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Armas de Fogo

Um dos meus cenários favoritos da terceira edição do D&D era Ptolus, do Monte Cook. Eu até pensei em converter a campanha para a 4ª edição, mas muito do sabor iria se perder na transição. De qualquer maneira, acabei adaptando alguma coisa de lá que de repente pode ser útil na campanha de vocês. Uma delas foram as armas de fogo, que são bem comuns em Ptolus.

As armas de fogo pertencem a um grupo novo, das Dragonguns, e são todas armas superiores, ou seja, você precisa de um feat específico para utilizá-las com o bônus de proficiência.

Arma Prof.. Dano Alcance Preço Peso Grupo Propriedades
Dragon Pistol (one hand) +2 1d12 10/20 120gp 2lb. Dragongun Load standard, High Crit, Off Hand, can be used to sneak attack
Dragon Rifle (two handed) +2 2d8 15/30 360gp 6lb. Dragongun Load standard, High Crit

Todas as dragonguns tem as seguintes características:

  • Todas as dragonguns emperram com roladas de 1 naturais. Para arrumar é necessário um teste de Engenharia (ver abaixo) DC 20. Se não quiser utilizar essa nova perícia, use Arcana.
  • Existem modelos mais baratos e vagabundos das armas, que custam a metade do preço. No entanto, em roladas de 1 ou 2 naturais elas explodem, causando o dano da arma no usuário.
  • Você precisa de uma standard action para recarregar sua arma. Munição e pólvora, em Ptolus, não são de difícil acesso, mas não são comuns como explosivos.
  • Você pode usar armas de fogo adjacente aos oponentes sem causar ataques de oportunidade.
  • Você não pode usar armas de fogo para ataques básicos de longa distância.

Novos feats

Firearms familiarity
Benefício: Você pode usar Inteligência como atributo para ataque e dano de armas de fogo ao invés de Destreza.
Rapid reload (Paragon)
Prerequisito: Proficiência com alguma arma de fogo.
Benefício: Você pode recarregar sua arma com uma move action. Você também ganha um feat bonus de +5 em Engenharia para desemperrar armas de fogo.

Nova Perícia

Engenharia

  • Atributo: Int
  • Class Skill de: Wizard, Warlord

Você pode criar, consertar e desenvolver novos objetos mecânicos, incluindo armas de fogo. Você também pode indentificar construtos não mágicos e estruturas.

Edit: Não deixem de ver também outros artigos da blogosfera brasileira sobre armas de fogo bastante interessantes:

E também na gringa:

Que acham? Rolem 20 (que é sempre bom com armas high crit)!

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Chamado do Covil

Não sou muito de entrar em memes e afins, mas um chamado do Covil não é assim qualquer coisa. O Wordle é um serviço que olha nosso blog e faz uma montagem como a abaixo. Dá pra ver que nosso blog é bem interessante e cheio de aventura! 😉


E chamo o Tomo 4e para participar, vamos ver o que acontece por lá! Aproveito para avisar que vai demorar um pouquinho para sair o próximo cast, estou aproveitando umas férias por aqui. Continuem rolando 20!

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Geo Symbol

O combate da 4ª edição do D&D virou uma dança do quadrado, mas eu não acho que isso seja uma coisa necessariamente ruim: o jogo tem muito mais tática e estratégia envolvendo movimento e posicionamento numa situação combativa. E vários outros aspectos poodem ser adicionados ao jogo para deixar o lado tático ainda mais forte. E aí onde entra o jogo de Playstation Disgaea.

Esse jogo é do estilo do Final Fantasy Tactics e outros do gênero, onde você fica lutando em mapas aleatórios contra times adversários. Mas um aspecto interessante do Disgaea são os Geo Panels e Geo Symbols, painéis e items coloridos que, combinando-se, criam aspectos diversos no mapa de combate.

Ou seja, você tem painéis que, se tiver um item específico em cima dele, dá um efeito para todos aqueles que estiverem em painéis da mesma cor. No jogo, as cores tem mais efeitos, mas no D&D, isso é menos importante. O legal é você usar, por exemplo, uma mapa quadriculado (como um tabuleiro de xadrez, veja a figura), e ter dois Geo Symbols, um que dá +2 pra acertar e -2 de AC, e outro que dá +2 de AC e -2 pra acertar, por exemplo. Você pode mover os símbolos de lugar, o que faz com que as casas azuis e vermelhas ganhem dinamismo durante o combate.

