Nesse episódio, meio atrasado, e depois de um curso de Garage Band, nós, Daniel Anand e Davi Salles, comentamos tudo o que você quer saber sobre o grande amigo de todo jogador de RPG: o clérigo. Falamos das vantagens e desvantagens, as alterações nas diversas edições do D&D, as raças ótimas (ou não), enfim: damos nossos pitacos.
Além da Eva Widermann, outro ilustrador que sou fã é o William O’Connor. Eu comecei a curtir seus desenhos quando estava começando no RPG e vi a capa do Player’s Guide do Vampire. Ele também é responsável pelo clássico desenho do príncipe Marcus Vitel no obelisco de Washington DC, na capa do livro DC by Night, da White Wolf.
Já no mundo do D&D, ele é responsável por ilustrações chaves da 4ª edição, como o clérigo, paladino, tiefling, dragonborn, e muitos outros. Eu sou particularmente fã desse dragão branco. Só de ver o carinha montado nele e os destroços do navio, já imagino uma aventura! Ele também é ilustrador recorrente das novas (e antigas) Dragons e Dungeon, e ganhou vários prêmios por seu trabalho na 3ª edição, como Best Gaming Art pelo Races of Stone. Você pode ver a lista de trabalhos dele, também.
O nosso podcast vai atrasar um pouco essa semana, devido à uma semana de provas Solo Brute 26 do Davi Salles, e por conta da troca do meu computador. Mas, para não deixar ninguém na mão, vou postar aqui uma lista de podcasts de RPG. Ainda não temos muitos podcasts de RPG em português, mas temos um monte em inglês. Uma excelente maneira de melhorar sua fluência!
No Brasil
d3Cast – Com dois episódios e meio, mais um teaser, o podcast do d3System é bem animado, tem umas informações “insider” da Devir.
Podcast d’A Matilha – Com três episódios e meio, é um podcast bem intimista, contando a história e (des)aventuras dos membros do grupo.
Spellcast – O podcast do portal Spellrpg. Eu participo nesse cast que teve oito episódios publicados, falando de temáticas RPGísticas diversas. O interessante é que o grupo é bem heterogêneo, cada um de um canto do Brasil.
IRPGCast -Um cast de RPG com sete episódios, ainda não ouvi, mas está na minha lista.
Nerdcast – Não é um podcast de RPG, mas de variedades. Com mais de 150 episódios, os caras são profissionais. No entanto, eles já falaram sobre pérolas do RPG nos episódios 9 e 36.
Na gringa
D&D Podcast – O podcast da Wizards of the Coast sobre RPG, obrigatório. Pena que não é muito freqüente.
Green Ronin Publishing Podcast – O podcast da Green Ronin. Não tem muitos episódios, mas pra quem gosta de True20 e outros produtos da editora, é básico.
Sons of Kryos – Um podcast já com 62 episódios, em três temporadas, é legalzinho.
Fear the Boot – Meio irreverente, não gosto muito não, mas já tem mais de 150 episódios, e isso é sempre respeitável! 🙂
d20 Radio – Um cast focado em sistema d20, falam de Modern, Star Wars e outros.
Na gringa tem muitos podcasts de RPG, descubra o seu e conte pra gente! Eles são compilados no RPGPodcasts.com.
Que a 4ª edição do D&D (assim como a 3ª) te obriga, na prática, a usar miniaturas, to mundo já sabe. Mas se você não quer desembolsar uma bela grana em miniaturas made in china com o selo da WotC, você vai ter que improvisar.
Eu prefiro usar papeizinhos escrito “Zumbi” em cima a usar miniaturas de, digamos, Gnolls. O papel escrito vai fazer com que a mesa imagine um zumbi ali, enquanto a miniatura de outra criatura simplesmente vai eliminar esse processo imaginativo, e todo mundo vai falar “Eu ataco o Zumbi-Gnoll”, que é meio besta.
