Hoje gostaria de deixar meus comentários sobre a versão nacional do Adventurer’s Vault, o Arsenal do Aventureiro, que a editora Devir gentilmente enviou pra mim. Resumidamente: é igualzinho sua versão americana, que já resenhei aqui, mas em português. Então os prós e contras que citei lá todos continuam valendo! 🙂
Mas esse livro tem outro pró, que o deixa ainda melhor que o original: ele contém todas as erratas e atualizações do livro até o começo desse ano. Ou seja: itens como a Armadura do Veterano [Veteran’s Armor], armas duplas, o deslocamento do cavalo de montaria e vários outros detalhes já estão corrigidos. Ou seja, uma boa notícia para os jogadores da versão nacional, já que pra quem não lê Inglês fica difícil acompanhar as correções pelo D&D Insider.
E no dia 26, a ressaca de Natal levou a gente para o universo do Warhammer Fantasy Roleplay, onde nosso grupo enfrentou criaturas do caos num vilarejo pra lá de sinistro. Não vai ser uma campanha regular aqui no Rolando 20 (já que não é D&D 4E), mas merece o reporte de sessão, no mínimo pelas idéias da aventura, que foi 100% improvisada!
O que é um reporte de campanha? É uma postagem onde descrevo sucintamente os acontecimentos da última sessão, comentando os encontros e desencontros do grupo. Essa aventura é em Reikland, usando o sistema do Warhammer Fantasy Roleplay 3ª edição. O nosso grupo foi de rank 1, criamos os personagens para a aventura, que foi mais um playtest mesmo.
Estou aqui no aeroporto esperando horrores para voltar pra casa, e aproveito para escrever essa resenha do único livro de D&D que comprei aqui nos EUA: 0 Draconomicon: Metallic Dragons. Lançado quase um ano depois do primeiro, vocês podem conferir a resenha do original. E já vou adiantando, o segundo veio muito melhor.
Os autores são Richard Baker (o cara de Eberron), Ari Marmell (o Mouseferatu da Enworld), David Noonan e Robert J. Schwalb, e o preço sugerido é quarenta dólares. O livro segue o padrão dos livros do D&D 4a edição, com capa dura e envernizada.Tem 224 páginas (umas trinta a menos que o anterior), e se divide nos capítulos a seguir: Conhecimento sobre os Dragões [Dragon Lore], Guia do Mestre para Dragões [DM’s Guide to Dragons], Lares de Dragões [Dragon Lairs] e Novos Monstros [New Monsters].
E essa é mais uma sexta-feira da Iniciativa 4e! Onde você encontrar o selo da Iniciativa 4e, esteja certo que está encontrando material escrito e revisado para a 4ª edição do D&D, com posts conjuntos, temáticos, a cada quinzena. O tema dessa semana são os Reinos Distantes, os Far Realms. Os Reinos Distantes são planos, muitos distantes e incompreensíveis, local de origem de criaturas como Aboleth, Beholders e Mind Flayers.
Não deixe de acompanhar também no final desse post os links para os outros membros da Iniciativa, que agora contam com a presença nova do Pensotopia, do Nitro Dungeon, Dados do Mestre e do Covil. E deixe sua sugestão, correção ou colaboração!
Como vocês perceberam, os monstros icônicos dos Reinos Distantes são todas criaturas de nível alto. Então, para quem ainda está começando com a 4a edição, resolvi montar 10 encontros sugeridos, para cada nível heroico (1-10), com uma temática meio “Cthulhesca”. Os monstros estão com os nome em Inglês, porque vários ainda não tem tradução definida, mas entre colchetes está a página do Monster Manual onde você pode encontrar essa criatura específica. Quando sair o Manual dos Monstros, eu atualizo aqui.
Eu vou usar um recurso muito importante do D&D: usar as estatísticas de monstro conhecidos, mas com descrições diferentes. Isso geralmente surpreende os jogadores, e dá um gostinho de novidade.
E consegui comprar meu exemplar do primeiro lançamento de D&D 4a edição em Português no sábado, num quiosque da Terra Média, aqui em Campinas. Eu já fiz uma resenha da aventura em Inglês, então não vou comentar muito a respeito da aventura em si, vou focar nas mudanças, no formato e na tradução.
