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Em breve rolaremos 20 na quinta edição!
Daniel Anand, engenheiro, pai de gêmeas e velho da Internet. Seu primeiro de RPG foi o GURPS Módulo Básico, 3a edição, 1994. De lá para cá, jogou e mestrou um pouco de tudo, incluindo AD&D, Star Wars d6, Call of Chuthulu, Vampire, GURPS, Werewolf, DC Comics (MEGS), D&D 3-4-5e, d20 Modern, Star Wars d20, Marvel Superheroes, Dragonlance SAGA, Startrek, Alternity, Dread, Ars Magica, 13th Age e atualmente mestro Pathfinder 2E. @dsaraujo no twitter
Continuando a responder as trinta perguntas, (que parece que vai demorar 2014 para responder todas) a pergunta de hoje é “Que inspiração você puxa de outros jogos, livros, filmes, etc?”
Como vocês já devem ter percebido pelos podcasts e posts, eu gosto muito de me inspirar em outras mídias para minhas aventuras e personagens. Exemplos de posts onde faço esses links:
Exemplos de podcasts similares:
Separei também outros exemplos de inspiração em outros jogos, livros e filmes que tenho utilizado recentemente.
Devo dizer que faz tempo que não leio livros bons e inspiradores. Acho que de literatura, o que mais roubei descaradamente para as minhas mesas de RPG definitivamente foram as crônicas de Dragonlance. Mas como os romances foram baseados em mesas de RPG, é uma dica recursiva.
Livros são uma fonte inesgotável de idéias, mas depende muito do que você quer pra sua mesa. Se sua mesa está pedindo um pouco de intriga e traições, leia as Crônicas de Gelo e Fogo. Precisa de um pouco mais de humor? Mochileiro das Galáxias. Um pouco mais de ação ou tensão? Um bom thriller policial, como o livro do Jason Bourne ou algum do Tom Clancy.
Filmes me inspiram bastante em mesas de RPG. Gosto de filmes de ação como referência para minhas cenas emocionantes, como já falei do James Bond num podcast. O barato do cinema é poder trazer uma visualização comum para o grupo. É por isso que o Senhor dos Anéis na telona tem um impacto bem diferente dos livros. Uma coisa é a batalha de Pelenor na sua cabeça, ao ler o livro. Outra é ver aquela batalha acontecendo, com efeitos especiais e trilha sonora.
Então recomendo todos os filmes de fantasia, que sempre tem alguma coisa para roubar para o seu Dungeons & Dragons, mas mesmo filmes não diretamente relacionados podem adicionar ao seu jogo. Buscando da minha lista de filmes favoritos, você pode aprender sobre abandono e desapego em Blade Runner, sobre as culturas “bárbaras” em Dança com Lobos, sobre construção de roteiro com De Volta Para o Futuro, sobre terror com O Iluminado.
Atualmente tenho mais jogado videogame que lido ou visto filmes, e esse é outra fonte imensa de inspiração (ainda mais com os jogos tomando proporções cinematográficas). Quem hoje não faria uma luta contra uma criatura gigante (Tarrasque?) se inspirando em Shadow of the Colossus? Ou lutas sangrentas inspiradas por God of War? Se você conseguir criar NPCs carismáticos e críveis como os personagens de The Last of Us, está definitivamente fazendo alguma coisa certa.
Enfim, a idéia aqui não é criar listas extensivas, mas dividir um pouco das minhas fontes de inspiração. E vocês? Qual foi o livro, filme ou jogo que você tirou um monte de coisas e colocou em sua mesa de jogo?
Até mais, e rolem 20!
Feliz Ano Novo galera!
E deixem as resoluções de Ano Novo, ou aqui, ou lá no YouTube!
Continuando a responder as trinta perguntas, a pergunta de hoje é “Você usa aventuras prontas ou escreve as suas?” Gosto da pergunta, mas a resposta é meio óbvia: faço os dois, e geralmente juntos.
