Maratona de Rolando20 hehe

Então, meu método de preparar aventuras consiste no seguinte: pego um papel/GDocs e resumo (em bullet points msm) da situação do cenário e dos jogadores. Daí imagino o que na conjuntura do cenário afeta os jogadores, tentando ligar com elementos do histórico deles. Em geral, divido esse processo em vários dias (uns 15~20 min/dia). Para mim, ajuda a maturar as ideias e desenvolvê-las melhor do que dedicar 2 horas de uma única vez para isso. É legal também que a mente sempre fica estimulada, e a imaginação mais solta.

Dali eu imagino cenas/encontros. Mas não do zero, em geral me baseio em algo (aventura pronta, por exemplo). Aliás, sou total adepto do reskinning. Por isso valorizo muito livros como o Dungeon Delve do DnD 4e (além de programas de encounter-building na internet). Só faço o setup mecânico adequado pro que estou imaginando e dali vou adaptando as minhas necessidades. Por isso meu conselho: jogadores, presenteiem seus DMs com livros do tipo. Volo’s Guide é uma boa e sempre rola promoção na Amazon dele.

Por fim, vou seguindo o que rolar na mesa. Eu deixo bastante margem para a história caminhar segundo as decisões dos jogadores. Nesse quesito, aprendi bastante com o Dungeon World (que recomendo a leitura, aliás). Inclusive, a noção de “frentes de aventura/campanha” desse sistema é uma boa para se orientar na condução da narrativa. Sempre que possível uso.

Em resumo (tl;dr): basicamente, minha preparação é mais aberta, por tópicos/temas/cenas/encontros, com apoio mecânico do que já foi produzido para o nível de desafio que imagino (adequando aí as questões cosméticas de monstros/NPCs) mais uma pitada de improviso para deixar coisas mais soltas.

Como resultado sempre tenho a sensação que a história está viva, seguindo por si própria (jogadores). O que, na minha visão, é muito positivo.