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Você usa aventuras prontas ou escreve as suas?

Dragão de CobreContinuando a responder as trinta perguntas, a pergunta de hoje é “Você usa aventuras prontas ou escreve as suas?” Gosto da pergunta, mas a resposta é meio óbvia: faço os dois, e geralmente juntos.

Eu adoro aventuras prontas. Acho que elas são uma excelente fonte de idéias, e economizam um monte de trabalho do mestre. Fora que algumas aventuras eu já mestrei tantas vezes que já consigo mestrar tudo de cabeça. Algumas de minhas aventuras prontas favoritas:

Temple of Elemental Evil (AD&D 1E): essa aventura tem todos os elementos fundamentais de uma boa aventura de D&D (ou de RPG!). NPCs memoráveis, uma cidade base, uma dungeon interessante e com vida própria. Bem melhor que a reedição para a 3E do Monte Cook, aliás. Saiu de graça uma época no D&D Classics.

Binding Arbitration (AD&D 2nd): uma antiga aventura da RPGA, ela foi bem inovadora pra mim em ser uma aventura muito mais focada no role play do que no combate. É perfeita para live-actions e/ou eventos. Infelizmente não está mais disponível. Eu cheguei a mestrar convertida para 3.5 em algum encontro internacional, e mestrei numa mesa com o Tchelo Pascon e com o Marcelo Dior, filmada pelo Rovalde, que infelizmente nunca foi editada/publicada.

The Sunless Citadel (D&D 3E): primeira aventura pronta da terceira edição. Está aqui por pura nostalgia e por eu ter mestrado várias vezes, porque tirando o Meepo, kobold icônico, é uma dungeon bem basica.

Whispering Cairn (D&D 3E), primeira aventura do segundo adventure path da Paizo para o D&D 3.5, chamado Age of Worms. Aliás, o Age of Worms inteiro é excelente, e eu mestrei o path (não todo) para dois grupos distintos. A escalada de eventos, os plot-twists, os NPCs, essa aventura é genial. Tem os PDF para vender no site da Paizo.

Keep on the Shadowfell, ou Fortaleza no Pendor das Sombras , a primeira aventura oficial da 4E. Também no slot nostalgia. Irontooth e Kalarel foram nomes que ficaram nas mentes de muitos jogadores.

Revenge of the Giants, mega aventura para 4E, usei ela quase inteira na minha campanha Escamas Púrpuras. Como a maioria das aventuras da 4E, precisou de muitas modificações da minha parte para não ficar um slug-fest de combates, mas tem muitas boas idéias e bons encontros lá.

Mas voltando a pergunta, eu nem sempre uso aventuras prontas. Das duas campanhas que estou mestrando hoje, uma eu uso aventura pronta (13th Age, usando Crown of the Lich King), e outra eu invento tudo (Ars Magica, Sombras da Normandia). A Escamas Púpuras eu inventei muita coisa, mas usei várias aventuras prontas para me ajudar, seja da Dungeon, o Revenge of the Giants, e o próprio Guia de Campanha do Forgotten Realms. No caso do Ars Magica, o suplemento Lion & the Lily, sobre o tribunal da Normandia, me ajudou bastante. E é nesse meio do caminho que eu gosto de ficar, usando os montes de supementos, cenários e aventuras que eu tenho, com toques e coisas que eu adiciono da minha cabeça.

E vocês? Como preferem? Usam aventuras prontas ou escreve as suas?

Rolem 20!

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Como você encontra jogadores?

delveContinuando a responder as trinta perguntas, a pergunta de hoje é “Como você encontra jogadores?” Essa pergunta é interessante, porque com alguma frequência recebo e-mails de leitores e ouvintes que me perguntam se conheço grupos ou se podem jogar comigo.

A primeira resposta então é: não é através do Rolando 20! Adoro nossos ouvintes, mas para mim a regra mais importante do RPG é: jogue com os seus amigos. Você até pode experimentar com grupos diferentes aqui e ali, ou tranformar um grupo casual em um grupo de amigos, mas isso pra mim é a exceção, e não a regra. Então, anote aí: se você joga na minha mesa, te considero meu amigo. Exceto on-line, que jogo também com conhecidos, mais sobre isso abaixo.

Voltando ao como encontro jogadores: fácil, chamo meus amigos. E se meus amigos não jogassem RPG? Aí, claro, ia depender muito dos amigos, mas eu preferiria tentar ensinar e jogar com amigos já existentes do que fazer amigos novos. Porque pra mim é mais fácil o primeiro que o segundo, mas sua experiência pode variar. Se isso não funcionasse, só aí eu partiria para o online.

