Olá Jogadores e DMs! Terminada as aventuras na Thunderspire Montains, os membros do esquadrão de elite de Cormyr, os Escamas Púrpuras, agora se meteram com forças poderoríssimas dos reinos, e uma guerra de proporções continentais agora estão nas mãos do grupo.
O que é um reporte de campanha? É um post onde descrevo sucintamente os acontecimentos da última sessão, comentando os encontros e desencontros do grupo. Nossa aventura é em Forgotten Realms, usando o sistema do D&D 4ª edição. O nosso grupo está mais ou menos no nível 7. Estamos na região oeste de Cormyr, mas passeando atualmente pelo império de Netheril.
A missão
Erzoured Obaskyr, o sobrinho do rei Foril de Cormyr, conseguiu aliados entre os shadovars do império de Netheril, e conseguiu manipular os Dragões Púrpura (o exército do reino) a marchar contra Thay, o império necromante. Com isso, espera deixar aberta as defesas contra Netheril, que invadiria o reino e o deixaria nas mãos de Erzoured.
O líder exilado do esquadrão de elite de Cormyr, Coronel Edward Jacobs, e seus operativos, tentam evitar isso com uma manobra arriscada. O Lich Ter’zhul, que fora um antigo mago de Netheril, não foi incluído nas discussões com Cormyr, mas detém bastante controle sobre tropas de Netheril. Os Escamas Púrpura devem invadir sua torre e destruí-lo, deixando evidências de Cormyr. Quando ele voltar para sua filateria com sede de vingança, atacará Cormyr, que não poderá desviar tropas para Thay, deixando as defesas fortificadas.
O grupo
Na sessão nove tivemos o grupo completo:
- Amos, anão fighter (Battlerage Vigor);
- Calixto, eladrin warlord (Tactical Presence);
- Calima, eladrin barda (Virtue of Cunning);
- Dave, golias bárbaro (Rageblood Vigor);
- Gwynd, genasi (água) swordmage (Aegis of Assault);
- Laradorien, elfa druida (Primal Predator);
- Wren, bugbear rogue (Brutal Scoundrel);
Encontros
- O grupo retorna ao Seven-Pillared Hall, depois de vencerem Paldemar, o mago que traiu os Magos de Sarum, os líderes do local. Como recompensa, recebem um item mágico (uma adaga nova para Wren) e a execução de alguns rituais. Charrak, o kobold, leva Wren a um encontro com os Drows, que entregam ao Bugbear um menino drow, filho da matrona, aos drows que vivem sob o império de Netheril. Amos, o anão, sonha que Moradin o irá perdoar, mas que ele precisará aceitar seu destino com campeão dos anões. Acorda com um cinturão com o símbolo do deus dos anões. Coronel Edward Jacobs retorna de Myth Draenor com as eladrins e dois membros novos (NPCs): Keira, a arqueira, e Lothar, o guerreiro red-shirt sem camisa.
- Recebida a missão, o grupo viaja até Netheril. Para acessar a torre do Lich, precisam atravessar uma ponte, defendida por um Ettin (um gigante de duas cabeças) e um Wyvern. Quando a diplomacia falha, dois basiliscos se juntam a luta. Lara é petrificada, e Keira usa um ritual para ajudá-la, mas fica por aqui cuidando do menino-drow. Lothar morre.
- A torre é defendida por Wights de armadura, mas existe um caminho alternativo por baixo, entrando pelo poço. O grupo tenta usar sua furtividade e são bem sucedidos, embora Amos precise de uma distração criada por Gwynd.
- Lá embaixo, depois de atravessar um rio subterrâneo, são emboscados por drows que estão atrás do menino. Eles tem um Umber Hulk com eles, e a luta é ferrenha. Calima cai com o veneno drow, mas se recupera.
- No topo da torre, encontram Ter’zhul. Ele possui dois guardiões: um gigante das colinas, e um Beholder! O grupo não se intimida (bem, não muito) e dão carga. Dão conta do beholder e o gigante, mas não são páreos para o Lich. Com metade do grupo desacordado e com o Lich sangrando, eles convencem o morto-vivo a deixá-los partir. A missão falhou, o que acontecerá agora?
Minhas observações
- Ah, nada como preparar aventuras de novo! Apesar do trabalho, é muito mais legal não ficar preso ao livro de aventuras! Aproveitei para colocar alguns ganchos novos, como o lance dos drows, de Moradin, e mesmo um sub-plot que a jogadora da Calima deixou. Na sessão que vem, espero poder explorar os outros personagens.
- Eu me empolguei com o fato dos jogadores terem sentado a mão facilmente em Paldemar (um elite de nível 11), e como estavam em sete, dei relaxo: os monstros eram todos de nível 11+. O AC 30 do Umber Hulk foi um problema sério, e eu praticamente não errava, e a coisa degringolou no encontro contra o Lich.
