Olá Jogadores e DMs! A aventura AussirKothar foi muito bem quista entre os leitores, pessoal gostou da história, dos encontros e de seu final aberto. E para celebrar aquela aventura nada melhor que outra aventura! Também estarei mais comprometido em desenvolvê-la o mais rápido possível, tentarei postar pelo menos dois posts por semana sobre a aventura. Assim se possível terminá-la em um mês.
Quando criei a AussirKothar eu deixei claro que era uma aventura básica, ótima para começar uma campanha, ou simplesmente usar como um aventura introdutória ao D&D 4e. Agora nessa nova aventura tentarei inovar em todos os sentidos, nada mais será básico e irei fazer uma aventura para ser lembrada! Defendendo a Torre é um aventura de D&D 4ª Edição para personagens de 5º nível.
Mais um sábado de aventuras em Forgotten Realms. Eventos dramáticos acontecendo na cidade de Suzail, e nossos heróis agora estão exilados. Isso e muito mais no reporte da campanha Escamas Púrpuras!
O que é um reporte de campanha? É um post onde descrevo sucintamente os acontecimentos da última sessão, comentando os encontros e desencontros do grupo. Nossa aventura é em Forgotten Realms, usando o sistema do D&D 4ª edição. O grupo está de nível 4, em média, e estamos na região de Cormyr.
Esse sábado rolou mais uma sessão, que deve ser a última do mês. O grupo estava prestes a encontrar o necromante Tal Lorvas numa tumba próxima ao cemitério de goblins, na região de Arabel.
A missão
O grupo ainda tinha que obter o anel da princessa Neméia, mas isso era a missão da sessão passada. Como vocês verão à seguir, a missão dessa sessão foi acabar com um cultista Gnoll que atacou uma entrega dos Red Wizards para os War Wizards de Cormyr.
Jogamos nossa segunda sessão dessa campanha no último sábado. Como março vai ser um mês complicado, resolvi já adiantar a sessão. Além do mais, dia 21 vai ter o Dia de jogo Dungeons & Dragons, onde irei mestrar uma aventura com personagens saídos diretos do Player’s Handbook 2. Pra quem mora em Campinas e região, fale com o Sandro da Legends do Brasil e reserve seu lugar!
Mas voltando aos Escamas Púrpuras, o grupo voltou com sucesso ao HQ em Suzail, capital de Cormyr, depois de recuperarem a jóia que estava com os drows, na luta dentro da Abadia da Espada, nas Dalelands. Wren, o bugbear, é também um agente duplo dos elfos negros, e descobre que essa jóia pode ser usada na contrução de um Mythal. Depois de alguns dias gastando sua recompensa na cidade, o grupo recebe mais uma missão impossível.
A missão
Entrar na tumba da Imperatriz Neméia, antiga líder do conclave Tiefling que fugiu de Hellgate, à oeste do atual império de Netheril. Um necromante de Thay, chamado Tal Lorvas, está tentando achar um anel que pertencera a Imperatriz, é que é uma relíquia importante. O grupo deve trazer essa relíquia de volta.
O grupo
O grupo começou sem o seu comandante de campo, a eladrin senhora da guerra Calixto, que foi substituída por sua recém chegada irmã gêmea, Calima, uma barda. Apesar de inexperiente, ficou responsável pela liderança do time, composto também do anão fighter Amos, do bugbear rogue Wren, e da elfa druida Lara.
Os encontros
O primeiro e mais demorado encontro foi contra undeads na entrada da tumba. Foi um encontro de nível dos PJs + 3, e isso somado à inexperiência do líder do grupo quase levou o grupo à uma morte completa. Eles venceram, com muita dificuldade, mas Amos, o anão que parecia imortal, morreu após falhar no seu terceiro saving throw contra morte. Fugiram de volta à Suzail.
Tivemos em seguida um downtime, explicando as consequências da falha do grupo. A ressurreição de Amos, que custou ao grupo todas as economias, o encontro de Wren com os drows, o retorno de Calixto (o jogador chegou, afinal!), e a inteligência do reino descobrindo a nova localização de Tal Lorvas.
O grupo descobre que Tal Lorvas se aliou a uma Bruxa Shadar-kai, e estão num cemitério goblinóide ao norte. O segundo encontro foi contra Corruption Corpses, a Warlock Shadar-kai, death motes e crawling claws. Quase todos tirados do Open Grave.
O último encontro, muito bacana, foi dentro de uma cripta, contra Blazing Skeletons, Chillborn Zombies e uma Armadilha de Gelo. Os danos contínuos de fogo e gelo foram bem complicados, mas vencidos. Tal Lorvas ficou para a próxima sessão.
Minhas observações
Os encontros 1 e 4 da lista foram tirados diretamente do Dungeon Delve, um suplemento que achei simplesmente fantástico! Foi fazer a devida resenha aqui no Rolando 20, mas basicamente o livro são 90 encontros, sendo 3 para cada nível do 1 ao 30. A história de Tal Lorvas e a imperatriz foi adaptada do Encontro 5: Tumba da Imperatriz Tiefling. Os encontros são muito bons (e divertidos).