O problema de papeizinhos é que eles voam fácil. Um livro colocado na mesa de forma pouco suave pode mandar todos os guardiões da tumba para fora da dungeon! Então você pode improvisar de outras formas:
Compre fichas vagabundas de poker, ou canibalize um jogo antigo meio sem peças, e cole papéis com contact em cima. Você pode reescrever em cima do contact, e já fica meio pesado para não voar;
Pegue um papelzinho retangular, desenhe o oponente (ou escreva o nome dele), faça dois cortes no meio. Pegue um clip de papel médio, abra-o, e use-o para fazer uma base. Claro, se tiver tempo, pode imprimir uma figurinha bonita ao invés de um desenho tosco, no meu caso. Dá até pra fazer no escritório (me desculpem o modelo, dá próxima vez peço ajuda à uma colega bonita):
Use peças genéricas de outros jogos. Não recomendo peças de xadrez, por ter um pouco do problema da miniatura do Gnoll, em menor escala;
Faça peças de papel, mas use uma cartolina e deixe eles triangulares, como as miniaturas dos oponentes da caixa básica de D&D da Grow (veja essa figura de uma miniatura Conan-like roubada do Phil Gamer);
Use um notebook e um projetor, ou ligue o notebook na televisão, e faça um mapa virtual. Existem vários programas para isso, como o MapTool.
A ciência e a arte de descrever os brasões de armas ou escudos. As origens da heráldica remontam aos tempos em que era imperativo distinguir os participantes das batalhas e dos torneios, assim como descrever os serviços por eles prestados e que eram pintados nos seus escudos. No entanto, é importante notar que um brasão de armas é definido não visualmente, mas antes pela sua descrição escrita, a qual é dada numa linguagem própria – a linguagem heráldica.
Fazer o brasão de armas de seu paladino ou guerreiro, ou mesmo da sua companhia de aventureiros, dá toda uma cara nova a seu grupo. E como vimos acima, o brasão pode ser muito mais que um escudo legal: as cores e símbolos que estão lá podem representar toda a história do grupo. Dê uma olhada nesse site para entender os simbolismos da Heráldica. O vermelho representa o sangue de nossa família, o Pégaso nossa liberdade e por aí vai. Um nome ou mote em latim também dá um clima.
A minha idéia é dar uma resenha mais detalhada de cada um dos produtos, e vou começar com o mais fácil, que inclusive já foi resenhada pela comunidade (RPG.net, Dungeon Mastering, ENWorld e outros): o Dungeon Master Screen. Para começar, a imagem do screen, que é fantástica:
Esse é o melhor screen ever de todas as edições de D&D: nada mais de cartolina vagabunda, o screen é de papel cartonado, o mesmo material que fazem capa dura dos livros de RPG. E não só isso, os dois lados do screen têm uma laminação, dando uma aparência muito boa.
Em relação ao conteúdo, é o que todo mundo espera: as tabelas do básico. Todos as condições estão lá, as regras de cover (já comentadas aqui) e concealment, as dificuldades para usar skills, modificadores diversos em combate. Além disso, as tabelas de XP são uma mão na roda para aumentar ou diminuir um pouco a dificuldade do encontro no caso de termos um jogador a mais ou a menos.
Segue um resumo de todas as tabelas do Screen:
XP Rewards (DMG 120)
Damage by Level (DMG 47)
Food, Drink, and Lodging (PHB 222)
Light Sources (DMG 66)
Character Advancement (PHB 29)
Actions in Combat (PHB 286)
Combat Advantage (PHB 279, com lista do que causa CA e as páginas do PHB associadas)
Attack Modifiers (PHB 279)
DCs to Break Most Common Items (PHB 262)
Target DCs (DMG 42, essa tem errata)
Fall Severity by Character Level (DMG 44)
DCs for Commonly Used Skills (DCs de algumas skills – Athletics, Perception, Arcana, Heal)
Cover (PHB 280)
Concealment (PHB 281)
Conditions (PHB 277)
Healing a Dying Character (PHB 281)
Death and Dying (PHB 295)
Tenho somente duas críticas: a primeira, já sabida pela comunidade, é o fato do screen já vir com errata: a tabela de dificuldades genéricas teve update pouco depois da impressão da screen. Tudo bem que é só diminuir 5 de todos os DCs da tabela, mas ainda assim, é meio chato. A segunda critica é que não dá mais para prender papéizinhos na screen com clips, pela largura do screen, sem danificá-la. Mas post-its colam direitinho
Vou publicando as resenhas dos outros livros a medida que eu for terminando de lê-los. Rolem 20! E, agora, atrás do Screen!