Claro que você não vai colocar isso em qualquer dungeon-floresta da vida. A idéia é deixar para as Dungeons mais bizarras (como a Pyramid of Shadows, ou a Tomb of Horrors), outros planos, laboratórios mágicos, e coisas assim.

Efeitos que podem ser associados a um Geo Symbol num Geo Panel:

  • +1 pra acertar
  • +1 em todas as defesas
  • +2 pra acertar e -2 no AC
  • +2 no AC e -2 pra acertar
  • Regeneração 5/10
  • 5/10 Hit Points Temporários
  • Teleporte aleatório para outro painel da mesma cor

E por aí vai. No jogo de videogame, os Geo Symbols são pirâmides coloridas (como a amarela da figura), e podem ser destruídas. Se você achar esse aspecto interessante, dê HPs para o símbolo, proporcional ao nível do grupo, e um AC razoável, para compensar a durabilidade do objeto.

O que acham desse tipo de mecanismo em seus combates? Videogame demais? Ou mais um aspecto tático com areas de itens mágicos?

Rolem 20!

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Post Resenha

Forgotten Realms Player’s Guide

Players Guide CoverJunto com o Forgotten Realms Campaing Guide, o Player’s Guide forma tudo o que você vai precisar, como mestre e jogador, respectivamente, para jogar suas aventuras nos Reinos Esquecidos. A diferença é que o Player’s Guide pode ser muito legal até para quem joga campanhas em outros lugares. Segue minha resenha deste suplemento:

O livro é capa dura, e tem menos páginas que o FRCG. A ilustração da capa é muito bacana, vocês podem ver aqui do lado. Por dentro ele segue o padrão dos livros da 4ª edição, com fundos brancos e grandes ilustrações nos inícios dos capítulos.

O primeiro capítulo, Raças, já nos dá duas novas opções de raças para jogadores: o Genasi, criaturas parte elemental, e os nosso já conhecidos elfos negros, os Drow. O Genasi ficou muito legal: você tem que escolher entre qual manifestação elemental você vai seguir (fogo, terra, água, ar ou trovão), e todas eles tem um poder de encontro interessante. Já o Drow achei que ficou meio caído. É legal jogar de elfo negro no primeiro nível, coisa que era meio complicada nas edições anteriores, mas me parece que ele, de mais forte, ficou mais fraco que as outras raças do básico. Preciso ver um em ação para dar o veredito final, mas essa foi minha impressão. No final do capítulo, o livro comenta um pouco sobre outras raças, como Gnomos, Orcs, etc, mas sem estatísticas de jogo.

Depois temos novas classes, no capítulo 2. A primeira classe nova, e utilizável em qualquer outro cenário sem grandes adaptações, é o Swordmage, uma espécie de Fighter/Mage, que é um defender, mas arcano. Eu joguei uma one-shot no Encontro Internacional com o Swordmage, e gostei da classe. Ela tem vários poderes interessantes, alguns mais legais do que úteis: você pode, por exemplo, sempre trazer sua espada de volta a sua mão como uma Free Action se ela estiver até 10 quadrados.

Na seqüência do Swordmage, temos não outra classe, mas outra especialização para o Warlock, o dark pact. Nesse pacto, o bruxo irá lidar com as criaturas do Shadowfell, e terá vários poderes relacionados à sombras, poison, fear, e outros nessa linha. É uma opção interessante e bem legal para Warlocks, que se mostraram uma classe bastante popular na 4ª edição.

Depois temos o Spellscarred, que não é uma classe em si, é uma lista de poderes que podem ser trocados por poderes da sua classe usando as regras de multiclass. Achei meio bobo, mas talvez seja porque achei toda essa história de Spellplague meio besta, mesmo. Ah! E não podemos esquecer: temos 25 paragon paths nesse livro, vários deles aproveitáveis em outros cenários, e uma epic destiny muito legal (até comentei no Podcast de armadilhas), o Chosen. É bem parecido com o Demi-god, mas ao invés de se tornar um deus, você vira o escolhido de uma divindade dos Reinos. Cada divindade dá um poder específico, então pode ser meio chatinho adaptar o destino para outros cenários, mas eu achei bem interessante.