A primeira e grande diferença é a capa. A capa da versão brasileira é apenas uma capa e contra-capa de cartão, mas com efeito plastificado melhor que a versão americana, na minha opinião. Por outro lado, a versão americana é um envelope, e você pode guardar melhor os livretos e os pôsters. Na versão nacional, é melhor você arrumar alguma coisa pra guardar tudo, como uma pasta, caso não guarde ele entre os livros da estante.
Em termos de layout, diagramação, cores e fontes os livros estão idênticos. Excelente trabalho mesmo aqui. Em relação aos pôsters mapa, a gramatura do papel da versão nacional parece um pouco maior, o que deve dar mais durabilidade. Os livretos parecem ser iguais.
A tradução e conversão para o português ficou muito bacana. Claro, vou precisar me acostumar com os termos, mas só o guia rápido já é uma excelente referência para deixar os posts aqui do Rolando 20 o mais traduzidos possíveis. Ainda não li o livro inteiro, mas tem umas coisinhas aqui e ali. Por exemplo, na página 3: “Um sacerdote de Orcus, chamada Kalarel…” ou alguns degradês de fundo das tabelas que não funcionou direito, ficando branco de repente (pág. 15, por exemplo).
Ah! E outra coisa: a versão nacional já vem com errata. Na página 78, por exemplo, do livro original, o AC do Kalarel fazia referência a um poder inexistente, a versão da Devir corrige esse erro. Em termos de conteúdo, está 100% igual ao original, então jogadores do Brasil, preparem-se para alguns TPK (ou deveria dizer MTG, morte total do grupo) ao encontrarem Dente-de-Ferro, se não estiverem preparados.
Com a Fortaleza no Pendor das Sombras, você já tem tudo para começar a jogar, tirando dados e alguns marcadores. Ele tem fichas prontas de personagens, com algumas restrições: o meio-elfo não tem seu poder de outra classe, nem o mago tem rituais, por exemplo, mas isso se manteve da versão original, e acontece mais por uma questão de simplificação e espaço.
Resumo da ópera: acho que a quarta edição chegou ao Brasil em grande estilo. Com preço razoável (paguei R$ 43,00), e qualidade que não deixa nada a desejar à versão gringa. Peguem seus d20, e preparem-se para rolar muitos críticos!
E para fechar o ano, o review de um livro que me surpreendeu um bocado: o Manual of the Planes. Não pelas tradicionais ilustrações internas, qualidade impecável do papel e capa dura, em 160 páginas. Um pouco talvez pela capa bizarra, com um Astral Dreadnought. E bastante pelo conteúdo variado, que irá dar bastante material para DMs produzirem campanhas com muito mais interações com os planos. Esse livro fala um pouquinho de Ravenloft, tem as estatísticas de uma Spelljammer, e tem os toques de Planescape. Pô, tem até regras opcionais para quem quer manter a Great Wheel na sua mesa!
O 1º Capítulo dá uma passada geral na cosmologia da 4e, muito mais simplificada, com todos os planos elementais e domoníacos agrupados no Chaos Elemental, e quase todo o resto no Plano Astral. Também explica os planos genericamente, dando espaço para os DMs criarem seus planos, semi-planos e afins. Também trazem os dados de navios que navegam entre os planos. Sigil, Lady of Pain e outros clássicos também retornam nesse capítulo.
O Segundo capítulo fala tudo sobre a Feywild, plano nativo dos elfos e eladrins. Apesar de não tem me animado para mestrar nada por lá, é um capítulo gostoso de ler. Aliás, esse é o primeiro da 4ª edição que dá gosto de ler, porque é o menos crunch de todos.
O capítulo três fala sobre a Shadowfell, que me lembra bastante a Umbra, ou a Umbra profunda, de Lobisomem: o Apocalipse. Ravenloft também vem a cabeça. Não é à-toa que os Domains of Dread agora ficam por aqui. Dá pra usar a Shadowfell fácil, fácil em campanhas, e esse capítulo dá vontade de jogar.
Na seqüência vem o o capítulo sobre o Caos Elemental, um dos maiores. Descreve a City of Brass, cidade dos gênios do fogo, descreve planos demoníacos, como o Abismo, Demonweb, o lar de Lolth, e outros. Vários monstros épicos por aqui, que aparecem no capítulo seis! 🙂 Por fim, temos o Mar Astral, que contém tudo mais o que falta: os semi-planos das divindades, os Nove Infernos, as cidades Githyanki e Githzerai, os pocket-planes dos magos über, e por aí vai.