Eu já joguei bastante RPG online, seja via Map Tools, Fantasy Grounds ou meu recente favorito Roll20 (mais sobre RPG via Internet nesse post e nesse podcast). Já joguei D&D, GURPS e agora estou jogando 13th Age. Já joguei em Português e em Inglês. E funciona, mas pra mim passa longe da experiência de jogar ao vivo, e mais um quebra galho que solução. Pode ser muito bom para fazer novos amigos (que eventualmente vão pra sua mesa real, se possível), jogar com amigos distantes (na Califórnia ou em São Bernardo do Campo) e experimentar jogos, sistemas e cenários novos.

Outras pessoas podem sugerir encontros (como o encontro recorrente da Luderia, aqui em São Paulo), eventos ou espaços públicos. Deve funcionar, mas eu não encontro (não procuro, na verdade) jogadores assim.

E vocês? Como encontram jogadores (ou mestres!) para as mesas de vocês?

Rolem 20!

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E hoje foi nossa 6a sessão de 13th Age usando o Roll20

Olá Jogadores e DMs!

Na última quarta foi nossa 6a sessão de 13th Age usando o Roll20. Bem divertido, o grupo conseguiu vencer o bando de quatro dragões fêmeas que guardavam a carcaça do macho, para pegar sua presa: item final para a construção da bússula mágica que levará o grupo até a necrópole, onde eles irão invadir o cofre do Lich-King, e roubar sua coroa!

Mestre: +Daniel Salles de Araújo  (eu mesmo) / Jogadores: +Danielle Toste , +Davi Salles , +Joaquim Nobre e Juliana.

 

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Qual sua ferramenta ou acessório de mestre favorito?

Continuando a responder as trinta perguntas, a pergunta de hoje é “Qual sua ferramenta ou acessório de mestre favorito?” Essa pergunta foi meio difícil pra mim, porque fiquei entre duas. Como a primeira é meio óbvia, coloco as duas por aqui.

4edmscreen

Meu primeiro acessório favorito de mestre é o escudo do mestre, ou DM Screen. Ele é meu favorito por uma série de motivos. Eu gosto do fator colecionador, já que tenho pelo menos uns 10 screens diferentes. Só de D&D, tenho de Forgotten, de Eberron, da terceira edição, da terceira edição premium, do AD&D, do AD&D da Abril, da quarta, um de dragonlance, e por aí vai. Tem uma coisa nostálgica em colocar um screen na mesa.

Mas tenho que confesar que não gosto, na prática, de colocar o escudo na minha frente. Acho que ele cria uma barreira (física e emocional) entre o mestre e os jogadores. A coisa melhorou quando começaram os screens horizontais (que dá pra ver a cara do mestre) ou os mini-screens (como o do Old Dragon, bem bacana). Mas na real o que eu faço é deixar o screen à mão, mas sem colocá-lo de pé. E aí sim, acho útil, mas depende do screen. Às vezes é preciso colocar uns Post-Its™ com detalhes adicionais (o Tio Nitro é mestre nisso). Também gostava, no D&D, de deixar o screen de pé e pendurar papéis com os nomes dos personagens para controlar iniciativa.

Um debate relativo ao screen é rolar aberto versus rolar fechado, que vai ser assunto de um próximo post ainda dentro da lista de perguntas.

index-cardsMas, tirando esse acessório óbvio, meu segundo acessório favorito são cartões, ou fichas pautadas. Amo. E uso muito. Seja com stats de monstros, idéias de ganchos de aventuras, rascunho para nomes de NPCs e tavernas inventadas na horas, acho que fichas pautadas é a ferramenta principal que uso ao mestrar. Mesmo minha recente campanha de 13th Age, que mestro online usando o Roll20, eu uso fichas com anotações de frente ao computador.

Claro, não precisaria ser cartões, poderia ser um caderno, por exemplo. Mas acho que os cartões são menores, ocupam menos espaço, posso jogar fora os que não for usar mais, e é mais fácil de levar por aí. Também posso usar cartões coloridos e já ter uma categorização pronta. Para os mestres digitais, o newbie DM deu essa dica para usar iPads.

E vocês? Qual sua ferramenta ou acessório de mestre favorito? Rolem 20!

