Olá Galera! No feriado de Tiradentes e no último Domingo, jogamos mais aventuras no território perdido de Xen’drik, numa campanha que eu comecei a contar por aqui. Por conta dos diversos personagens primais, o jogo tem uma cara bem bárbara, nas fronteiras da civilização com o primitivo. Nosso cenário é Eberron, no continente redescoberto de Xen’drik.
A missão
O grupo está seguindo as pistas dos espíritos para descobrirem mais sobre A Profecia, que parece ser meio apocalíptica. Para isso, os espíritos avisaram que será necessário reunir as treze tribos de Xen’drik. A profecia completa está escrita de maneira crítica no interior de dragonshards, atunadas com cada um dos espíritos guias das tribos. Na primeira missão, o grupo foi atrás da primeira dragonshard, que fora capturada por kobolds, e usada para criar um dragão branco destinado a ser um arauto da destruição. Agora, eles precisam salvar os ratos de um wererat que começou a causar problemas.
O grupo
- Russ, Drow Sorcerer, mateiro de Xen’drik;
- Kazzak, Goliath Warden, embaixador dos goliath;
- Bashir, Dragonborn Warlord, emissário dos profetas;
- Ianis, Dwarven Shaman, aprendiz da tribo;
- Karrack, Meio-Orc Barbarian, último dos Tigres Brancos;
Encontros
- De volta a vila, depois de vencer o dragão branco filhote, o grupo recebe um chamado do espírito do rato, dizendo que um homem-rato está usando seus filhos, próximos dali, e que ele pode entregar uma das dragonshards se o grupo acabar com esse oponente.
- O grupo vai até o local, uma antiga moradia de culturas pequenas, já extintas. Primeiro, o grupo tem que atravessar o mar de cipós, uma selva mega densa de vinhas. Primeito o grupo vai usando de suas espadas, machados e magias de fogo (num desafio de perícias), mas acabam encontrando dríades. Não as monstruosidades do MM 4e, as clássicas. Usando o carisma, o grupo convence que estão lá para eliminar o homem-rato, e elas os deixa passar pelo mar de cipós.
- Depois da selva, o grupo tem que atravessar o lago de sangue, um lago ferruginoso com águas vermelhas. Vários membros do grupo já começam a nadar, com o sol se pondo. O shaman e o sorcerer, sem grande habilidade na natação, improvisam um tronco como bóia e são auxiliados por um espírito tartaruga conjurado pelo shaman. O dragonborn warlord bebe um tanto dágua, provavelmente por culpa de sua chainmail. Quando o grupo está em dois terços do caminho, o sol se põe e uma criatura sinistra cheia de tentáculos avança na direção do grupo! Eles conseguem chegar do outro lado antes da criatura os alcançar. Ufa!
- Dentro do complexo, muitos e muitos ratos! O grupo luta contra centenas de ratos, inclusives alguns gigantes e outros atrozes!
- Subindo ao segundo nível, encontram tumbas das criaturas que deveriam habitar aquelas ruínas milênios atras. Armadilhas diversas e ratos zumbis animaram essa luta, que foi a mais difícil até então. Swarm + Soldier = oponente difícil!
- Por fim, o causador dos problemas: Mallik, o homem-rato. Junto com seus ratos atrozes e esqueletos recém erguidos, ele avança pra cima dos PCs, que conseguem vencê-lo. Mas, no final do combate, todo o grupo com exceção do shaman está com a febra da imundície [Filth Fever].
- O grupo retorna até as dríades e pede ajuda para se curar das doenças. Elas negociam a cura: elas querem acabar com um crocodilo gigante, que habita um pântano adjacente ao mar de cipós. O grupo aceita, e são curados das doenças.
- Entrando no pântano, o grupo encontra o crocodilo gigante num pequeno lago. Levam várias mordidas, mas vencem o crocodilo (e sua fêmea), e o Bárbaro faz uma veste com seu couro. Apanham um homem-lagarto fugindo do local.