Depois temos o capítulo de Backgrounds, que vai dar idéias de origens para seu personagem em cada uma das regiões de Forgotten Realms. Além disso, dependendo da região de onde seu PC vem, ele ganha um pequeno bônus, geralmente uma língua e +2 em uma perícia. É o capítulo mais gostosinho de ler, mas não dá aproveitar muito fora de FR! 😉

Encerrando o livro, vem mais alguns feats e rituais. Os feats são em sua maioria ligados às raças e classes desse livro, mas tem alguns novos para as raças do básico. Tem um feat, para humanos, que dá +2 em saving throws quando você não tiver mais AP, acumulável com Human Perseverance! Muito bom! Os rituais basicamente tapam o gap das antigas magias específicas de Forgotten.

Contras

  • O livro é meio pequeno, vem só uma classe nova;
  • O índice também é ruim, assim como o do FRCG;
  • Pouquíssimos items mágicos novos relacionados à FR;

Prós

  • Só uma classe nova, mas ela é bem legal;
  • Duas raças novas, com feats e afins para suportá-las;
  • 25 Paragon Paths e 1 Epic Destiny;
  • Excelente ferramentas para você construir um background em FR coerente;

No geral, achei um livro bem bacana, especialmente por causa do Swordmage, mas também porque sou mestre (e eventual jogador) de Living Forgotten Realms, onde esse livro ajuda bastante a criar personagens com um sabor mais com a cara de Fae-Rûn.

Rolem 20!

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Oponente Post

Minions

Se no começo das aventuras de D&D na 4ª edição o mestre costuma sentir falta de criaturas solo (tanto que nos motivou a escrever a Displacer Beast e o Warforged Flame Weilder), mais tarde pode acontecer, em menor escala, uma falta de minions. E o DMG também peca por não nos dar um template para minions, ao contrário das criaturas Elite e Solo.

Bom, não é muito difícil fazer a sua minion. Como regra geral:

  • Se o oponente for um elite ou solo, faça o caminho de volta para um oponente normal, usando como base as regras da página 185 do DMG.
  • Minimize os poderes. Em geral, minions só possuem um ataque básico, e uma habilidade adicional. Nunca habilidade de encontros, recarregáveis, etc., exceto se for um racial (como o Elven’s Accuracy dos Elfos). Você pode deixar um ataque ranged, se for o caso. A idéia aqui é simplicidade.
  • Faça o dano variável virar estático. Use o valor médio do ataque como referência. Uma dica é ver o dano máximo, e marcar metade.
  • O HP é 1, e um erro nunca causa dano a uma minion.
  • Reduza o XP em ¼ do valor original.

É isso! Então imagine que você sofreu com o Warforged Flame Wielder no nível 1. Mas, no nível 4 ou 5, você encontra o criador das criaturas, cercado de dezenas de construtos do mesmo tipo! Os heróis, já experientes, irão lidar rapidamente com os warforged, preocupando-se com o inventor maligno. Para esse encontro, termos warforged minions é perfeito. Como ficaria a ficha dele então?

Warforged Flame Wielder Level 2 Minion
Medium natural humanoid (Living Construct) XP 31
Initiative +5 Senses Perception +6
HP
1; a missed attack never damages a minion.
AC 18; Fortitude 16, Reflex 15, Will 15;
Speed
5
Longsword (standard; at-will) ✦ Weapon
+8 vs. AC; 6 damage;
Flamethrower (standard; at-will) ✦ Weapon, Fire
Range 5; +5 vs. Ref; 5 fire damage.
Battlefield Tactics
The warforged flame wielder gains +1 bonus to melee attacks if it has an ally adjacent to the target.
Alignment Any Languages Common
Skills
Endurance +7, intimidate +6
Str 19 (+5) Dex 14 (+3) Wis 14 (+3)
Con
16 (+4) Int 10 (+1) Cha 10 (+1)

Simples não? Nem vou escrever o bloco tactics desde minion porque a tática dele é “bate aí”. Para a conversão, basicamente tirei as vantagens do solo (actions points, saving throw, defesas e hp), retirei os poderes, mantendo o Battlefield Tatics para ter um saborzinho, arrumei o XP e pronto! Mega fácil.

Edit: Troquei o ataque ranged de Handaxe para Flamethrower, e agora o dano é de fogo contra Reflex. Senão não dá pra chamar a minion de Flame Wielder, né?

Rolem 20!

