Daniel Anand, engenheiro, pai de gêmeas e velho da Internet. Seu primeiro de RPG foi o GURPS Módulo Básico, 3a edição, 1994. De lá para cá, jogou e mestrou um pouco de tudo, incluindo AD&D, Star Wars d6, Call of Chuthulu, Vampire, GURPS, Werewolf, DC Comics (MEGS), D&D 3-4-5e, d20 Modern, Star Wars d20, Marvel Superheroes, Dragonlance SAGA, Startrek, Alternity, Dread, Ars Magica, 13th Age e atualmente mestro Pathfinder 2E. @dsaraujo no twitter
Estamos de volta! E dessa vez com ajuda extra! Daniel Anand, Davi Salles, Gustavo Sembiano e Daniel Cenoz se juntam para voltar a falar do que a gente mais gosta: RPG, mais especificamente Dungeons & Dragons. E nesse episódio nós vamos aproveitar todo essa animação ao redor da campanha nova da Wizards of the Coast, e vamos falar de Gigantes.
Falamos de Gigantes em Forgotten Realms, mas também comentamos a história de criação, os tipos de gigantes, sua cultura, idéias de interações e outras idéias para agigantar sua campanha ou jogo de RPG. E não fique só no podcast! Temos vários posts sensacionais aqui no blog falando mais sobre gigantes, a campanha nova, magia rúnica e mais.
Esse é o primeiro episódio que eu edito em um bom tempo, então não reparem na ferrugem. Além disso, não tive tempo de sonorizar. Para os próximos episódios, contratei edição profissional e deve melhorar bastante. De qualquer forma, não deixe de deixar seu comentário aqui, eles são o combustível do podcast.
E se você gosta de Dungeons & Dragons e RPG em geral, não deixe de seguir o Rolando 20 no Google+, no Facebook e no Twitter! Sempre tem novidades, dicas e links por lá! Também temos nosso canal no YouTube, onde rola conteúdo adicional e complementar, se inscreva! Voltamos em duas semanas com mais um episódio!
Muito bem jogadores e DMs! Como parte da nossa reencarnação do Rolando 20, estamos adicionando novos aventureiros ao nosso grupo, assim como convidando vários NPCs convidados para a volta do podcast. Gostaria então de apresentar nossos novos colaboradores fixos.
Em suas próprias palavras: “Como o jogo de Dungeons & Dragons, minha vida é dividida em várias edições e aqui começo uma nova. Meu nome é Gustavo Souza, mas o RPG me tornou mais conhecido pelo meu apelido dos antigos fóruns, Sembiano. Administrador de formação, Hoteleiro por paixão e fanboy assumido de D&D, o RPG já faz parte da minha vida desde 1992. Sobrevivi a famigerada geração Xerox e ao êxodo RPGístico no final dos anos 90, para me tornar um entusiasta do Hobby com um carinho especial pelo jogo organizado. Destes tempos até hoje, fui membro da antiga RPGA, organizei eventos de RPG em locais inimagináveis, colaborei com diversas iniciativas dentro da cultura Geek, participei de podcasts e me orgulho de ter sido membro fundador do RPGArautos. Agora estou aqui e espero rolar muitos 20s com vocês…com vantagem claro!”
Outro colaborador que irá participar com posts e será nosso reserva titular para o podcast é o Daniel Cenoz, outro membro da RPGArautos. Vocês devem lembrar dele dessa minha participação no primeiro videocast do RPGArautos, junto com o Rey Ooze. Ele escreve sobre RPG aqui.
Em suas próprias palavras: “Comecei a jogar RPG na época que isso ainda dava cadeia na Argentina e meu Ranger está na ativa desde 1997 porque ele sabe a hora de sair correndo. Escrevo pra pagar minha dívida com a sociedade e as pessoas me acham um cara bacana, mas só até me conhecerem melhor.”
Você é um leitor ou ouvinte do Rolando 20 e sempre quis participar do site? Agora é sua chance. Estou procurando colaboradores para escrever artigos e gravar o podcast comigo e com o Davi. Se você acha massa, precisa cumprir os seguintes requisitos:
Gostar, bastante, de D&D e de RPG em geral;
Saber e gostar de escrever, em português, direito. 🙂
Se comprometer com as gravações e com um mínimo de posts por mês (nada absurdo, provavelmente três ou quatro);
Se você tiver exemplos de posts, podcasts e comunidades que você participa, ajuda bastante.
Por uma questão de diversidade, eu adoraria que o terceiro host fosse diferente de mim e do Davi: ou bem mais jovens ou bem mais velhos, ou mulher, ou do Nordeste, e por aí vai, mas isso não é um requisito, é mais uma vontade.
Se tiver interesse, ou sugestões de pessoas que a gente possa entrar em contato, mande um e-mail para anand@rolando20.com.br com o assunto “Colaboração”. Edição: o e-mail estava desativado desde ontem, então se você mandou um e-mail, vai ter que mandar de novo!