- Apesar dos encontros 2 e 4 terem sido difíceis, foram divertidos. O encontro 5 foi difícil demais, mesmo com o budget de XP sendo razoável comparado a encontros anteriores. Tenho que vencer a preguiça e colocar encontros combativos com mais criaturas de níveis mais baixos, que já comentei ser mais divertido antes. Além disso, os próximos jogos tem que terminar até as dez da noite. Mestre com sono + prospecto de TPK = mau humor rolando solto!
- Fiquei numa sinuca de bico com a história: vou precisar bolar alguma coisa para continuar a aventura com o fracasso da missão dos PCs.
- Ah, mas adorei usar o Beholder! Apesar de não ter sido o real Beholder de nível 19, e sim o de fogo de nível 13, foi muito legal. Os basiliscos também foram um show a parte: tivemos só uma petrificação, mas foram quase três!
E é isso. Nossa próxima sessão deve ser depois do feriado! Final de semana que vem, As 13 Tribos de Xen’drik! E Rolem 20!
18 respostas em “Reporte de sessão: Escamas Púrpuras Sessão 9”
Ótimo reporte! E que tremenda cilada você armou para os jogadores, hein Daniel? Pô, um Gigante das Colinas, um Beholder e um Lich juntos? Assim é pedir para o povo cair geral! Mas pelo menos o pessoal conseguiu escapar com vida, então dá para se pensar no que fazer depois de eles terem falhado na missão. O pior seria se tivesse rolado um TPK!
A aventura foi muito boa no geral. Chegamos e logo já fomos surpreendidos pelo número de sub-plots dos personagend que foi usado. Eu adorei principalmente o quest do moleque Drow. Agora o Wren tem que proteger um não-combatente e de cara tem/terá decisões morais que podem afetar não só o moleque quanto talvez o grupo.
O encontro contra o Ettin e os Basiliscos foi uito bom. Na medida do difícil. Se a Druida não tivesse salvado o grupo com o seu daily Wall opf Thorns (ou sei lá como chama) MAIS BEM USADO EVER. Muita gente teria caído/sido petrificada.
Depois, decidimos ignorar os Wights e entrar pelo poço, e apesar do skill challenge ter sido legal até, não deveríamos ter deixado os guardas pra trás. Assim depois da luta contra os Drow seria tarde e não teríamos que fazer a luta do Lich com pressa, sono e mau humor. E talvez até poderíamos fazer uma extended rest já que todos os guardas do lado defora teriam sido derrotados.
A luta con os Drow foi difícilm, mas ao mesmo tempo bem legal. Já que apenas UM inimigo, o Umber Hulk estava forte demais para o grupo. Os Drow usaram estratégias que o Wren estava acostumado a usar. E no final, aprendemos a utilidade do ataque aid-another, e com a ajuda do grupo, o Wren ocnseguiu matar o Umber Hulk na base dos sneak attacks, enquanto se escondia no fungo, que apesar de ser terreno difícil não era páreo para a sua acrobacia.
Mais um encontro pulado depois (O dos Rust Monsters) e chegamos no Lich. Anand, pelo amor dedeus nunca mais deixe a gente pular encontros ou tire eles do caminho!!! 😀
O Lich começou tirando mais ou menos 25% de toda a vida do grupo inteiro logo no primeiro Round. Como se iso não fosse sinal o suficiente que a luta estava um pouco além do alcance, tanto ele quanto o Beholder possuíam auras que aos poucos tiraram todo o HP do grupo, sem que a gente pudesse escapar (a sala era bme pequena, quase não tinhamos espaço para estar fora das duas auras). O Gigante conseguiu escapar do Pinning Smash do anão, e aí fio tudo morro abaixo…
O Beholder explodiu e deu dano no grupo duas vezes, o Lich recuperou o ataque mega-ultra destruidor de grupo nível 14 dele (que um gurpo nível 7 só aguentou duas vezes). E mesmo consegguindo matar o Beholder e o Gigante, não sobrou muito pique do grupo para terminar o Lich. Provavelmente até conseguiríamos matá-lo, mas uns 3 ou mais integrantes do grupo morreríam COM CERTEZA.
O cansaço venceu e escolhemos fugir com todo mundo vivo. Agora estamos indo entregar o moleque Drow para a nova mãe dele.
Moral da história:
Grupos de inimigos de 2x o nível do grupo com auras passivas de dano, ataques automáticos quando ficam bloodied e quando morrem, ataques de área num espaço fechado, e defesas inatingíveis por todos além dos strikers do grupo = má idéia! 😀
A aventura foi muito boa no geral. Chegamos e logo já fomos surpreendidos pelo número de sub-plots dos personagens que foi usado. Eu adorei principalmente o quest do moleque Drow. Agora o Wren tem que proteger um não-combatente e de cara tem/terá decisões morais que podem afetar não só o moleque quanto talvez o grupo.