O prospecto de um Total Party Kill no primeiro encontro foi meio broxante, o encontro saiu muito mais difícil do que eu esperava. O principal culpado disso foi a habilidade especial dos esqueletos (que eram três):
Boneshard Burst (when first bloodied and again when the boneshard skeleton is reduced to 0 hit points) ✦ Necrotic
Close burst 3; +8 vs. Reflex; 2d6 + 3 necrotic damage.
Ou seja, 2d6+3 de dano em todo mundo, seis vezes durante o combate. Foi punk, todo mundo chegou a zero pontos de vida pelo menos uma vez, e o Rogue gastou seus seis pulsos de cura em um único encontro. Isso me deixou pensando em como minimizar essas situações no futuro.
O roleplay aprofundando o background dos personagens foi muito legal, mas preciso conseguir tirar mais dos meus jogadores que estão muito preguiçosos em relação à isso.
Por outro lado, o encontro contra a bruxa foi bem mais fácil (e o warlord estava de volta, turbinando os pontos de ação), com gostinho de vingança. Tinha um desses esqueletos explosivos, e foi legal ver os jogadores com medo dele, e se mantendo à distância.
O último encontro foi o mais tático até agora. Recomendo muito colocar armadilhas interessantes com o combate, dá todo um gostinho diferente. Tinha também um símbolo de Cyric que dava +3 de dano de poison se os oponentes pisassem lá, e ele podia ser destruído com três testes de Religião como ação menor, bem legal.
Jogar com as roladas todas abertas pode ser muito perigoso. Rolei uns três ou quatro críticos contra os jogadores! Em compensação, o rogue conseguiu fazer 74 de dano num crítico de um poder de encontro mais o uso de um ponto de ação, derrubando um brute de uma vez!
No geral, mais um sábado de muita risada, diversão e XP! Questão: vocês rolam aberto ou fechado? Preferem ter a opção de “roubar” uma rolada de vez em quando?
Quero começar uma nova série, comentando de maneira sucinta as sessões de jogo de 4ª edição que eu participar seja como DM, seja como jogador. Esse sábado comecei uma nova campanha de D&D, no cenário da 4ª edição de Forgotten Realms. A história é a seguinte:
Cormyr hoje é bem diferente de 100 anos atrás. Não só está envolvido num cessar fogo tenso com o império de Netheril (e a dominada Sembia), mas também se preocupa constantemente com drows, spellplague, piratas, e os próprios nobres querendo seu status quo de volta. Os ideais de justiça e honra pregados por Azoun IV funcionam no papel, mas o rei Foril Obaskayr precisava de uma solução para os casos onde seu governo não poderia atuar. Para isso, criou um grupo de especialistas, treinado e selecionados pelos melhores dentre os Dragões Púrpuras e War Wizards, um grupo secreto para missões impossíveis: os escama púrpuras.
O grupo começou de segundo nível, todos membros dessa organização. Tivemos quatro jogadores, com os seguintes personagens:
Amos, anão guerreiro do build Battlerager Vigor do Martial Power;
Calixto, eladrin warlord;
Laradorien, elfa druida de Silvanus;
Wren, bugbear rogue;
O Character Builder ajudou bastante na montagem dos personagem. Com um personagem de cada papel, o grupo estava excepcional nos combates, mas tiveram alguma dificuldade nos desafios de perícias, embora bem sucedidos.
A missão
A missão do grupo era, resumidamente, buscar uma relíquia de Tempus próximo à Tiverton Scar, que um necromante de Thay tinha colecionado, e usa-la para abrir uma passagem secreta na Abbey of Sword, um templo de Tempus abandonado nas Dalelands. Drows estavam usando esse templo como esconderijo, e um grupo dos elfos negros estava transportando uma jóia, objetivo dos PJs.
Os encontros
O primeiro encontro, combativo, fui uma matilha de cinco lobos famintos, mais para desenferrujarmos (ainda não tinha jogado 4e com esse grupo esse ano).
O segundo encontro, um desafio de perícias para atravessar o Gnoll Pass, enquanto Gigantes das Colinas arremessavam pedras contra o grupo.
O terceiro encontro, uma luta contra mortos-vivos em Tilverton Scar. Wights e Zumbis, com muitas minions. O rogue perdeu todos os healing surges, mas o grupo conseguiu vencer, grande parte por conta do druida.
O quarto encontro, outro desafio de perícias, para o grupo atravessar uma das florestas das Dalelands, evitando os trolls e dragões verdes que moram por lá. Quase falharam, ainda mais nos testes sociais contra o dragão verde, mas chegaram na abadia. Foi bem divertido.