A Wizards of the Coast algum tempo atrás anunciou sua próxima campanha depois do “Ravenloft” light do Curse of Strahd, e depois de Dragões, Elementais, Demônios e Mortos-Vivos, chegou a hora dos Gigantes. Storm King’s Thunder vai englobar os diversos produtos da companhia mais uma vez (RPG, boardgames, romances, miniaturas e videogames como Neverwinter). Mas, como novidade, desta vez a WotC está apoiando a produção de uma série de game play comandado pelo Matthew Mercer, dublador e DM da série Critical Role, que é super bem sucedida aqui nos EUA. Essa nova série se chama Force Grey: Giant Hunters, algo como Força Cinza, os caçadores de gigantes. Vocês podem conferir o elenco completo aqui.
Eu não gosto muito de assistir gente jogando RPG, mas fico muito animado com a idéia de termos atores e dubladores famosos divulgando o D&D por aí. E também fiquei animado com a campanha. Nesse vídeo o Chris Perkings e o Mike Mearls falam um pouco sobre a campanha, mas vou dar um resuminho aqui pra galera.
Basicamente os gigantes começam a causar na região norte de Fae-Rûn. Os gigantes da colina estão roubando comida, para engordar sua líder. Os Gigantes de Pedra tem uma nova divindade (na verdade, um Elder Elemental da Terra se passando por divindade) que pretende destruir completamente as construções humanas e anãs. Gigantes do Fogo estão atacando o povo nos desertos, e os Gigantes de Gelo estão pilhando a Costa da Espada com seus gigantescos barcos e cidades voadoras com velas de asas de dragão. Por fim, entre os Gigantes da Tempestade, três princesas brigam pelo trono dos gigantes enquanto seu pai, o Rei Hekaton, está desaparecido.
Os jogadores vão poder usar magias de runas e até mesmo se transformar em gigantes ao longo da história, que vai levar novamente os jogadores por vários locais icônicos em Forgotten Realms. Eu estou seriamente tentado a considerar essa campanha depois que eu terminar minha campanha atual, até porque já sabemos que ela vai sair também para o Fantasy Grounds, minha ferramenta para jogar D&D Online.
Por fim, Neverwinter, o MMORPG, vai sair pra PS4, e quem sabe agora consigo jogar um pouco, já que é um jogo que consigo jogar do sofá. Desde que as gêmeas nasceram, jogar no PC ficou um pouco mais díficil pra mim.
O que acharam do anúncio? Estão animados? Rolem 20!
Eles o chamavam de Hillock, a colina humana. Ele nasceu grande: tão grande que ele quase dividiu sua mãe em dois. Ao crescer, ele foi mantido de outras crianças, por preocupações de que o seu tamanho bizarro levasse a lesões se a brincadeira ficasse séria. Com o tempo seu crescimento continuou inabalável, e as pessoas vieram de longe para contemplá-lo. Apropriadamente, Hillock encontrou trabalho como ferreiro, seus braços maciços capaz de bater um martelo mais rápido e mais forte do que três homens. Hillock era um homem de apetites enormes, o maior dos quais era a bebida. Após um dia de trabalho, ele podia ser frequentemente encontrado cercado por pilhas de canecas, a construção de um estupor para coincidir com a sua força. Ele era um gigante, mas na maior parte do tempo inofensivo, e as coisas poderiam ter ficado assim, se aquele andarilho tivesse mantido sua boca fechada. Foi provavelmente um comentário inocente, talvez feito em tom de brincadeira. Seja qual for o caso, Hillock estava profundamente soterrado em seus copos, e as palavras do andarilho colocou o homem gigante em uma fúria de bêbado instantânea. Seu primeiro golpe matou o agressor, quase arrancando a cabeça de seus ombros, e quando seus amigos correram para ajudar, eles foram recebidos com rosnandos de fúria. Até o final da briga, o chão estava encharcado de sangue, coberto de corpos mutilados e partidos. Hillock cambaleou de volta para a ferraria para cuidar de seus ferimentos. Ninguém se atreveu a entrar para fazê-lo responder por seu crime, e nos dias que se seguiram, as pessoas foram incomodadas por um ressoar incessante saindo do local.
Quando Hillock finalmente saiu, ele era um homem mudado. Em silêncio e sem humor, ele agora carregava uma lâmina gigante, forjada a partir de seus longo empenho dos últimos dias. Tendo provado assassinato, Hillock abriu seu apetite, e ele iria cortar fora membros ou cabeça de homens ao menor olhar ou provocação. Finalmente, um grupo de suas vítimas reuniram a sua coragem e, na calada da noite, se esgueiraram na ferraria, onde quatro dos mais fortes entre eles mergulhoram a grande espada no peito de Hillock enquanto ele dormia. E o levaram para longe, e arremessaram seu corpo para os penhascos na baira do oceano.