Apesar do meio-orc não demorar muito para sair oficialmente pela WotC, seja nas páginas da Dragon como preview, seja definitivamente no Player’s Handbook II, existem várias versões não-oficiais já rolando por aí. Mesmo porque, sendo uma das raças do básico na terceira edição, é natural que as campanhas já existentes tivessem um meio-orc PC, ou no mínimo, NPCs. A melhor versão que eu achei foi nesse post da ENWorld, e é a versão que estou usando na minha campanha de Ptolus 4E (e é a que está abaixo). No mesmo post tem o meio-eladrin e o meio-drow. Vale a pena dar uma olhada no suplemento da 3ª edição Races of Destiny, tem várias histórias e background lá para meio-orcs. Também adicionei alguns feats que podem ser usados por meio-orcs no final do post.
Meio-Orcs
Herdeiros de uma união proibida entre orcs e humanos, tem o poder dos primeiros e a perseverança dos últimos.
Dual Heritage: Você pode pegar feats que tem humano, orc ou meio-orc como pré-requisitos. Você ainda tem que cumprir qualquer outro pré-requisito adicional.
Insightful Strike: Você pode somar seu modificador de Wisdom em seu ataque uma vez por encontro.
Com o legado de ser a mistura de orcs e humanos, meio-orcs são uma raça mal entendida, muitas vezes desprezados socialmente, ainda que valorizados em combate.
Jogue com um meio-orc se você quiser…
ser um guerreiro solitário, ainda que sábio
ser um pária entre duas culturas distintas
ser o membro de uma raça que favorece as classes fighter, paladino, ou range
Qualidades Físicas
Meio-orcs tendem a ser maiores e mais fortes que humanos, mas ainda menos musculosos que os orcs. O rosto dos meio-orc são similares aos dos humanos, mas sua pele sempre tem um tom de cinza ou verde, e os narizes mais achatados. A mandíbula de um meio-orc quase sempre tem duas presas enormes, ainda que menores que as dos orcs. Meio-orcs masculinos podem ter barbas, e freqüentemente a deixam crescer, enquanto as mulheres meio-orc, sem barba, às vezes tem costeletas. Os cabelos são tipicamente escuros.
Meio-orcs quase sempre adotam o estilo da cultura que estavam inseridos em seu crescimento, seja vestindo peles e couros como um orc, ou as vestimentas diversas da humanidade. Por exemplo, um meio-orc criado numa rica cidade comerciante pode se vestir com roupas chiques, mesmo com sua ascendência selvagem. No entanto, é mais comum encontrar meio-orcs com roupagens mais rústicas, dada sua típica origem nas regiões fronteiriças. Alguns meio-orcs criados entre humanos usam roupas ou acessórios orcs para se aproximar um pouco de sua herança cultural.
O tempo de vida médio de um meio-orcs é um pouco menor que a de um humano, e assim como seus dois ancestrais possuem velhices duras, ficando mais fraco a cada ano depois da meia-idade.
Jogando de Meio-Orc
Meio-orcs são mais do que apenas uma combinação de orcs e humanos. Eles são poderosos em batalha, com a perícia atlética de um orc puro-sangue, e também com a versatilidade mental que os humanos têm (e os orcs não). Meio-orcs também tem uma intuição excepcional, e um forte senso de respeito pelo mundo e seus habitantes.
Meio-orcs sabem bem como sobreviver sozinho, e freqüentemente já são guerreiros experientes bem novos. Mesmo aqueles que não tomam a bandeira da guerra ainda tem um talento inato para entender que o mundo naturalmente o coloca separado das outras raças. Meio-orcs, independente da motivação, dá valor àqueles que vivem mais que eles, e tentam aprender dos companheiros com mais experiência e sabedoria.
