E está na hora de mais uma resenha! O livro mais parrudo que chegou junto com o Martial Power, o Draconomicon é livro para mestres que gostam da temática (que eu acho praticamente obrigatória no Dungeons & Dragons) de Dragões.
O livro é capa dura, com 255 páginas. Ele tem um subtítulo: dragões cromáticos. Ou seja, nada de dragões dourados e prateados, por enquanto. No entanto eles podiam ter feito uma capa melhorzinha. Não só o dragão branco da capa parece um prateado, mas também podiam ter escolhido um dragão mais mofo. Perde feio da fantástica capa do Draconomicon da 3ª edição, embora seja melhor que a capa do livro de AD&D. Pelo tamanho, ele é mais carinho, ficando compatível com o preço do Forgotten Realms Campaign Guide.
O livro começa com quarenta páginas de história, informação e background dos dragões: sua sociedade, fisiologia, língua, religião, etc. Além dos cinco dragões cromáticos encontrados no Monster Manual (branco, preto, vermelho, verde e azul) temos agora o dragão marrom, cinza e púrpura. Os púrpuras são os antigos Deep Dragons, os marrons os dragões mais desérticos, e os cinza eram os Fang Dragons das edições anteriores.
O segundo capítulo, meu favorito, é o DM Toolbox para dragões: explica e sugere encontros com dragões, descreve quests relacionadas, campanhas com dragões (estou usando várias das dicas na minha campanha Luz nas Sombras), artefatos draconianos e coisas afins.
O terceiro capítulo, o menos interessante pra mim, mas ainda assim legal, descreve lares de dragões. Mostra uns oito covis de dragões distintos, o suficiente para dar auto-suficiência para qualquer DM. A vantagem é ter lares heróicos, paragon e épicos, bem variado. O quatro capítulo é metade do livro, e descreve as estatísticas dos três novos dragões, além de acrescentar estatísticas dos wyrmlings para as cinco cores de dragões do Monster Manual. Em seguida temos os dragões planares, que vão ficar ainda mais interessantes com o lançamento deste mês, o Manual of the Planes, e os dragões undead (esperem o Open Grave em Janeiro).
O quinto capítulo fala um pouco de criaturas adjacentes. Sim, temos ainda mais Kobolds, fazendo deles as criaturas com o maior número de variações na 4ª edição do D&D. Também temos alguns dragonborns oponentes novos, até já usei dois deles na minha campanha. O sexto capítulo é uma delícia de ler, contando a história e mostrando os números dos dragões clássicos de D&D. Dragotha, Ashardalon, Cyan Bloodbane são nomes mais novos, mas já nostálgicos. Os outros são old-school puro.
Um destaque é a ficha de Tiamat. Sim, a divindade de cinco cabeças que era a arquinimiga do Vingador. Sendo um Level 35 Solo Brute, Tiamat é a primeira divindade (e não só um mero lord demônio, como Orcus) a ter suas estatísticas prontas para encontrar um grupo de aventureiros épicos. Para vocês terem uma idéia, cada cabeça tem sua ficha, praticamente. Além disso, num combate corpo-a-corpo, o máximo que você pode fazer é deixá-la bloodied, a menos que faça várias quests (algumas sugeridas) para livrar os planos definitivamente da Rainha das Trevas. Também tem a ficha do aspecto de Tiamat, para dar o gostinho nos níveis mais baixos (Level 17 Solo Brute).
Contras
- A arte não é tão boa quanto a do Draconomicon 3e.
- Tem algumas coisas meio malucas demais, como dragões vampiros e dragões fada.
- Se você usa dragões muito esparsamente, quase não vai usar esse livro.
Prós
- Praticamente um Monster Manual de Dragões.
- Muitos detalhes para focar sua campanha na temática.
- Livro focado no DM: jogadores tiveram algum suporte na Dragon.
- O Hall da fama dos dragões é muito massa!
É isso! Alguém já deu uma olhada e quer dar sua opinião?