Isso deveria ter sido o fim dele, mas não foi. Alguns meses mais tarde, um pescador sem fôlego retornou do mar pela costa de Wraeclast, e relatou que tinha visto uma aparição desmedida e impressionante. Na sequência desta observação, os corpos começaram a se acumular, massacrados como gado, cortados em pedaços sangrentos. Na morte, Hillock é um terror muito maior do que jamais foi em vida. Ele anda às margens da costa de Wraeclast agora, seu cadáver animado ainda perfurado pela grande espada que o matou. Ele não sente o pulso do oceano gelado, nem as numerosas setas que agora decoram seu corpo. Seu coração frio e sem movimento é preenchido com uma malícia terrível. Qualquer corajoso o suficiente para colocá-lo de vez para debaixo da terra certamente seria recebido com grande recompensa.
Undead Fortitude If damage reduces the zombie to 0 hit points, it must make a Constitution saving throw with a DC of 5 + the damage taken, unless the damage is radiant or from a critical hit. On a success, the zombie drops to 1 hit point instead.
The Blacksmith Sword Once his hit points reaches half (42), Hillock takes off the Greatsword from his chest, enabling his Greatsword attack and the Call of the Weaklings action below.
Call the weaklings If not in consecrated grounds, Hillock can summon 2d4 Zombies as a bonus action. Recharge (6).
Actions
Multiattack. Hillock can make two slams attacks, or one Greatsword attack.
Slam. Melee Attack: +7 to hit, one target. Hit: 8 (1d6 + 5) bludgeoning.
Greatsword Melee Weapon Attack: +7 to hit, one target. Hit: 11 (1d12 + 5) slashing. Requires The Blacksmith Sword.
Esse é o primeiro oponente para minha adaptação de Path of Exile para D&D 5E. Uma simples variação do Zombie Ogre, mas muito mais sombrio! Rolem 20 pessoal, e deixem seus feedbacks aí nos comentários. Até!
Já tivemos duas séries Videogame de Papel aqui no Rolando 20, duas adaptações de World of Warcraft (Molten Core e Shadowfang Keep) das quais me orgulho muito, porque acho que fiz um bom trabalho trazendo o lore do jogo para o cenário padrão da época (os pontos de luz), e convertendo mecânicas, lutas, armadilhas e histórias de uma maneira divertida para o D&D.
E resolvi fazer novamente, trazendo algora um dos meus jogos favoritos para PC, o Path of Exile. O PoE é um action RPG com uma ambientação bem dark, totalmente free-to-play, e um daqueles jogos que eu simplesmente não consigo largar (já tenho mais de mil horas de jogo).
A minha idéia não é trazer o jogo para o D&D, mas sim levar o D&D para o jogo. Não vou adaptar as mecânicas de jóias, energy shield, mana ou similares. O que eu quero fazer, como fiz nas séries com World of Warcraft, é imaginar como seria Wræclast se os personagens, monstros e itens fossem todos ambientados no mundo de Dungeons & Dragons, adicionando uma pitada extra de fantasia.
História
Wraeclast, a terra dos desgraçados. Esse continente abandonado é o lar de horrores agonizantes, bestas assassinas, e famintos mortos-vivos. O próprio solo é permeado de um poder antigo e sombrio, a terra tremendo com pura maldade. Aos mortos não é entregue a paz, fazendo-os levantar e vagar eternamente em dor, arrependimento e fome. A vida selvagem é corrompida e retorcida, aggressiva e selvagem. Se escondendo nos cantos mais escuros, horrores indescritíveis adormecem esperando a próxima vítima, ansiosos por despedaçar tanto mentes quanto carne. Wraeclast é o lugar onde poucos sobrevivem, e ainda menos se mantém sãos.
O povo Vaal
A história do continente começa muitos milênios atrás, pelo povo Vaal. Não está claro se é um povo humano, élfico, ou mesmo algo diferente. Eles tinham habilidades com construtos, como Golems e afins. Foram os pioneiros na arte de colocar jóias de poder embuídas em seus corpos para conseguir poderes e habilidades mágicas. Essa misteriosa civilização desapareceu por completo misteriosamente, cerca de um milênio atrás, pelos poucos documentos escritos que sobraram.
Os Azmeri
Os Azmeri é o povo humano que vivia em tribos espalhadas ao redor dos reinos Vaal, e foram em parte escravizados. Quando esses caíram, parte do povo Azmeri tomou conta das ruínas que sobraram, e estabeleceram o Império.