Assim como os anões, os meio-orcs são tipicamente uma raça naturalmente introvertida. Isso se deve grande parte ao seu status como forasteiros tanto quanto entre humanos quanto orcs. No entanto, a maioria dos meio-orcs não têm aquele sendo de dever que um anão ou um dragonborn tem, sendo nesse aspecto um pouco parecido com os elfos, vivendo mais o momento que pensando nas honras do passado (ou futuro).
De todas as raças, os meio-orcs provavelmente se identificam melhor com os tieflings. As duas raças são rejeitadas pela sociedade e têm que aprender a se virar sozinhos. Por outro lado, tendo a devida chance, muitos meio-orcs criam laços com dragonborns e mesmo elfos, apesar do ódio furioso entre as divindades Gruumsh e Corellon. De qualquer maneira, ainda é raro ver um meio-orc achar um terreno comum com um anão, mesmo com todas as similaridades das raças.
Meio-orcs costumam procurar aventuras por que é uma das poucas maneiras de achar aceitação pela sociedade. Outros são mais oportunistas e não ligam para o que as outras raças pensam deles, procurando fazer fortuna com suas habilidades consideráveis. De qualquer maneira, meio-orcs são poderosos aliados… e inimigos perigosos.
Nomes Masculinos: Dench, Feng, Gell, Henk, Holg, Imsh, Keth, Ront, Shump, and Thokk
Nomes Femininos: Baggi, Emen, Engong, Myev, Neega, Ovak, Ownka, Shautha, Vola, and Volen
Alguns meio-orcs que vivem entr humanos preferem nomes de origem humana ou foram nomeados assim por seus pais. Para esses nomes, consulte a página 47 do Player’s Handbook.
Aventureiros Meio-Orc
Três aventureiros meio-orc são descritos abaixo.
Henk é um meio-orc fighter especializado em great weapons. Ele vaga pelos reinos, procurando batalhas que o desafie. Ele nasceu entre os orcs, mas foi expulso ainda pequeno por ser “muito fraco”. Desde então tem se provado todos os dias, treinando para ser o melhor fighter de todos. Ele não liga muito para recompensas monetárias, buscando na verdade lutas que o force a superar seus limites, e crescer como um verdadeiro lutador.
Ovak é uma meio-orc paladina que jurou servir Pelor. Abandonada ainda criança, Ovak foi recolhida por uma ordem de paladinos à serviço de Pelor. A ordem tomou conta e ensinou Ovak. Com seu forte senso de dever e honra, a meio-orc é um marco de luz e esperança na batalha, viajando de lugar ao outro levando esperança para os infortunados. Em suas viagens, ela busca pistas de quem eram seus pais, e por que eles a abandonaram.
Thokk é um meio-orc ranger. Thokk foi criado por seus pais nas fronteiras da civilização humana, com sua terra natal constantemente sob a ameaça das invasões orcs e outros monstros. Para ajudar e proteger sua família, Thokk se alistou como scout na milícia local, procurando e destruindo ameaças antes que elas tivessem alguma chance contra a cidade. Através de sua coragem e sabedoria, Thokk, apesar de seu legado sombrio, foi aceito e celebrado como um membro de sua comunidade.
Feats Raciais de Meio-Orcs
Feats Heróicos
Resilient Nature Pré-requisito: Half-orc Benefício: Você pode usar o poder de encontro warrior’s surge (MM 278) como um poder diário.
Orc Weapon Training Pré-requisito: Orc Benefício: Você ganha proficiência com axes e spears, e um feat bonus de +2 nas roladas de dano com todos axes e spears.
Reckless Charge Pré-requisito: Orc, Str 13 Benefício: +1 para acertar quando estiver dando charge. Soma com o +1 do charge, totalizando +2. Reduza seu AC em 1 até o final do seu próximo turno.
No Surrender Pré-requisito: Orc Benefit: Quando bloodied, você ganha +1 em todas as defesas.
Feats Paragon
Blood for Blood Pré-requisito: Orc, Blood Thirst Benefício: Uma vez por encontro, quando você acertar um oponente bloodied em melee, você pode gastar um healing surge.
Imagem do Orc paladino por Mark Zug
É isso aí, comentem o que acham dessa raça e feats! Rolem 20!