E comecei a jogar esse (como diriam os caras do DrinkCast) jogão. Mal estou nas primeiras cenas do jogo, e já vejo que vai dar pra aproveitar bastante coisas desse jogo nas minhas mesas de D&D.
A primeira coisa que dá pra aprender com o Dragon Age é como apresentar um cenário ao jogador. O mundo é gigante, e tem uma história mega complexa, mas o jogo não derruba tudo isso de uma vez no jogador. Ele vai num crescendo constante, partindo da origem do personagem, cidade inicial e redondezas de Ferelden, até um ponto onde cabe ao jogador decidir o quanto ele quer aprender sobre o cenário. E é assim que deveria ser quando alguém está jogando num cenário de campanha novo, na minha opinião.
Outro ponto são as origens: como o nome diz, esse jogo permite você escolher qual vai ser a origem do seu personagem. Meu primeiro PC foi um anão servo, e isso influenciou pacas todas as minhas outras decisões durante o jogo.
Eu não sou muito fã de backgrounds e históricos complexos para D&D, acho que você só precisa de um conceito geral e explicar como seu grupo se formou, e o resto da história acontece com as sessões de D&D. No entanto, esse jogo me deu vontade novamente de rolar prelúdios, e sessões iniciais com o grupo se formando. Isso simplesmente porque um prelúdio simples, muitas vezes cheio de clichés, pode ser tudo o que seu PC precisa para começar sua jornada de herói. Além disso, o jogo te dá uma série de NPCs no prelúdio, que podem significar algo para os outros jogadores fazerem no prelúdio de cada PC.
Aliás, os NPCs são um show à parte. Eu nunca fui muito bom de NPCs, porque quase sempre fico com preguiça de dar a eles o tempo que eles merecem. E jogando Dragon Age vi que esse tempo nem precisa ser muito: uma característica e uma idéia de background por NPC já criam um ambiente propício a exploração não só para os jogadores mas também para o DM. As histórias e trejeitos dos NPCs são tão legais que dá vontade de saber mais da história deles, e querer se envolver com as missões e passado desses personagens. Sem falar que muitas das idéias são muito roubáveis!
Links
- Diário de Design do Dragon Age RPG;
- Resenha do jogo no Girls of Wars;
- Página do Dragon Age;
- Meu profile na Bioware e meu personagem atual, o Ragnar;
E rolem 20!
16 respostas em “Dragon Age: Origins”
Notei também que o jogo tem um apelo bem centrado no personagem, fazendo o jogador se sentir na pele (algo extremamente empolgante quando trazido para a mesa de RPG).
Quanto ao histórico de NPC's, eu escrevo duas ou três linhas sobre o OBJETIVO dele, o que ele está ALMEJANDO e então interpreto baseando nos interesses deles. Assim não fica aquele clima de que ele estava ali APENAS para ajudar ou atrapalhar os PJ.
Espero ter ajudado!
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Dragon Age rules :).
Se você gostou dele e gostar de ficção científica ou space opera, sugiro fortemente jogar Star Wars Knights of the Old Republic I e Mass Effect – este último particularmente tem alguns fatores no gameplay que são mais legais que no Dragon Age :).
Anand, faz favoire, quando vc chegar no fim de jogo, posta aki o que você resolveu fazer vlw? 🙂
Tou super curioso para ver que decisão vc vai tomar! 😀
Tendo pra PS3 ou Mac, tá valendo! Mas é um de cada vez, senão não dá tempo. E olha que estou alternando o Dragon Age com o God of War Collection!
Mas tou com medo do final agora! E cuidado com Spoilers!
Devem ter para Mac, não sei :P.
Pode ficar tranks que vou ficar cuidadoso nos spoilers! 😀 Mas que no final c vai precisar tomar uma decisão e eu estou ansioso para ver a sua, isso vai >:)
Tava fazendo alguns dos NPCs no D&D Character Builder aki outro dia! Vício é foda! ;P
É Ferelden Anand. Nome feio pacas, mas enfim, é só o nome do país.