O encontro contra o Ettin e os Basiliscos foi muito bom. Na medida do difícil. Se a Druida não tivesse salvado o grupo com o seu daily Wall of Thorns (ou sei lá como chama) MAIS BEM USADO EVER. Muita gente teria caído/sido petrificada.
Depois, decidimos ignorar os Wights e entrar pelo poço, e apesar do skill challenge ter sido legal até, não deveríamos ter deixado os guardas pra trás. Assim depois da luta contra os Drow seria tarde e não teríamos que fazer a luta do Lich com pressa, sono e mau humor. E talvez até poderíamos fazer uma extended rest já que todos os guardas do lado defora teriam sido derrotados.
A luta com os Drow foi difícil, mas ao mesmo tempo bem legal. Já que apenas UM inimigo, o Umber Hulk estava forte demais para o grupo. Os Drow usaram estratégias que o Wren estava acostumado a usar. E no final, aprendemos a utilidade do ataque aid-another, e com a ajuda do grupo, o Wren conseguiu matar o Umber Hulk na base dos sneak attacks, enquanto se escondia nos fungos, que apesar de serem terreno difícil não eram páreo para a sua acrobacia.
Mais um encontro pulado depois (O dos Rust Monsters) e chegamos no Lich. Anand, pelo amor de deus nunca mais deixe a gente pular encontros ou tire eles do caminho!!! 😀
O Lich começou tirando mais ou menos 25% de toda a vida do grupo inteiro logo no primeiro round. Como se iso não fosse sinal o suficiente que a luta estava um pouco além do alcance, tanto ele quanto o Beholder possuíam auras que aos poucos tiraram todo o HP do grupo, sem que a gente pudesse escapar (a sala era bem pequena, quase não tinhamos espaço para estar fora das duas auras). O Gigante conseguiu escapar do Pinning Smash do anão, e aí foi tudo morro abaixo…
O Beholder explodiu e deu dano no grupo duas vezes, o Lich recuperou o ataque mega-ultra destruidor de grupo nível 14 dele (que um grupo nível 7 só aguentou duas vezes). E mesmo conseguindo matar o Beholder e o Gigante, não sobrou muito pique do grupo para terminar o Lich. Provavelmente até conseguiríamos matá-lo, mas uns 3 ou mais integrantes do grupo morreríam COM CERTEZA.
O cansaço venceu e escolhemos fugir com todo mundo vivo. Agora estamos indo entregar o moleque Drow para a nova mãe dele.
Moral da história:
Grupos de inimigos de 2x o nível do grupo com auras passivas de dano, ataques automáticos quando ficam bloodied e quando morrem, ataques de área num espaço fechado, e defesas inatingíveis por todos além dos strikers do grupo = má idéia! 😀
Wall of Thorns + esfrega-esfrega = death.
Amos, com seu Come and get it, deu uns quase 50 de dano no bicho só de fazer ele passar em cima dos squares da barreira. A gente nem tinha se dado conta do quão ofensiva ela poderia ser se misturada com poderes de movimento forçado. Ainda mais em um bicho Large que, quando entra em um square, na verdade entra em dois…
Não importa se o monstro entra em dois ou em um quadrado, o dano deve ser considerado como se ele tivesse entrado na área, no caso como um criatura médiua entrando em um quadrado. Se vocês fizeram x2 porque era large, tava roubando.
É, o Anand deu uma olhada no livro agora e explicou as nuances da coisa por e-mail. Na hora, a gente não soube direito como usar, e considerou que cada square que o bicho entrava, ele tomava dano uma vez (e não é bem assim, mesmo para um bicho médio).
Ou seja, a gente roubou.
Tem a questão tb de que o grupo é grande, com sete jogadores todas as ações e combates ficam mais demoradas. Isso no nosso grupo fica mais nitido uma vez que as piadas e brincadeiras rolam soltas.
O que importa é a diversão, matar monstros é mero detalhe.
Concordo plenamente, mas num grupo grande o mestre deve levar em conta o tempo que levamos com a bagunça na hora de planejar a aventura.
Doidimais! Netheril bombando! 🙂 Excelente reporte de sessão!
Mera curiosidade: a ilustração daquela Drow deliciosa é oficial de algum suplemento de D&D 4e? Se for, qual o nome do mesmo?
Eu acho que é do Drows of the Underdark, suplemento para D&D 3.5e.
