmos, o esforço de manipular a poderosa magia do Elmo a estava esgotando rapidamente. Vi o Paladino se movendo ruidosamente e se posicionar para atacar os últimos dois Devoradores que subiam no convés enquanto o Mago gesticulava convocando um feitiço. A música falhou por um momento. Os quatro monstros se agitaram percebendo nossa presença em meio às ondas mágicas emanadas pelo motor do barco voador.

-Agora! – soltei as duas flechas que acabaram em um instante com os inimigos mais próximos. O Mago liberou uma corrente de relâmpagos que varreu os farejadores que vagavam pela sala e o Paladino despachou outro Illithid com um movimento da Vingadora Sagrada. Mas o último deles fixou os olhos negros em mim e se moveu com uma velocidade apavorante na minha direção estendendo os tentáculos faciais para meu rosto.
Tentei puxar as espadas mas já era tarde…

KABONG!!!!

O alaúde se espatifou no rosto do Illithid jogando-o para trás e o Paladino acabou com ele em um instante.

– O-Obrigado…

A Barda olhou o instrumento destroçado pendendo pelas cordas e soltou um suspiro.

-Como você conseguiu nos ocultar deles? Manipulou as armônicas do Elmo ou algo assim?

-Ah… Você não ia entender.

-Porque não sou bardo?

-Porque é burro.

Por isso eu prefiro a companhia de bichos.

-Acho que não há mais nenhum deles por perto, Ranger – o Paladino olhou para o terreno rochoso ao redor. À distância era possível ver as torres da fortaleza que encimava o lendário SpellJammer, e os movimentos de barcos voadores Illithid e dos escravagistas neogi. A paisagem era iluminada pelas estrelas distantes e pela luminosidade fantasmagórica da densa nebulosa de phlogiston que atravessávamos.  – Mas estamos presos aqui sem o barco voador.

-Oras, estamos sentados no maior barco mágico de todos os tempos. Porque não ficamos com ele?

O Mago, o Paladino e a Barda me olharam com curiosidade esperando para ouvir meu grande plano pra sequestrar o SpellJammer e voltar para casa com os tesouros inimagináveis que ele guardava.

Eu não tinha nenhum, óbvio, mas detesto decepcionar as pessoas, então comecei a falar exibindo meu melhor sorriso de negócios…

O cenário

Pequeno vídeo para mostrar a caixa básica do cenário. Comprei pelo preço absurdo de R$12…

Esta é a continuação deste artigo AQUI

Os mundos

O universo de SpellJammer está pontilhado de esferas de cristal chamadas de… Esferas de Cristal… Cada uma delas encerra planetas ou sistemas solares inteiros e foram construidas por poderes desconhecidos. Alguns sábios especulam que os deuses as criaram para proteger seus mundos das tempestades de pholigston que arrasam tudo em seu caminho e outros acreditam que foram feitas por um poder além dos deuses para mantê-los confinados por alguma razão. Poderes e magias relacionados com divindades podem enfraquecer ou ser alterados enquanto se navega pelo phlogiston.

As esferas de cristal são gigantescas e indestrutíveis (até onde se sabe… hehehe) mas possuem aberturas naturais ou magicamente criadas que permitem a passagem de veículos e criaturas. Algumas esferas tem portais ativos, outras reagem aos barcos mágicos que percorrem o universo e se abrem naturalmente outras ainda exigem magias, comandos ou só abrem em circunstâncias especiais. Criaturas como dragões e o lendário SpellJammer possuem o poder de criar passagens nas esferas à vontade.

Os Elmos

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Os barcos mágicos que percorrem o espaço são basicamente veículos comuns equipados por um dispositivo chamado de O Elmo. Ele permite transformar magias em força motriz. Quanto maior o nível da magia, mais veloz a viagem ou mais longo o alcance. Durante a navegação o operador fica impossibilitado de lutar, tendo que se concentrar na navegação e as magias consumidas se recuperam no ritmo e pelos meios usais (clérigos rezando, magos estudando). Espécies que não usam magia tem as suas próprias tecnologias: Os anões propelem as suas fortalezas construidas em asteroides com Forjas que convertem a energia usada na criação de itens em movimento. Os Devoradores de Mentes, usam energia psiônica com dispositivos parecidos aos Elmos mas conectados em série para permitir que vários operadores reúnam seu poder. Por outro lado, os perigosos beholder criaram sua própria versão de Elmo para impulsionar uma colônia pelos abismos do espaço: o Orbus, um beholder modificado para servir apenas a esse propósito. O interessante com eles é que não tem vontade própria, então podem ser capturados e usados por outras espécies, coisa que os beholder tentam evitar a qualquer custo evidentemente.

A Rocha de Bral

Na caixa básica de SpellJammer é oferecida uma localidade onde situar as campanhas: um asteroide que até poucas décadas atrás era um covil de piratas e agora se tornou uma florescente cidade comercial chamado de A Rocha de Bral, onde se encontram todas as espécies e se preparam aventuras ou se tramam conspirações que vão afetar muitos mundos. Sua superfície e subterrâneo ainda permite ver as marcas de sucessivas ocupações por diversas espécies e esconde muitos segredos que podem desencadear eventos cataclísmicos

A Rocha de Bral

Um grupo de fãs malucos de SpellJammer fizeram um mapa insano do universo que permite observar as esferas de influência de cada espêcie e as correntes de pholgiston usadas como rotas comerciais (sério… que incrível). Confira!