- O grupo captura e convesa com o homem-lagarto, que explica que agora que eles mataram o grande crocodilo, deverão lutar com o chefe da vila para decidir quem será o novo chefe da vila. E aí tivemos o encontro do círculo, que postei na terça-feira.
Minhas observações
- A galera está se familiarizando com seus personagens, e ficando mais à vontade com as mecânicas, especialmente o Warden e o Shaman. Vimos o Warden virar bicho (uma pantera) com seu poder diário, foi massa.
- Na sessão três, pra animar mais a mesa, decidi que o uso de Action Points deveriam sempre ser no estilo do Rey Ooze: AAAAActionpointeeeeeeee! Animados! 🙂
- A galera mal sofreu os efeitos da doença, se recuperando logo depois. Da próxima vez, preciso fazer eles sofrerem mais com suas baixas Tolerâncias…
- Gostei muito da idéia do lago de sangue, mas achei o encontro com o monstro do lago cliché demais. Devia ter bolado algo mais surpreendente. Por outro lado, achei que o encontro do círculo ia ser só mais um, e foi memorável.
E aí? Estão curtindo os relatos? Querem que eu entre em algum detalhe? Rolem 20!
26 respostas em “Reporte de Campanha: As Treze Tribos de Xen’drik Sessões 2 e 3”
Os relatos estão ótimos, mas queria um pouco mais de narrativa da interação dos personagens, gosto de ver as peculiaridades dos personagens. E se der, coloque uma sessão de Lendas Lendárias, com as coisas engraçadas que aconteceram na sessão!
Mas está legal demais, e muito usável e inspirador para os mestres!
Tipo um texto narrativo, parecido com contos? Porque se for, só se algum jogador se prontificar a fazer, toma bastante tempo e eu não tenho aquela veia literária, né! 🙂
Além disso, prefiro os reportes bem ao estilo "bullet points", senão fica muito maçante.
Bem, eu gosto dos relatos estilos narrativos adoro historinha haha, mas os bullet points estão ótimos. Se desse para colocar nos bullet points algum tipo de interação entre os personagens que fosse interessante tipo.
Momentos Interessantes:
1. O Drow deu um sermão na galera porque eles queriam matar e comer os ratos mais gortos.
2. A Bárbara se embedou na taverna e deu uma porrada no gnomo, deixando-o inconsciente por 3 dias!
E uma de Lendas Lendárias, toda sessão tem uma coisa engraçada que acontece! 🙂
Mas são só sugestões, continue do jeito que está que está ótimo!
Bem, eu gosto dos relatos estilos narrativos adoro historinha haha, mas os bullet points estão ótimos. Se desse para colocar nos bullet points algum tipo de interação entre os personagens que fosse interessante tipo.
Momentos Interessantes:
1. O Drow deu um sermão na galera porque eles queriam matar e comer os ratos mais gordos.
2. A Bárbara se embedou na taverna e deu uma porrada no gnomo, deixando-o inconsciente por 3 dias!
E uma de Lendas Lendárias, toda sessão tem uma coisa engraçada que acontece! 🙂
Mas são só sugestões, continue do jeito que está que está ótimo!
Êba, apesar da campanha Escamas Púrpuras ser bem interessante, essa das Treze Tribos tem os atrativos de ser em Eberron e de ser numa região muito legal do cenário, além disso, achei muito legal a formação do grupo.
Tah bastante interessante o relato dessa campanha… bem menos massante que os outros…
O fato de ser em Eberron e da própria variação do grupo primal deixa bastante interessante…
Se os jogadores estiverem realmente se doando, deve estar bastante interessante…
E dríades clássicas *_*
HAHAAHA Rolei quando vi a citação! Aqui os caras fazem assim mesmo, batendo na mesa, levantando e tal.
Os monstros andam tão surpreendentes que qualquer minion deixam os jogadores jurando ódio eterno. Ae eles se empolgam com frases como : E VINTE E CINCO??? ACERTA A C.A. DESSE MISERAAAAAAAVEL???