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Que dica você daria para o um mestre de primeira viagem?

phbRespondendo a primeira pergunta do meu desafio de 30 dias, que dica eu daria para o um mestre de primeira viagem:

Olhando para trás na minha própria história como DM, do AD&D Segunda edição, dessa capa aí do lado, lá em idos de 1992, acho que a melhor dica para quem está começando é entender que a história da suas aventuras, da sua campanha, do seu cenário, não é sua de verdade. É dos seus jogadores. Um mestre feliz não é aquele que vê sua história se desdobrando. Um mestre feliz é aquele que vê os jogadores se divertindo à beça no contexto que ele propôs.

Por não ter recebido essa dica, muitas vezes tomei decisões na nossa campanha que, na minha cabeça, fazia uma história mais legal, mas na percepção dos jogadores, era só visto como pura maldade. Talvez meus jogadores de 13th Age, ainda hoje, percebam os desdobramentos disso. 🙂

E vocês? Que dica dariam para os mestres iniciantes? E rolem 20!

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30 dias do desafio dos mestres

DragonEstá rolando um meme na gringa de fazer 30 dias de desafio para os mestres de RPG, respondendo uma lista de trinta perguntas. E me propus então responder essas perguntas aqui no Rolando 20. Segue abaixo as perguntas:

PARTE I: PREPARAÇÃO

  1. Que dica você daria para o um mestre de primeira viagem?
  2. Qual sua ferramenta ou acessório de mestre favorito?
  3. Como você encontra jogadores?
  4. Você usa aventuras prontas ou escreve as suas?
  5. Que inspiração você puxa de outros jogos, livros, filmes, etc?
  6. Criação de mundo – qual é o seu processo?
  7. Como você se prepara para um início de campanha?
  8. Como você se prepara para cada sessão?
  9. Dever de casa dos jogadores: o que você pede para seus jogadores antes e entre sessões?
  10. Quais suas dicas para uma mesa com pouca/nenhuma preparação?

PARTE II: NA SESSÃO

  1. House rules: quais suas regras da casa comuns?
  2. Regras da mesa: como manter os jogadores focadas no jogo?
  3. Crescendo os desafios: como você balancea encontros?
  4. Como você facilita o combate? Dicas, ferramentas, técnicas?
  5. Vilões memoráveis: como introduzir e utilizar o(s) antagonista(s) numa narrativa contínua?
  6. Investigação e mistério: como você usa boatos, pistas e mantém a tensão no ar?
  7. Estrutura e tempo: como você usa flashbacks, cut scenes, narrativas paralelas em seu jogo?
  8. Como você lida com recompensas, seja XP, itens mágicos ou ouro?
  9. Qual foi sua pior sessão e por que?
  10. Qual foi sua melhor sessão e por que?

PARTE III: META

  1. Qual seus livros favoritos sobre mestrar?
  2. Qual a melhor dica que você pegou de uma mídia totalmente diferente?
  3. Quais efeitos as mecânicas tem na história?
  4. Cânone versus universo alternativo versus cenário original. Qual as vantagens e desvantagens de cada?
  5. Jogadores problemas e dramas. Qual sua história de horror de RPG e como você resolveu?
  6. Mestres são mal jogadores? Como você joga quando não está por trás das câmeras?
  7. Você já mestrou cooperativamente com outro mestre?
  8. Como você mestra online?
  9. Como você vende um jogo quando está fazendo um demo ou mestrando num evento?
  10. Como podemos crescer o hobby?

A medida que for postando, vou colocando os links nesse post. Não vai ser um por dia! Se você tem um blog, participe também!

Até!

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O futuro do D&D

Li essa matéria, enviada pelo Pedro (que participou lá atrás do podcast do Warlord, e que jogou muito D&D comigo), e fiquei aqui pensando sobre o futuro do Dungeons & Dragons.

A matéria (pra quem não leu) basicamente fala que a quarta edição foi um tiro no pé da Wizards of the Coast, que criou seu maior rival (a Paizo) e que agora está numa situação de declínio. E, isso, eu concordo.

Não me leve a mal, eu acho que a quarta edição do D&D é um jogo de RPG sensacional, um dos melhores conjuntos de regras já lançadas no mercado. Foi ousada, quebrou paradigmas, acertou no balanceamento, no aspecto tático e estratégico. O problema é que, depois de lançar a terceira edição com a OGL, a WotC não deveria largar aquele modelo de regras nunca mais, porque senão perderia o controle da sua criatura. E perdeu.