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Armadilha dos Mortos

Para mim uma das melhores mudanças na 4e foi a mudança nas armadilhas. Enquanto na terceira edição pouco importava a mecânica em si da armadilha, a 4e se preocupa em explicar como cada armadilha funciona, para que os jogadores possam passar por ela de forma criativa. E pensando nisso que decidi criar esta:

O Undead Arms foi feito principalmente para aventuras em tumbas e lugares onde os mortos “vivem”. Afinal é pouco provável que eles se preocupem em fazer armadilhas da forma tradicional. Mesmo que eles se preocupem, é meio sem graça (o poço com estacas é legal na primeira vez, na quinta começa a perder o charme). Eu adoro aventuras temáticas, aventuras nas florestas podem ter armadilhas que são plantas, no deserto uma areia movediça e no gelo uma avalanche. Foi justamente isso que criei, uma armadilha de mortos vivos, para misturar com seu encontro contra o cavaleiro etéreo.

Para fazer essa armadilha eu usei como base a Daggerthorn Briar, página 90 do DMG, se observar vai perceber que é tudo bem parecido, o bônus e o dano. No entanto, eu queria fazer uma armadilha diferente, por isso eu troquei Perception por Insight, essa não é uma armadilha mecânica e nem um perigo imediato (como os hazards), é algo que você percebe com seu sexto sentido e sua experiência, como a aura dos mortos, o frio na espinha e talvez um déjà vu. Religion é uma segunda perícia óbvia, apesar que Arcana poderia fazer um papel parecido, caso não exista ninguém com Religion na sua mesa.

Undead Arms Level 7 Obstacle
Trap XP 300
You feel a chill through your spine, just seconds before your friend has his legs grabbed by spectral arms coming from the floor.
Trap: As soon as the undead feels life walking over their tombs they awake, ready to kill those who defy their resting grounds
Insight
DC 19: The character feels a chill through his body, and notices that something is not right in the room.
Additional Skill: Religion
DC 24: The character identifies something, may it be runes or the simbol vecna that identifies that the undead lingers here.
Triggers
When a creature walks by the resting place of the undeads, they feel the life within the creature and attack.
Immediate Interruption Melee
Target:
Creature in a square where the undead lingers
Attack: +12 vc. AC
Hit: 2d10+5 necrotic damage and immobilized until escapes. If the target is still immobilized at the beginning of the characters’ turn it hits automatically.
Countermeasures
Immobilized creatures may use athletics or Acrobatics to free themselves. (DC 19)
A character may use turn undead, if it is used, all Undead Arms under the effect of the power are disabled for 24 hours.
A character may also use Religion to disable the trap (DC 19)

Rolem 20!

Por Davi Salles

Irmão do Daniel, o Davi começou a jogar mais ou menos na mesma época, mas demorou um pouco mais para jogar junto. Irmão caçula, sabe como é. Ele gosta bastante de Senhor dos Anéis, e suas aventuras sempre tem um toque Sheakspereano. Curte the One Ring, Vampire: the Requiem e outros RPGs mais interpretativos, mas também joga e mestra mesmo o velho e bom D&D.

13 respostas em “Armadilha dos Mortos”

FO
DA.
Já está anotada.

Gostaria de lançar ae uma sugestão:
Que tal uma materia, ou pod, sobre como introduzir Skill Challenges na mesa, sem partir pro metagame e sem quebrar o clima da avenura.
Tenho percebido que os jogadores não se dão conta quando estão encarando um Skill Challenge pois eu Evito dizer “Ok, pessoal, isto é um S.C. de Complexidade 4 e as pericias primarias são…”
Alguma dica?

Abraços.

Está anotado Rey Ooze, iremos buscar informações e tentar mostrar as diferentes formas que um skill challenge pode ter.

Eu particularmente adoro eles, mas tive um pouco do problema que você teve.

Para skill challenges de ação eu realmente não acho um problema você dizer que é um SC. Exemplos: perseguições, tempestades em alto mar (para usar o pirata do Daniel) e escapar de floresta sombria.

Para skill challenges sociais a coisa fica mais complexa. Tente preparar perguntas que o desafiante fará. Um goblin que foi pego e os personagens precisam tirar informações pode fazer uma pergunta mais genérica do tipo: “por que deveria dizer-lhe alguma coisa” ou mais diretas “vocês podem até dizer que não vão me fazer mal, mas como podem garantir que os guardas não o farão?”. Cada pergunta dessa deve ser respondida por um jogador, apesar que pode ser respondida com a ajuda do outro (você pode assumir que o outro está fazendo um aid another). Dependendo da resposta você escolhe a skill que mais faz sentido para você.

Exemplo:

goblin: Por que deveria dizer-lhe alguma coisa?
PC1: Caso decida não contar irei mostrá-lo todos os truques que aprendi quando trabalhava para o mercenários de Thay (tirando uma pequena faca).

Se o personagem está mentindo, pode rolar um bluff, caso não esteja, pode ser um intimidate (talvez seja necessário os dois, uma falha no bluff faz com que o segundo teste (o de intimidate) fique mais difícil (além de contar com uma falha.

No final das contas os jogadores sempre precisam saber que é um skill challenge para que eu funcione da forma prevista pelo livro (e não acho isso particularmente ruim). Mas é realmente chato quando os personagens vão conversar com o Lord da cidade e ao chegarem você diga: SC! o que você vai fazer?

A forma mais sutil, mas não tanto que eles não saibam que é um SC, é fazer uma pergunta com o objeto do desafio.

Mas vamos ver outras formas interessantes de SC. eu na minha campanha coloquei um SC que é a interpretação de um poema. Esse SC não começa e acaba de um vez, ele é longo, então eu permiti ao jogadores fazerem um teste por aventura, mais ou menos. Enquanto eles estão ocupados com outras coisas, algumas peças chaves da campanha vão sendo desvendadas, sempre seguidas de um: Ahhhhh!

Poxa… será q só eu achei meio apelona essa armadilha?

pq se o cara for pego na armadilha, e jah tiver usado sua stand. action, ele não vai poder tentar escapar no msmo turno em q foi pego… Isso supondo q ele estava usando uma move action qndo foi pego…

Eu entendo que é assim mesmo Roberto, da mesma forma que se você estivesse lutando com um oponente com Grab, seria similar. Veja os poderes do Otyugh, funcionam bem parecido e é de nível similar.

Além disso, a armadilha deve atacar para pegá-lo. Se seu AC está em dia, pode ser que você nem seja pego.

[…] Continuando com a série de trecos legais para apimentar seu D&D 4E, aqui vai uma armadilha exclusiva, criada por Davi Salles do Rolando 20, que gentilmente me permitiu utilizá-la no ZUADA. Eu fiz a tradução da mesma, já que meu foco aqui é a lingua portuguesa, mas se você prefere a armadilha em inglês mesmo, o link original está AQUI. […]

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