Minhas observações:
1) AEEE ANAND! To gostando de ver os subplots se desenrolando! Quase que houve conflito entre as gêmeas e o plot principal, já que atacar Thay com os exércitos, para Calima e Calixto, não soava tão má idéia assim (mesmo que Cormyr caísse para Netheril. Elas gostam de Cormyr, mas odeiam Thay mais, hehe). Mas, no fim das contas, melhor sempre pensar a longo prazo. Elas terão sua vingança cedo ou tarde, e provavelmente esse ataque dos Purple Dragons não seria o bastante. Um dia, com os Purple Scales em Cormyr novamente, Calixto talvez possa liderar a marcha contra Thay!
2) Realmente, o último encounter eu não gostei muito. O problema, além do nível dos monstros, era o local em si. Veja bem, a aura passiva de dano do Lich, somada com os ataques extras do beholder e o local pequeno faziam ser quase impossível qualquer estratégia que não fosse o simples rush para matar os dois o mais rápido possível. E como os dois eram elites de nível muito mais alto, era muito foda acertar e ridiculamente fácil ser acertado. Defesas altas ou baixas não faziam a menor diferença. E só quem tinha a ficha focada em atacar conseguia acertar com certa regularidade.
3) O nível 7 finalmente me deu um encounter attack power que vale mais a pena que simplemente usar o Commander strike! Afinal, até agora, sempre valia mais a pena usar o at-will de dar um ataque com mais dano para um aliado (para dar ao striker uma chance a mais de dar aquele sneak atack errado ou ao fighter um inimigo a mais para marcar). Mas o surprise attack é bem legal, vale a pena usar em certas situações (em outras, o commanter strike ainda é melhor. Esse at-will é muito roubado).
4) Agora o grupo começa a ficar cheio dos poderes, já que todo mundo tem pelo menos 2 at-wills, 2 utilities, 2 attack dailys e 3 atack encounters. Isso é bem legal, pq vira e mexe alguém tira algum coelho da cartola e fala "opa, olha só isso aqui!" e salva o dia! Eu, pessoalmente, to achando que o jogo começa a ficar cada vez menos previsível, o que é sempre bem legal. Quero só ver quando chegarem as Paragons!
Não se esqueça que no paragon o personagem já está 90% completo e não ganhará mais nada. Ele passa a TROCAR poderes, perdendo alguma coisa sempre que ganha, então a variedade vai continuar estável do nível 12 ao 30 (entre esses níveis vc só soma o que falta da sua paragon path e epic destiny, nada de classe básica).
A parte boa é que o mestre poderá desenvolver encontros melhores já que sabe que o número de truques que o grupo pode acessar não muda mais então o "staying power" do grupo fica mais fácil de medir.
Após o nível 11 o personagem ganha, sem trocar:
– os poderes de sua paragon class sem trocá-los por nada (isto é, 2 poderes lém do de nível 11). – utilities (mais 3 poderes, nos níveis 16, 20, 22)
– poderes de seu epic destiny (um power de nível 26 e mais 3-4 class features).
Um personagem de nível 11 definitivamente está longe de ser 90% completo. Eu concordo que nenhuma mudança será tão drástica quanto pegar um paragon path (nem mesmo os epic destinies trazem tanta mudança), mas ainda falta cerca de 40% dos poderes + class features totais que ele terá no nível 30. Isso sem contar os feats, atributos e itens…
Mas concordo que fique mais fácil medir os encounter, afinal, o mestre começa a ter uma noção mais redonda do que cada personagem é realmente capaz de fazer… Ainal, mesmo dois personagens da mesma classe podem ficar inteiramente diferentes.
Após o nível 11 o personagem ganha, sem trocar:
– os poderes de sua paragon class sem trocá-los por nada (isto é, 2 poderes lém do de nível 11).
– utilities (mais 3 poderes, nos níveis 16, 20, 22)
– poderes de seu epic destiny (um power de nível 26 e mais 3-4 class features).
Um personagem de nível 11 definitivamente está longe de ser 90% completo. Eu concordo que nenhuma mudança será tão drástica quanto pegar um paragon path (nem mesmo os epic destinies trazem tanta mudança), mas ainda falta cerca de 40% dos poderes e class features totais que ele terá no nível 30. Isso sem contar os feats, atributos e itens…
Mas concordo que fique mais fácil medir os encounter, afinal, o mestre começa a ter uma noção mais redonda do que cada personagem é realmente capaz de fazer… Ainal, mesmo dois personagens da mesma classe podem ficar inteiramente diferentes.
Essa sesao foi sinistra cara, adorei escamas purpuras,muito loco!
Apesar das minhas ressalvas com a 4e ( Anand sabe disso) to curtindo a personagem Calima (q foi feita a 6 mãos) e a história/aventura, pena que não poderei jogar as próximas sessões devido os compromissos com o mestrado, mas o paragon path já ta escohido, hehe. Vou ficar interada da aventura pelos reportes de sessão.