E para fechar o ano, o review de um livro que me surpreendeu um bocado: o Manual of the Planes. Não pelas tradicionais ilustrações internas, qualidade impecável do papel e capa dura, em 160 páginas. Um pouco talvez pela capa bizarra, com um Astral Dreadnought. E bastante pelo conteúdo variado, que irá dar bastante material para DMs produzirem campanhas com muito mais interações com os planos. Esse livro fala um pouquinho de Ravenloft, tem as estatísticas de uma Spelljammer, e tem os toques de Planescape. Pô, tem até regras opcionais para quem quer manter a Great Wheel na sua mesa!
O 1º Capítulo dá uma passada geral na cosmologia da 4e, muito mais simplificada, com todos os planos elementais e domoníacos agrupados no Chaos Elemental, e quase todo o resto no Plano Astral. Também explica os planos genericamente, dando espaço para os DMs criarem seus planos, semi-planos e afins. Também trazem os dados de navios que navegam entre os planos. Sigil, Lady of Pain e outros clássicos também retornam nesse capítulo.
O Segundo capítulo fala tudo sobre a Feywild, plano nativo dos elfos e eladrins. Apesar de não tem me animado para mestrar nada por lá, é um capítulo gostoso de ler. Aliás, esse é o primeiro da 4ª edição que dá gosto de ler, porque é o menos crunch de todos.
O capítulo três fala sobre a Shadowfell, que me lembra bastante a Umbra, ou a Umbra profunda, de Lobisomem: o Apocalipse. Ravenloft também vem a cabeça. Não é à-toa que os Domains of Dread agora ficam por aqui. Dá pra usar a Shadowfell fácil, fácil em campanhas, e esse capítulo dá vontade de jogar.
Na seqüência vem o o capítulo sobre o Caos Elemental, um dos maiores. Descreve a City of Brass, cidade dos gênios do fogo, descreve planos demoníacos, como o Abismo, Demonweb, o lar de Lolth, e outros. Vários monstros épicos por aqui, que aparecem no capítulo seis! 🙂 Por fim, temos o Mar Astral, que contém tudo mais o que falta: os semi-planos das divindades, os Nove Infernos, as cidades Githyanki e Githzerai, os pocket-planes dos magos über, e por aí vai.
Então temos o capítulo de monstros, que é principalmente de demônios e diabos. Um carinha famoso que aparece com ficha é o Baphomet, patrono dos minotauros. E, por fim, também me supreendendo um pouco, vem o último capítulo, focado nos jogadores. Temos oito Caminhos Exemplares, doze novos rituais e novos itens mágicos diversos. Algumas deles valem a pena uma segunda olhada, mas ainda não pude me detalhar aqui.
Contras
- Eu achei a capa muito feia, é de assustar criancinhas;
- Meio caro pelo número total de páginas;
- Podia ter pelo menos um domínio de Ravenloft;
Prós
- Gostoso de ler, com bastante descrição;
- Sigil aparece para essa nova geração!
- Spelljammers pelo módico preço de 3.125.000 peças de ouro, uma pechincha!
- Dá muitas idéias para aventuras;
Resumindo, não é tão mega completo, detalhado, bonito e bem escrito quanto as caixas de Planescape, mas é melhor que os livros Manual of the Planes e Planar Handbook da 3e, na minha opinião. E ficamos aqui com a última resenha do ano. Até 2009 com o Open Grave. Aliás, já votou na gente?
Rolem 20!
4 respostas em “Manual of the Planes”
É…também me surpreendi com o preço da Spelljammer quando li este suplemento. Não foram os magos e seus portais planares que quebraram estas naves: foram seu prórpio preço (imagine o da pasagem)!
Feliz ano novo anand, bom.. primeiramente FELIZ ANO NOVO!!!
Quando eu vi aquele barquinho ali na capa(nave né ? deve ser uma lifejamer) me lembrei de SPELLJAMMER na hora, poxa uma pena vai ser a demora desses livros chegarem até aqui no Brasil, a sim .. tenho uma idéia ai para discutir, to te mando o e-mail hoje.
Último post de inominavel: Paródia de Final Fantasy
Pq um spelljammer é tão caro assim?
Ah, adorei esse suplemento e foi bem ver a roupagem nova de alguns planos clássicos como hades, Carceri, Pandemônio e alguns outros, além da saída de planos sem graça como Bitopia.
Mas ainda seria bom que tivesse um pouco mais de descrições sobre alguns locais, como o Abismo, Baator, mais fichas para seres de Shadowfell e Feywild, e assim vai (será que virão mais Príncipes Demônios e cia no MM2 além de Demogorgon?).
O que acharam da raça nova, os bladeling (conhecido na 3.5 como spikers)?
Não vi taanta diferença para os manuais de 3.5, mas o texto pareceu mais agradavel na comparação.
A re-descrição de Sigil e das facções nem de longe se aproximam do velho box de Planescape do qual continuo fã inveterado.