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O bom DM

Essa semana ocorreu um lance meio chato: tive desentendimentos com um de meus jogadores, que criticou bastante a minha maneira de mestrar. Fiquei pensando na crítica, e tentei pensar no que eu acho que o bom DM deveria ter de características gerais, e lembrei dessas:

Gostar de mestrar

Se você quer o manto do Dungeon Master, precisa gostar de contar histórias. Precisa gostar de ser mestre e mestrar, senão nunca será um bom DM. Se você fica feliz quando vê seus jogadores felizes, esse é um bom sinal, ainda mais se isso acontece quando eles descobrem alguma informação importante do plot, ou conseguem chegar em algum dos objetivos da campanha.

Saber improvisar

Você precisa saber improvisar, saber ser criativo. Mesmo se estiver mestrando uma aventura pronta, improvise! Troque aquele segundo encontro de goblins por algo mais legal. Sei lá, põe um cubo gelatinoso! 🙂 Invente outros NPC’s, troque o combate contra o líder Kobold por um Skill Challenge de diplomacia. Use clichés! Só não abuse deles.

Saber Ouvir

Apesar de estar na maior parte do tempo falando, o DM tem que saber ouvir. Tente entender as entrelinhas de seus jogadores, e você conseguirá tirar muito mais dele (em termos de interpretação e colaboração, não em tesouro e itens mágicos!) Esse ponto me leva para…

Ter paciência

Isso vale para as pessoas em geral, mas um bom DM tem paciência. Ele irá explicar quantas vezes for necessário as runas da armadilhas (um handout teria ajudado, no entanto), e irá fazer aquele roleplay do barman, mesmo que ele não tenha nada de novo para contar. E nunca, mas nunca, perca a calma numa sessão. Se um argumento começar a ficar tenso, sempre deixe para depois. Uma briga na mesa estraga a sessão, e pode até atrapalhar amizades.

Ser imparcial

Você tem que ser imparcial na mesa. Isso é para que todos tenham a mesma diversão. Claro, nem sempre isso vai acontecer, mas o mestre deve se policiar para tentar, na média, fazer com que todos consigam sua atenção de maneira similar. Da mesma maneira, nunca favoreça alguém com itens mágicos, histórias “especiais” ou algo do tipo, a menos que seja conversado com o grupo todo.

Fazer o dever de casa

Espera-se que você conheça o cenário, e responda as perguntas sobre o ambiente, dê nomes aos NPCs (mesmo aos guardas genéricos, deixe uma lista pronta!), e saiba quais são as divindades do seu mundo. Claro, isso pode ser um problema se você está começando a mestrar num cenário novo (como Forgotten Realms). Então, faça a sua parte e tente dar uma lida e aprender o que der antes das suas sessões.

Colhões

Você precisa saber dizer não. Se não quer uma raça, feat ou poder que alguém achou na Internetm, num suplemento ou que seja, diga. Seja firme, mas lembre do item de não perder a paciência. A mesma coisa vale durante o jogo. Se você não lembrar qual a regra certa, e não quiser esperar por alguém folhear o Player’s Handbook, faça sua regra, e passe adiante. Mais tarde, você pode voltar com calma ao básico e dizer ao grupo como vai ficar dali em diante.

Delegue

Deixe algum do trabalho para os jogadores. Coloque um jogador responsável por organizar a iniciativa, outro para anotar nomes dos npcs, e por aí vai. A parte burocrática de ser DM não é muito divertida: divida isso com os outros participantes!

Meus outros jogadores ainda me aprovam, mas espero que essa lista me ajude a ser um DM ainda melhor. Você lembra de mais alguma característica importante?

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Resenha

Forgotten Realms Campaign Guide

Depois de muito enrolar, comecei a ler os livros que chegaram no meu pacote de livros novos. O primeiro que estou lendo à fundo é o Forgotten Realms Campaign Guide, o livro de campanha e de cabeceira do DM que mestra D&D 4ª edição no fundo ficional Forgotten Realms, os Reinos Esquecidos.

A capa do livro é instigante, e bem bonita. Dá vontade de peitar um vilão daqueles. E é esse todo o enfoque do livro: prover aos Dungeon Masters as ferramentas para mestrar nos Reinos, seja com as histórias do mundo, seja com sugestão de plots, novos monstros, novas armadilhas e encontros, novos tesouros e novos vilões (também conhecidos como BBEG: Big, Bad, Evil Guy, na gringa).

O livro já começa meio tapa-na-cara: uma aventura introdutória em Loudwater, a cidade conhecida por todos que jogaram Legend of the Green Regent, a campanha Living Forgotten Realms da RPGA na 3ª edição. Já descreve a cidade, NPCs importantes (e alguns interessantes, inclusive!), e encontros com goblins da região.