Outra que sempre me pega desprevenido e quase me derruba da cadeira é quando o Monstro ataca um personagem ou toma outra "triggering action". Os caras nem esperam eu terminar de falar e já berram no meu ouvido: IIIIIIIIIIIIMEEEEEEDIATERREAAAAAAAAAAAAAAAAQUECHOOOOOOOOON!!!!!!!
Eu to gostando bastante do estilo "Direto ao ponto" mas a sugestão dada pelo tio Litro é valida!
😉
bote fé, grupo BEM interessante esse. E, como tu já disse no começo desse reporte, a conversa com os jogadores para definir a campanha está se mostrando bem valiosa hein? Acho quase imprescindível esse tipo de conversa, mesmo quando se usa aventuras prontas. Pequenas coisas fazem com que a aventura tenha mais "a cara do grupo", e todos ganham com isso.
Parabéns pelo jogo, continuo acompanhando.
Bastante legal seu reporte!!!! eu tenho no orkut tudo que aconteceu no meu jogo, talvez eu coloque no blog ^_^
E ae qual o nível do grupo? e Daniel nos seus jogos os personagens demoram quantos jogos em média para subir de nível?
Estou adorando os reports!
Adorei principalmente o encontro com as dríades clássicas, as gostosas que todo jogador queria encontrar em um cantinho escuro da floresta (será que isso soou por demais pervertido?). Bom, eram elas ou as ninfas! Mas vale ressaltar que a aparência de um monstro fica a critério do narrador moldar, mais uma vez fazendo valer a idéia de que se ele não gostar de algo no jogo, ele é livre para fazer as alterações que achar melhor!
Apesar da imagem da dríade do livro dos monstros parecer mais com a esposa do Monstro do Pântano do que qualquer outra coisa, vale lembrar que elas podem assumir a vontade a aparência de qualquer humanoide, em especial elfas ou eladrins gostosonas.
Mas como é apenas um disfarce, a existência de raminhos ou florzinhas brotando no corpo poderia revelar a real natureza das belas elfas. Mas ainda assim, é BEM melhor do que a Sra Monstro do Pântano…
Uma duvida, aonde voce pega essas imagens ???
Cheguei a pensar que essa imagem em particular tenha tenha sido tirada do famigerado "Book of Erotic Fantasy". Terei acertado?
Cheguei a pensar que essa imagem em particular (a da dríade) tenha tenha sido tirada do famigerado "Book of Erotic Fantasy". Terei acertado?
Alguns comentários aleatórios sobre a campanha ((jogo com o Bashir, o Bravelord).
i) Fundamental: ela está muito divertida. 'Tà bem interessante jogar neste clima hostil-selvagem-animalesco. Enquanto Bravelord, o Bashir caiu bem com a composição geral do grupo. O Daniel está de parabéns com a preparação das aventuras. Aliás, o ponto forte é que, ainda que se utilize material pronto em determinadas situações, a roupagem que o mestre desenha dele, isto é, o desenvolvimento próprio dos significados desse material perante o grupo, a história e campanha tem sido fantásticos.
ii) Velho, swarm em grupo majoritariamente melee causa um estrago. Nem o Dragonbreath adiantou muito. E puta, estes swarm de ratos que dão ataques quando se inicia o turno adjacentes a eles são chatos bagarai! Na hora que percebi que o grupo tava indo pro saco, tive que usar o daily (no caso Bastion of Defense). Nem por causa do dano (3[W]), e sim pelo efeito que garante 9 HP's temporários.
Continuando
iii) Aliás, a zica pairou sobre mim nesta primeira parte. Tava foda entrar algum ataque. E perdi duas HS naquele lago maldito! (Não foi nem por causa da chainmail). Mas na sessão seguinte, a coisa equilibrou. Quem não está muito contente é o Karrack (Barbarian Half-Orc): o cara tá precisando de um banho de sal grosso. 😛
iv) A luta com o Mallik foi razoável. Foi engraçado ver o Karrack usando o daily logo no início (tá certo que é Rage), mas a explicação dele foi mais ou menos assim: "calma galera, o daily não é meu golpe que causa mais dano". Então tá, né?