O jogo tem um cenário super complexo mesmo. Tem até uma novel que detalha mais a história do antigo rei morto (pai do rei atual) e do Teryn Loghain, falando sobre o domínio de Ferelden pelo país inimigo Orlais (briga esta super inspirada na guerra dos 100 anos, já q Ferelden é super inspirada na Inglaterra e Orlais na França).
O jogo é daqueles que tem um cenário com muito mais complexo do que o que é usado no jogo. Nesse sentido parece muito a série Baldur's Gate/Neverwinter/Icewind Dale. A diferença é que não tem um RPG que use este cenário ainda, razão pela qual não demora pra surgir um. O cenário tb parece plenamente adaptável para qualquer RPG de fantasia medieval (D&D, GURPS, Warhammer, etc).
Eu joguei até o final já, e comecei um segundo jogo (quero abrir todos os troféus, e o jogo tem escolhas o bastante para precisar jogar algumas vezes para isso). E é extremamente bem feito, e merece mesmo todo o crédito que estão dando por aí. Sou total adepto da utilização das idéias nas mesas de RPG por aí (as nossas inclusas, haha).
Aliás, a historinha desse jogo parece ótima pra jogar Warhammer (o clima pareceu muito semelhante). Alguma idéia, Anand? =)
Na verdade, já tem o RPG, lançado pela Green Ronin, custa 20 doletas, sistema próprio, três classes, parece ser legalzim.
Ouvi falar muito bem deste jogo…
Mas eu to jogando Baldur's Gate II, só tinha jogado Baldurs 1 e acabei achando em uma banca de revistas… to matando a saudade do AD&D. Sera que as bacterias de livros antigos Old Scholl me contaminaram?
Rá, comecei a jogar ontem esse jogo como dica dO Goblin. Realmente é impressionante, principalmente a gama de opçoes que o jogador tem para seguir na história, cada escolha no diálogo influencia no que pode acontecer mais adiante. Eu também comecei a jogar como Anão Commoner, e era Rogue. Acredito que se começar como Warrior muda também a história inicial, já que tem a casta dos Warriors e etc. E o melhor é que independente de qual a sua origem, o jogo se encarrega de "arrumar um jeito" de te colocar na trama central, e sem parecer forçado.
Realmente um jogo ÉPICO! terminei ele no PS3. Ele dá muitas idéias para mestres. 🙂
Peraí, é SÉRIO que tem mesmo um RPG de mesa desse jogo!? Carácoles! Acho que tenho que acrescentar mais um livro a minha lista de compras para esse ano!
Jogo espetacular cara, to curtindo demais. Adoro jogos que conseguem se extender por dezenas de horas sem ficarem tremendamente chatos…
Pra quem ta gostando recomendo demais o Mass Effect, da mesma BioWare, pra PC e Xbox 360. Apesar de ser futurista o sistema de combate, evolução e interação com npcs é bastante similar, funcionam mto bem…
Terminei recentemente o jogo com pouco mais de 40 horas e confesso que ao acabar fica aquele gostinho de quero mais. Criei um novo personagem e comecei novamente a aventura já que o sistema de "Origens" permite criar personagens bem distintos e acredito que em determinados pontos do jogo isso trará novidades a serem exploradas.
Concordo que em Dragon Age o grande protagonista é o universo apresentado, o que é feito de forma tão completa que é possível passar horas apenas lendo e descobrindo fatos sobre o passado dos principais NPCs e das localidades visitadas.
Gostei das pequenas peculiaridades do cenário, como a história dos Elfos (e como são tratados) e as implicações no uso da magia. Assim como o Lieo citou logo acima recomendo para quem gostou de Dragon Age o Mass Effect, também desenvolvido pela Bioware e com as mesmas nuances que tornam seus RPGs dignos de nota.
My recent post Melhores de 2009 – Eleição GoLuck
A expansão está agendada para março do corrente ano. Jogão altamente recomendável.
cara, esse jogo é animal, acabei de pegar o novo DLC, return to ostagar, só falta terminar esse DLC e partir pro final do jogo.. a'te agora não me arrependo… O unico problema dele é que pelo menos no PC ele vai ficando muito lento com o tempo, ai tem que sair do jogo e abrir denovo.. mas fora isso é um puta jogão…
Muito bom, saiu ainda uma web serie e postei ela completa no meu blog para quem quiser conferir.