No capítulo 2 começa a descrição propriamente dita, explicando as mudanças no cenário que todo mundo já está careca de saber nessa altura do campeonato: cem anos se passaram desde a 3ª edição, Abeir (a Terra-2 de Forgotten Realms) se uniu parcialmente à Toril, o mundo sofreu uma prága mágica com a morte (de novo…) de Mystra, a deusa da magia, e o mundo, apesar de ainda ter a cara de FR, passa a ter um pouco o aspecto “Pontos de Luz” da quarta edição. Viajar pelas estradas está mais complicado, e o mundo menos civilizado, de uma forma geral. E o império de Netheril está de volta!

Os capítulos 3, 4 e 5 falam da Spellplage e Magia, Cosmologia, e do Panteão de divindades, e dá background pro mestre inciante, ou atualiza o mestre veterano. Simples, consiso, e fácil de mudar o que se quiser.

O capítulo 6 é o grosso do livro, com as descrições das diversas regiões de Fae-Rûn, inclusive entrando nos detalhes de Abeir e da Underdark. Muitos ganchos de aventuras aqui, só de folhear esse capítulo te dá um monte de idéias! Dá vontade de sair jogando/mestrando!

O capítulo7 é o meu favorito: Threats. Vilões, oponentes e grupos malignos para deixar aventureiros ocupados dos níveis heróicos aos épicos. Desde as igrejas de Bane e Shar até os clássicos Drow e a mega região necromântica de Thay, não vão faltar opções. O livro te dá realmente opções como cartas: puxe a que gostar mais, faça suas modificações e comece a aventura.

Aí o livro finaliza com um índice bem meia-boca (o Gamer Dome está produzindo um decente), uns monstros novos (ok) e o pior mapa já feito num livro de campanha de Forgotten. Letras e linhas para todos os lados, você mal consegue ver as formações geográficas, e parece que tudo está no mesmo tom marrom. Bem feinho mesmo. O tamanho é o mesmo de edições anteriores, e não tem o mapa de Abeir, só de Fae-Rûn.

Contras

  • A cartografia é meia-boca.
  • A aventura deveria estar no final, e não tem muito o sabor do cenário.
  • Os Deuses tem um impacto muito menor no cenário, e isso era bem característico de FR. Só parte dos deuses aparecem aqui, e já tem outras divindades aparecendo no DnDInsider, como Auril.
  • O mapa e o índice, como comentei acima.
  • Os Reinos mudaram. As coisas que você conhecia na ponta da língua não estão mais lá, não do mesmo jeito. Exceto Cormyr. Não espere continuar sua campanha simplesmente.

Prós

  • A arte está fantástica, pelo menos na minha opinião. Já exaltei alguns dos ilustradores aqui.
  • Os detalhes: termos locais do cenários, as dicas para inserir as raças e classes no contexto, o detalhamento das regiões. Dá pra se sentir parte desse mundo imenso que são os Reinos. Tem muita descrição: são 153 páginas de história, explicações e detalhamento.
  • Quase não tem mecânicas: não é um livro crunch. Tem lá uma mini-aventura no início, e os stats de alguns vilões e monstros novos, mas é bem pouco. Se você joga com outro sistema, vai conseguir aproveitar bastante coisa desse livro. Além disso, é um livro gostoso de ler, acrescentando ao aspecto de compêndio.
  • Os Reinos mudaram: seus personagens vêem o mundo com novos olhos. Um background imenso está disponível, mas muitos cantos e pessoas são explorados novamente, que dá todo um gosto novo à FR. Não espere continuar sua campanha simplesmente.

Ouvi vários comentários criticando o fato do cenário ter sido dividido neste livro e no Player’s Guide. Eu acho uma boa, porque se você for o DM, e não tiver o Player’s Guide, não vai te fazer falta. Ah, mas não vamos ter drows e genasi? Ué, se os jogadores quiserem, eles que precisam do livro, e não você. Você pode facilmente fazer NPCs do tipo, e já tem as fichas prontinhas dos vilões. Ou seja, não fica o peso todo de compras de livros nas costas do mestre.

Enfim, gostei da compra, acho que ainda consigo aproveitar muito do (senão todo) meu material de FR, incluindo suplementos da primeira e segunda edição do AD&D. Ainda não tenho planos de uma campanha lá (atualmente estou mestrando no cenário genérico do DMG), mas cada vez que abro o livro no capítulo 6, dá vontade.

Rolem 20!