Ainda não acabou! 😛
v) Aliás, este bárbaro tá uma comédia. Virou um penduricalho de inimigos. Sério. Ele tá colecionando parte dos oponentes derrotados. É um colar com cabeça de dragão, uma capa de crocodilo, dente de rato atroz… Meio Belkar o negócio. O engraçado foi ao encontrarmos com as dríades. Ao perguntarem se o crocodilo gigante fora derrotado, só mencionei que meu personagem dava um passo para o lado, deixando uma visão clara do bárbaro e sua nova capa de couro à lá Seu Creysson (thumbs up).
Preciso de um fórum…
vi) Falando mais sobre a "Arena da Morte". TENSA! E o medo do sorcerer caótico explodir todo mundo para fora d´'O Círculo? (Pior que aconteceu isso mesmo, rs). O posicionamento tático ali foi fundamental para a vitória. Nunca agradeci tanto por ter Wolf Pack Tactics como at-will. Mas a cena memorável foi: ao encurralar-mos ( warden e bravelord) o blackscale num "canto" do círculo, ver o anão do outro lado da arena correndo desesperadamente com seus +3 de bônus para realizar um Bull's Rush. E não é que ele acertou! Depois fizemos um " montinho" no chefão, equanto o sorcerer ia fulminando os inimigos que ainda restavam. Novamente, Bastion of Defense salvou a pele.
Ùltimo, eu prometo.
vii) Na tribo, fui o porta-voz do grupo, já que sou o único que fala dracônico. Foi engraçado "contracenar" com os lizardfolk. Depois da vitória, fui aclamado chefe da tribo. Putz, coisa mais inusitada. "O quê que eu vou fazer com o comando de uma tribo de lizardfolks?" Só sei que vasculhei o tesouro, peguei um totem mágico para o xamã, inventando uma desculpa de que iria partir numa grande caçada em busca de muita comida e aquele ítem místico traria auxílio para mim. Sério, foi bem promessa de político mesmo (evidentemente viável pelo +5 em Bluff e +10 em Diplomacy).
Acho que é só (SIC) Continuem postando, pois também estou curioso para ver o que vocês acham da campanha.
O bicho swarm ENTRA no seu quadrado, e ainda dá dano continuo..
eu dei tpk com eles… o.o…
Como sou bonzim, evitei a tpk acontecer de fato…
Estou adorando os reportes, pricipalmente da campanha em Eberron já que pretendo mestrar nesse cenário em breve. O encontro com as driades deve ter sido bem legal! Aproveito aqui para comentar sobre o encontro que rolou no "círculo" deve ter sido muito emociante lutar sabendo que a morte pode vir de um simples push ou slide.
Pra mim todo bom blog de RPG deveria ter reportes das sessões, isso sim é uma boa forma de ajudar os mestres. Parabens, continuem assim.
Sem querer ser queixão, mas tem como disponibilizar os mapas dos encontros que vcs usam?
Não sou um otimo desenhista e sempre acho dificil criar um mapa de encontro decente. Podia ate ser tema de um podcast ou quem sabe do primeiro videocast de vcs?
Abraço.
[…] Reporte de Campanha: As Treze Tribos de Xen’drik Sessões 2 e 3 […]
Um outro detalhes, é que apesar da ilustração da dríade ser a versão feminina do Monstro do Pântano, elas podem assumir a aparência de uma mulher gostosona na hora que desejarem. Geralmente uma elfa ou eladrin.
Opa! Agora que eu vi: tem mais 5 "comentários aleatórios", que constam nas respostas ao meu primeiro post, só que elas não apareceram. Devo postar de novo, Daniel?