Então temos o capítulo de monstros, que é principalmente de demônios e diabos. Um carinha famoso que aparece com ficha é o Baphomet, patrono dos minotauros. E, por fim, também me supreendendo um pouco, vem o último capítulo, focado nos jogadores. Temos oito Caminhos Exemplares, doze novos rituais e novos itens mágicos diversos. Algumas deles valem a pena uma segunda olhada, mas ainda não pude me detalhar aqui.
Contras
Eu achei a capa muito feia, é de assustar criancinhas;
Meio caro pelo número total de páginas;
Podia ter pelo menos um domínio de Ravenloft;
Prós
Gostoso de ler, com bastante descrição;
Sigil aparece para essa nova geração!
Spelljammers pelo módico preço de 3.125.000 peças de ouro, uma pechincha!
Dá muitas idéias para aventuras;
Resumindo, não é tão mega completo, detalhado, bonito e bem escrito quanto as caixas de Planescape, mas é melhor que os livros Manual of the Planes e Planar Handbook da 3e, na minha opinião. E ficamos aqui com a última resenha do ano. Até 2009 com o Open Grave. Aliás, já votou na gente?
E está na hora de mais uma resenha! O livro mais parrudo que chegou junto com o Martial Power, o Draconomicon é livro para mestres que gostam da temática (que eu acho praticamente obrigatória no Dungeons & Dragons) de Dragões.
O livro é capa dura, com 255 páginas. Ele tem um subtítulo: dragões cromáticos. Ou seja, nada de dragões dourados e prateados, por enquanto. No entanto eles podiam ter feito uma capa melhorzinha. Não só o dragão branco da capa parece um prateado, mas também podiam ter escolhido um dragão mais mofo. Perde feio da fantástica capa do Draconomicon da 3ª edição, embora seja melhor que a capa do livro de AD&D. Pelo tamanho, ele é mais carinho, ficando compatível com o preço do Forgotten Realms Campaign Guide.
O livro começa com quarenta páginas de história, informação e background dos dragões: sua sociedade, fisiologia, língua, religião, etc. Além dos cinco dragões cromáticos encontrados no Monster Manual (branco, preto, vermelho, verde e azul) temos agora o dragão marrom, cinza e púrpura. Os púrpuras são os antigos Deep Dragons, os marrons os dragões mais desérticos, e os cinza eram os Fang Dragons das edições anteriores.
O segundo capítulo, meu favorito, é o DM Toolbox para dragões: explica e sugere encontros com dragões, descreve quests relacionadas, campanhas com dragões (estou usando várias das dicas na minha campanha Luz nas Sombras), artefatos draconianos e coisas afins.
O terceiro capítulo, o menos interessante pra mim, mas ainda assim legal, descreve lares de dragões. Mostra uns oito covis de dragões distintos, o suficiente para dar auto-suficiência para qualquer DM. A vantagem é ter lares heróicos, paragon e épicos, bem variado. O quatro capítulo é metade do livro, e descreve as estatísticas dos três novos dragões, além de acrescentar estatísticas dos wyrmlings para as cinco cores de dragões do Monster Manual. Em seguida temos os dragões planares, que vão ficar ainda mais interessantes com o lançamento deste mês, o Manual of the Planes, e os dragões undead (esperem o Open Grave em Janeiro).
O quinto capítulo fala um pouco de criaturas adjacentes. Sim, temos ainda mais Kobolds, fazendo deles as criaturas com o maior número de variações na 4ª edição do D&D. Também temos alguns dragonborns oponentes novos, até já usei dois deles na minha campanha. O sexto capítulo é uma delícia de ler, contando a história e mostrando os números dos dragões clássicos de D&D. Dragotha, Ashardalon, Cyan Bloodbane são nomes mais novos, mas já nostálgicos. Os outros são old-school puro.
Um destaque é a ficha de Tiamat. Sim, a divindade de cinco cabeças que era a arquinimiga do Vingador. Sendo um Level 35 Solo Brute, Tiamat é a primeira divindade (e não só um mero lord demônio, como Orcus) a ter suas estatísticas prontas para encontrar um grupo de aventureiros épicos. Para vocês terem uma idéia, cada cabeça tem sua ficha, praticamente. Além disso, num combate corpo-a-corpo, o máximo que você pode fazer é deixá-la bloodied, a menos que faça várias quests (algumas sugeridas) para livrar os planos definitivamente da Rainha das Trevas. Também tem a ficha do aspecto de Tiamat, para dar o gostinho nos níveis mais baixos (Level 17 Solo Brute).