Eu adoro aventuras prontas. Acho que elas são uma excelente fonte de idéias, e economizam um monte de trabalho do mestre. Fora que algumas aventuras eu já mestrei tantas vezes que já consigo mestrar tudo de cabeça. Algumas de minhas aventuras prontas favoritas:
Temple of Elemental Evil (AD&D 1E): essa aventura tem todos os elementos fundamentais de uma boa aventura de D&D (ou de RPG!). NPCs memoráveis, uma cidade base, uma dungeon interessante e com vida própria. Bem melhor que a reedição para a 3E do Monte Cook, aliás. Saiu de graça uma época no D&D Classics.
Binding Arbitration (AD&D 2nd): uma antiga aventura da RPGA, ela foi bem inovadora pra mim em ser uma aventura muito mais focada no role play do que no combate. É perfeita para live-actions e/ou eventos. Infelizmente não está mais disponível. Eu cheguei a mestrar convertida para 3.5 em algum encontro internacional, e mestrei numa mesa com o Tchelo Pascon e com o Marcelo Dior, filmada pelo Rovalde, que infelizmente nunca foi editada/publicada.
The Sunless Citadel (D&D 3E): primeira aventura pronta da terceira edição. Está aqui por pura nostalgia e por eu ter mestrado várias vezes, porque tirando o Meepo, kobold icônico, é uma dungeon bem basica.
Whispering Cairn (D&D 3E), primeira aventura do segundo adventure path da Paizo para o D&D 3.5, chamado Age of Worms. Aliás, o Age of Worms inteiro é excelente, e eu mestrei o path (não todo) para dois grupos distintos. A escalada de eventos, os plot-twists, os NPCs, essa aventura é genial. Tem os PDF para vender no site da Paizo.
Keep on the Shadowfell, ou Fortaleza no Pendor das Sombras , a primeira aventura oficial da 4E. Também no slot nostalgia. Irontooth e Kalarel foram nomes que ficaram nas mentes de muitos jogadores.
Revenge of the Giants, mega aventura para 4E, usei ela quase inteira na minha campanha Escamas Púrpuras. Como a maioria das aventuras da 4E, precisou de muitas modificações da minha parte para não ficar um slug-fest de combates, mas tem muitas boas idéias e bons encontros lá.
Mas voltando a pergunta, eu nem sempre uso aventuras prontas. Das duas campanhas que estou mestrando hoje, uma eu uso aventura pronta (13th Age, usando Crown of the Lich King), e outra eu invento tudo (Ars Magica, Sombras da Normandia). A Escamas Púpuras eu inventei muita coisa, mas usei várias aventuras prontas para me ajudar, seja da Dungeon, o Revenge of the Giants, e o próprio Guia de Campanha do Forgotten Realms. No caso do Ars Magica, o suplemento Lion & the Lily, sobre o tribunal da Normandia, me ajudou bastante. E é nesse meio do caminho que eu gosto de ficar, usando os montes de supementos, cenários e aventuras que eu tenho, com toques e coisas que eu adiciono da minha cabeça.
E vocês? Como preferem? Usam aventuras prontas ou escreve as suas?
Rolem 20!
Continuando a responder as trinta perguntas, a pergunta de hoje é “Como você encontra jogadores?” Essa pergunta é interessante, porque com alguma frequência recebo e-mails de leitores e ouvintes que me perguntam se conheço grupos ou se podem jogar comigo.
A primeira resposta então é: não é através do Rolando 20! Adoro nossos ouvintes, mas para mim a regra mais importante do RPG é: jogue com os seus amigos. Você até pode experimentar com grupos diferentes aqui e ali, ou tranformar um grupo casual em um grupo de amigos, mas isso pra mim é a exceção, e não a regra. Então, anote aí: se você joga na minha mesa, te considero meu amigo. Exceto on-line, que jogo também com conhecidos, mais sobre isso abaixo.
Voltando ao como encontro jogadores: fácil, chamo meus amigos. E se meus amigos não jogassem RPG? Aí, claro, ia depender muito dos amigos, mas eu preferiria tentar ensinar e jogar com amigos já existentes do que fazer amigos novos. Porque pra mim é mais fácil o primeiro que o segundo, mas sua experiência pode variar. Se isso não funcionasse, só aí eu partiria para o online.
