Os Gigantes das Colinas são criaturas brutais, egoístas e donas de uma estupidez só comparável ao seu apetite insaciável. São capazes de se alimentar de praticamente qualquer coisa, e é qualquer coisa MESMO!
Suas comunidades são amontoados de indivíduos instalados em choças precárias de troncos, pedras e lama e organizadas em torno a uma hierarquia baseada em provas de força de demonstrações da capacidade de comer mais que os demais. Sem inimigos, capazes de viver de praticamente qualquer coisa, fortes e resistentes, os Gigantes das Colinas são uma ameaça para todos os vizinhos desde tempos imemoriais.
Mas, até nessa massa indistinta de caos e brutalidade, alguns indivíduos se destacam pela sua perversidade.
Jula se ergueu atrás das pilhas de cadáveres apenas o suficiente para tentar enxergar a saída da caverna. Seu corpo franzino tremia por causa do vento frio que chegava até ela. Mas tremia ainda mais de medo…
Era a primeira vez que a menina via a luz em dois dias… desde o ataque… desde que sua família…
Não devia pensar nisso. Sua família agora era o pequeno Loocan, o menino não falava nada desde que haviam acordado lá embaixo… no fosso.
“Não pense nisso, Jula…” disse para si mesma. Seu pai, o ferreiro Ahm, sempre dizia que ela devia aprender a planejar tudo o que fizesse… e se concentrar em uma coisa de cada vez…
A saída da caverna estava tão perto… e eles não haviam visto nem ouvido ele em todo o dia… talvez ele tivesse saído… ou ido embora. Por favor, deuses…
— Venha… devagar… – sussurrou para Loocan. Pegou a mão dele e o guiou com cuidado, se mantendo sempre junto à parede da caverna para enxergar tanto a saída como o túnel que levava para… o fosso…
Ela se esgueirava entre as pilhas de ossos e lixo, mantendo o irmãozinho sempre atrás dela. Bem perto. Aqui em cima o frio era bem forte, e o cheiro não era tão intenso como… lá embaixo… A saída da caverna estava a apenas uns poucos metros, por favor, deuses… Jula tentava olhar para todos os lados ao mesmo tempo e se mover em completo silêncio. O seu coraçãozinho batia tão forte que parecia ecoar pela câmara e lançar ecos (ou seriam passos?) em todas as direções. Só um pouco mais. Havia uma grande pilha de peles bem na saída da caverna. Poderiam se esconder ali enquanto ela decidia se era seguro sair.
As peles se reviraram quando eles se apoiaram nelas… um rosto do tamanho de um barril se virou para eles. Tinha um olho cego, inchado e coberto de pus. O olho que o ferreiro Ahm havia atingido com o martelo de guerra lá na estrada.
— Comida? – o bafo pútrido os envolveu como uma névoa venenosa -. Comida não fugir! Comida fica AQUI!!
Sem pensar, Jula, pegou Loocan pela cintura e, com uma força que não imaginava ter, o lançou para fora, rolando sobre a neve.
— Corra!!! CORRA, LOOCAN!!!!!!
E pulou no rosto do gigante, tentando alcançar o olho são com suas mãozinhas nuas…
Wogom, o Gigante da Colina Gourmet
Na “sociedade” dos gigantes das colinas, a gula é uma virtude respeitada e uma mostra de força e vitalidade. Entre eles, comer QUALQUER coisa e em GRANDES quantidades é um passatempo e uma forma de mostrar sua superioridade. Por isso, Wogom, o Gigante Gourmet, foi desprezado por seus semelhante desde que começou a mostrar sinais de sua esquisitice. Isso porque ele só aprecia a comida maturada até alcançar o sabor, aroma e consistências perfeitos. Algo incompreensível para seus parentes e o motivo de o terem expulso há muito das suas comunidades.
Wogom vagou pelos bosques durante algum tempo até achar uma aconchegante caverna próxima a uma movimentada estrada. A caverna é espaçosa, profunda e tem um conveniente fosso. Agora, ele ataca viajantes nas estradas sinuosas. Como a luta normalmente abre o seu apetite, ele pode até fazer um lanche rápido com um cavalo ou dois, mas tudo o resto que ele pegar, vai ser levado até a caverna e deixado no fosso para amadurecer por um tempo.
A caverna de Wogom está em algum lugar nas montanhas ao norte da estrada, provavelmente a uma hora de caminhada. A entrada fica em uma área acidentada da encosta e Wogom preparou uma pilha de troncos que pode fazer rolar sobre intrusos enquanto se aproximam (na época da aventura, essa pilha de trontos não será visível imediatamente porque estará coberta com uma fina camada de neve). Também tem uma boa pilha de pedras a mão nesse lugar. Apesar de não ser mais inteligente que seus parentes, Wogom não lutará em campo aberto porque quer proteger sua “despensa” a qualquer custo.
WOGOM
Huge giant, chaotic evil
- Armor Class 13 (natural armor)
- Hit Points 105 (10d12+40)
- Speed 40ft.
STR DEX CON INT WIS CHA 21
(+5)8
(-1)19
(+4)5
(-3)9
(-1)6
(-2)
- Skills: Perception +2
- Senses passive Perception 12
- Languages Giant / Common
- Challenge 5 (1,800 XP)
Actions
Multiattack. Giants make two greatclub attacks.
Greatclub. Melee Weapon Attack: +8 to hit, reach 10ft., one target. Hit: 18 (3d8+5) bludgeoning damage.
Rock. Ranged Weapon Attack: +8 to hit, range 60/240 ft., one target. Hit: 21 (3d10 + 5) bludgeoning damage.
Os apetites de Wogom atraíram carniceiros para as proximidades, sempre há uma nuvem de pássaros sobrevoando a entrada da sua caverna e uma matilha de lobos (1d12) e 20% de chance de terem um Dire Wolf como chefe (ou dois, com 5% no dado ou mais de dez lobos na matilha). No fundo da caverna, há uma chance de 5% de encontrar um ghoul. E fungos venenosos a gosto do freguês.
Gancho malandro
Há dois dias, uma caravana deveria ter chegado na cidade, mas não há notícias dela nem da família de um aventureiro aposentado que pretendia se instalar na cidade para começar uma nova vida. Ele está ficando preocupado e vai buscar ajuda para iniciar uma busca. Será que eles vão encontrar as pessoas desaparecidas antes da barriga de Wogom começar a roncar alto demais?
Fontes: Monster Manual.