O Império foi se expandindo, muitas vezes tendo que lutar contra reminiscências dos Vaal, quase sempre em forma de construtus. Imperadores da linhagem dos Phrécius seguiram até Izaro, que não deixou herdeiros. Ele contruiu um labirinto na capital, a cidade de Sarn, e quem chegasse até o final do labirinto seria o próximo imperador. Chitus, da família Perandus, usou de trapaças, artimanhas e subornos para conseguir os mapas do lugar, e venceu o labirinto. Sua primeira ordem como imperador foi aprisionar Izaro para sempre no labirinto.
Um mago chamado Maligaro apareceu nessa época. Ele experimentava com as gemas do poder, modificando pessoas e criaturas com as essências mágicas das gemas. Muitos acreditam que criaturas como bugbears, sisplacer beasts e mantícoras são descedências de criaturas forjadas por Maligaro.
O Império Chitus
Maligaro acabou tornando-se o taumaturgo mestre, conselheiro do Imperador Chitus, e esse investiu na criação de Gemlings, humanos imbuídos com a magia das gemas. Uma das suas obras primas foi a sua cortesã favorita, Dialla. Uma teocracia, suportada por exércitos Gemlings, começou a dominar o Império.
Vários outros grupos contestaram o Imperador e Maligaro, e formaram a Rebelião da Pureza, formada por vários membros do clero, como o alto-clerigo Voll, o poeta e bardo Victario, o prefeito da cidade de Sarn chamado Ondarr, e o Arcebispo Geofri de Phrécia. A rebelião teve o suporte do povo Ezomyr, um povo saxão semi bárbaros liderados pelo Thane Rigwald, e aos bárbaros Karui liderados pelo Rei Kaom, enquanto o Imperador aliou-se aos místicos Maraketh e usava seus Gemlings. A cidade de Sarn foi sitiada, e Voll venceu a batalha e tornou-se imperador.
Alguns anos depois, um cataclisma tomou conta do continente. Poucos sabem a razão, mas Voll foi clemente com Maligaros quando ele prometeu acabar com a magia taumatúrgica em sua fonte. Uma traição de Dialla fez com que ele fosse absorvido para a fonte, e o continente severamente destruído.
Wraeclast em Forgotten Realms
Como um continente enorme, devastado e isolado, fica difícil colocar Wræclast em Toril. O que eu recomendo é diminuir o tamanho do continente, e substituir alguma parte do cenário que você não usa (nem planeja usar). Eu acho que Chult funciona bem, por explica a questão do exílio para personagens que vem da Sword Coast. O cataclisma tem tudo a ver com a Spellplague, e tem um timing similar.
História Recente
Sobrou muito pouco da civilização em Wraeclast. Por conta do cataclisma, undeads e outras monstruosidades são proeminentes, e os outros continentes mandam diversos prisioneiros e condenados para lá como punição, e outros acabam caindo aqui como náufragos das marés bravias das costas de Wraeclast.
O alto templário, um homem chamado Dominus, tem coordenado os templários e a Legião de Ébano, e tem um estranho interesse pelos artefatos do antigo império. Ele montou um laboratório no topo da torre conhecida como Cetro de Deus, e usa seus tenentes, Piedade e Gravicius, para vasculhar o continente destruído por pistas dos antigos taumaturgos.
Ganchos de Aventura
No jogo, os jogadores são exilados que estavam sendo levados para Wraeclast como punição, mas acabam naufragando e acabam numa praia qualquer, infestada de zumbis.
Os jogadores podem ser um grupo de exploradores, atrás das ruínas dos antigos impérios, e itens mágicos ou artefatos vaal perdidos.
Os jogadores podem estar a serviço dos templários, que já não recebem reportes de Dominus a algum tempo.
Encontros
Meu plano em próximos posts é desenvolver o seguinte:
Ato 1: A costa. Aqui os aventureiros exploram um pedaço da costa de Wraeclast, e vêem em primeira mão os monstros e perigos do lugar. Encontros de nível 1-5.
Atos 2: A Floresta. Aqui os aventureiros atravessam antigas ruínas Vaal e enfrentam bandidos e seus bandos para chegar até as ruínas de Sarn. Encontros de nível 6-10.
Bandidos (Oak, Alira e Kraityn) [Oponentes]
Ruínas Vaal e o Templo Vaal [Dungeon]
Criaturas Vaal [Monstros]
Ato 3: Sarn. Aqui os aventureiros exploram as ruínas da antiga capital, e descobrem que Dominus, Piedade e Gravivius planejam um novo expurgo. Encontros de nível 10-15.
Sarn [Cidade/Base de Operações]
Dominus, Piedade e Gravicius [Oponentes]
Dialla [NPC]
Itens mágicos novos
Kaom’s Heart, plate mail
Queen of the Forest, leather armor
Voll’s Protector, chainmail
Blackheart, anel
Shavronne’s Revelation, anel
Muito bem! A medida que for criando o conteúdo, eu volto aqui e adiciono um link para o post. Espero que curtam! E Rolem 20!