Eu já joguei bastante RPG online, seja via Map Tools, Fantasy Grounds ou meu recente favorito Roll20 (mais sobre RPG via Internet nesse post e nesse podcast). Já joguei D&D, GURPS e agora estou jogando 13th Age. Já joguei em Português e em Inglês. E funciona, mas pra mim passa longe da experiência de jogar ao vivo, e mais um quebra galho que solução. Pode ser muito bom para fazer novos amigos (que eventualmente vão pra sua mesa real, se possível), jogar com amigos distantes (na Califórnia ou em São Bernardo do Campo) e experimentar jogos, sistemas e cenários novos.
Outras pessoas podem sugerir encontros (como o encontro recorrente da Luderia, aqui em São Paulo), eventos ou espaços públicos. Deve funcionar, mas eu não encontro (não procuro, na verdade) jogadores assim.
E vocês? Como encontram jogadores (ou mestres!) para as mesas de vocês?
Rolem 20!
Olá Jogadores e DMs!
Na última quarta foi nossa 6a sessão de 13th Age usando o Roll20. Bem divertido, o grupo conseguiu vencer o bando de quatro dragões fêmeas que guardavam a carcaça do macho, para pegar sua presa: item final para a construção da bússula mágica que levará o grupo até a necrópole, onde eles irão invadir o cofre do Lich-King, e roubar sua coroa!
Mestre: +Daniel Salles de Araújo (eu mesmo) / Jogadores: +Danielle Toste , +Davi Salles , +Joaquim Nobre e Juliana.
Até!
Continuando a responder as trinta perguntas, a pergunta de hoje é “Qual sua ferramenta ou acessório de mestre favorito?” Essa pergunta foi meio difícil pra mim, porque fiquei entre duas. Como a primeira é meio óbvia, coloco as duas por aqui.
Meu primeiro acessório favorito de mestre é o escudo do mestre, ou DM Screen. Ele é meu favorito por uma série de motivos. Eu gosto do fator colecionador, já que tenho pelo menos uns 10 screens diferentes. Só de D&D, tenho de Forgotten, de Eberron, da terceira edição, da terceira edição premium, do AD&D, do AD&D da Abril, da quarta, um de dragonlance, e por aí vai. Tem uma coisa nostálgica em colocar um screen na mesa.
Mas tenho que confesar que não gosto, na prática, de colocar o escudo na minha frente. Acho que ele cria uma barreira (física e emocional) entre o mestre e os jogadores. A coisa melhorou quando começaram os screens horizontais (que dá pra ver a cara do mestre) ou os mini-screens (como o do Old Dragon, bem bacana). Mas na real o que eu faço é deixar o screen à mão, mas sem colocá-lo de pé. E aí sim, acho útil, mas depende do screen. Às vezes é preciso colocar uns Post-Its™ com detalhes adicionais (o Tio Nitro é mestre nisso). Também gostava, no D&D, de deixar o screen de pé e pendurar papéis com os nomes dos personagens para controlar iniciativa.
Um debate relativo ao screen é rolar aberto versus rolar fechado, que vai ser assunto de um próximo post ainda dentro da lista de perguntas.
Mas, tirando esse acessório óbvio, meu segundo acessório favorito são cartões, ou fichas pautadas. Amo. E uso muito. Seja com stats de monstros, idéias de ganchos de aventuras, rascunho para nomes de NPCs e tavernas inventadas na horas, acho que fichas pautadas é a ferramenta principal que uso ao mestrar. Mesmo minha recente campanha de 13th Age, que mestro online usando o Roll20, eu uso fichas com anotações de frente ao computador.
Claro, não precisaria ser cartões, poderia ser um caderno, por exemplo. Mas acho que os cartões são menores, ocupam menos espaço, posso jogar fora os que não for usar mais, e é mais fácil de levar por aí. Também posso usar cartões coloridos e já ter uma categorização pronta. Para os mestres digitais, o newbie DM deu essa dica para usar iPads.
E vocês? Qual sua ferramenta ou acessório de mestre favorito? Rolem 20!