Na última aventura nossos heróis iniciaram uma missão para reconstrução do Vale. Eles conheceram:
Sigfast, Lorde de Protetorado. Sigfast era um dos soldados de Bard, quando este ainda era um membro da guarda da Cidade do Lago. Alguns acham que ter enviado Sigfast para fora do Vale tenha sido um ato de desgosto, mas ao contrário; Bard enviou este senhor de mais de 40 anos e barbas vermelhas acinzentadas para Protetorado pois sabia que poderia confiar um nova cidade a Sigfast, que apesar de discreto, falta a ele a voraz ambição dos homens do Lago.
Na manhã seguinte ao jantar com Sifast e sua esposa, Portebras, Eru, Sigurd e Hagar partem para Raíz da Montanha. A viagem durara apenas alguns dias; uma estrada do Vale até Protetorado já foi reconstruída, mas até Raiz da Montanha eles terão que viajar pelas planícies. Com a morte de Smaug, toda essa região que antes era um grande deserto cuja grama mal crescia, agora é uma bela planície de um tom verde claro que faz contrates com o céu azul. Além da vegetação é possível ver pássaros, diversos deles sobrevoando um ponto na distância. A cor negra dos pássaros faz com que os identifiquemos como corvos, e não é tão comum voarem em bando, só quando ceiam nos corpos dos mortos.
Ao se aproximarem encontram os corvos se alimentando no que parece ser a ossada de um bovino, e quase não há mais carne atrelada ao esqueleto. Sigurd estuda com mais cuidado os restos e identifica a provável causa de morte, as vértebras do pescoço estão esmagadas e perfuradas… seja lá o que a matou, essa criatura tinha presas grandes e afiadas.
Finalmente eles chegam até Raiz do Inverno; ainda é dia e o portão está aberto. Um dos guardas pede que parem, e pergunta o que desejam na cidade. Por hora, preferem deixar seus planos diplomáticos encobertos,pois querem estudar o lugar e conhecer Hessan, lorde de Raiz da Montanha. Sobre a muralha uma bandeira já velha e suja está estiada, mas o vento não sopra e é quase impossível ver o símbolo da casa de Hessan, a cabeça empalada de um lobo negro em um fundo branco. Enquanto caminham, um garoto, de no máximo dez anos, oferece seus serviços para cuidar e alimentar os pôneis de carga que eles traziam. Ele está sujo e mal cuidado, mas não deixa de sorrir a tagarelar, ficando especialmente interessado em Hob Portebras, pensando que o hobbit é uma criança como ele. Na cidade não parece haver muitas crianças.
Após se alojarem na única taverna local, os quatro companheiros partem atrás de informação sobre a cidade e, claro, sobre Hessan. Eles fazem amizades, e descobrem mais detalhes do dia-a-dia da cidade. Hessan, por outro lado, não parece ser um tópico que as pessoas se interessam em falar; quando falam as palavras soam melancólicas e pesadas, e apesar de sempre defenderem seu líder, a população parece ter um pouco de pena e também um pouco de medo.
A chegada dos heróis, no entanto, começa a causar um pequeno alvoroço na cidade; pessoas querem saber as novidades, e acima de tudo querem ouvir recontada a história de Bard e Smaug, assim como a batalha dos cinco exércitos. Sigurd reconta a história, e canta uma das várias canções que detalham a batalha. Os locais riem e torcem enquanto a história é contada, aplaudindo e comemorando a vitória dos povos livres. Um deles diz: “—Deixe-me cantar um canção! Somos de Raiz da Montanha e muitas foram as nossas batalhas, mas uma batalha foi maior e mais cruel”:
Nas noite de lua
anda pelas ruas
com suas presas a amostra
uma sombra que rosnaNessas Noites eternas
a escuridão é suprema
um uivo que rasga
coragem e garraNada fere a besta
nem espada, nem setas
apenas um única lança
a lança de fogo de Hessan
No final da canção, como que um chamado, todos se silenciam enquanto pela porta entra o lorde conhecido. Sua barba é branca e seu olhar cansado. É possível ver cicatrizes de batalhas pelo seu rosto e braço. Apesar disso, suas postura e vestimentas mostram que ele é nobre, mas prefere lutar suas próprias batalhas. Sem muita opção de um melhor momento, Hagar e os companheiros preferem iniciar uma conversa com Hessan; eles já conversaram com o resto da população e sabem um pouco da história de sua história.
Eles então iniciam um longa conversa. Hob e Hagar lançam diversos argumentos justificando a união ao reino do Vale,o que parace ser a única solução lógica para Hessan, embora eles saibam que não é por razões lógicas que Hessan não aceitou os discursos de Sigfast quando este esteve aqui. Hessan é um homem orgulhoso, que defendeu Raiz da Montanha sozinho enquanto o povo do Vale se escondia na Cidade do Lago ou mais longe. Hessan não precisa de argumentos lógicos para aceitar a vassalagem, ele precisa desconstruir seu orgulho.
Um grito! Toda a conversa para de imediato enquanto Hessan e os personagens disparam para fora da taverna. Hessan grita aos guardas por informação, que lhe falam o óbvio: “Há gritos vindo lá de fora, senhor! Posso ouvi-los do lado de fora da muralha próxima às plantações de trigo!Então abram logo este portão, me tragam minha arma e armadura!” Assim que os portões se abrem um jovem amedrontado corre para dentro; ele não deveria estar lá fora depois que os portões se fecharam, mas o que isso importa agora? O grito não veio dele, era um grito de mulher.
Uma resposta em “Diário de Campanha: The One Ring – A Reconstrução do Vale II”
Nossa! Estou adorando essa história! Seu RPG deve estar mesmo muito bom! Queria ter um mestre assim como você…. aliás… queria ter UM mestre pelo menos…. ai ai. Aguardo ansioso o desenrolar da história! O que seria isso? Um Warg? Ou um Lobo Gigante? (Tenho que parar de ler Game of Thrones…)