O quinto e último encontro foi no interior do templo, contra vários drows e um surpreendente Dragão Negro. Seu poder de escuridão foi particularmente cruel, mas com paciência e tática, o grupo conseguiu vencer sem nenhuma baixa.
Minhas observações
O anão ficou muito munchkin! Basicamente, depois que o combate começou e alguém já o acertou, ele fica com uma buffer constante de 14 pontos de vida temporários. Se eu acertar por menos de 8 de dano, não acontece nada com ele. Isso o deixa imune a minions melee, por exemplo. No entanto, ele é bastante vulnerável à ataques de longo alcance, além de acertar pouco.
O druida é um excelente controller. Deixou bastante oponentes slowed, acabou com as minions, e seus poderes de slide foram fundamentais na luta contra o dragão, para o tirar da zona de escuridão.
O rogue conseguia, graças ao warlord principalmente, mas também ao druida, combat advantage praticamente em todos as rodadas. Isso o deixou com um dano muito alto e constante, tanto que ele fez cerca de 70% do dano no dragão, que tinha mais de 200 pontos de vida. Mas ele apanha fácil.
O grupo penou em situações sociais, embora os backgrounds de Forgotten Realms tenha os ajudado com algumas perícias. Vou explorar mais esse lado nas sessões futuras.
O que vocês fariam diferente se estivesse no meu lugar de DM? O que acharam dos personagens?
Comecei a preparar uma aventura para jogar com amigos aqui em São Carlos (se morar na região, está convidado). Como gostei muito do trabalho final da aventura vou dividir com vocês.
Para mim uma das vantagens de fazer sua própria aventura é poder escolher tudo que ficar melhor para você. Por exemplo, todos os monstros dessa aventura são monstros que eu tenho as miniaturas (e olha que eu tenho poucas).
Eu precisava de um gancho, algo que de preferência fosse forte o suficiente para juntar todos os personagens e também alguma coisa que fosse um objetivo claro, algo que eles pudessem ver onde terminava, assim nasceu Harkenwold, uma cidade que por cinquenta anos tem sido aterrorizada por AussirKothar, um jovem dragão branco.
Harkenwold era uma cidade próspera antes de AussirKothar chegar, suas terras próximas ao rio Branco eram férteis, sobrava comida para o comércio e ainda assim todos os anos a população crescia. Um grande clã de halflings até montaram sua aldeia não muito longe da cidade, próximo ao rio. Apesar da cidade ser constituída principalmente de humanos, existe um pouco de tudo nela, mesmo com seu tamanho diminuto.
Várias coisas mudaram com a chegada de AussirKothar: primeiramente o dragão destruiu o Templo de Bahamut que era o protetor da cidade. Agora existe um templo de Pelor, que mesmo assim não possui nenhum ornamento, para não atrair a fúria de AussirKothar. No centro da cidade foi construído um sino, para visar de perigos e principalmente avisar a chegada do dragão (AussirKothar nunca destruiu estes sino, ele adora receber as badaladas como pronunciamento que está aqui, seguido por gritos e choros de desespero). Apesar dessas mudanças físicas, o que mais mudou com a chegada de AussirKothar foi a vida e mentalidade dos habitantes da cidade.
No começo vários heróis saíram de Harkenwold com objetivo de destruir o dragão, para cada herói de Harkenwold que AussirKothar tinha que lidar, ele fazia um visita a cidade. Logo novos heróis eram desencorajados e até ameaçados e odiados. Assim a vontade de lutar e o desejo de liberdade morreu em todos, nada sobrou naquele povo que deveria fazer dele um povo livre.
Apesar disso AussirKothar não fazia muitos ataques a cidade, só quando estava entediado ou com fome (o que não acontecia muito, já que há comida nas proximidades de seu lar). A aventura, no entanto, começa logo depois de um dos ataques de AussirKothar, neste último ataque o dragão matou nove pessoas, destruiu cinco casas e (talvez o pior) derrubou a torre e os muros da região norte da cidade, deixando toda a cidade desprotegida dos ataques de outras criaturas.
Justamente por isso Barão Stockmer, líder da cidade, pediu um reunião no Templo de Pelor. Todos deveriam comparecer, era necessário fazer algo para consertar os muros e a torre o mais rápido possível. O Barão está a procura de pessoas que possam ajudar na construção, homens para fazer o trabalho, mulheres e crianças para cozinhar e ajudar esses homens e claro uma milícia para proteger a rachadura na defesa da cidade, enquanto os muros não estão prontos.
Os personagens provavelmente, com seus espíritos de herói, não querem consertar muros, querem derrotar AussirKothar. Caso isso seja levado para Barão Stockmer, ele conta dos fracassos de todos os “heróis” que tentaram derrotar a dragão e tenta desencorajar os personagens. Aqui talvez seja interessante observar a atitude dos personagens com o Barão e a população, pois isso implicará num bônus (ou penalidade) no desafio de perícias mais adiante.
Enquanto rola a reunião o mestre deve pedir um teste de história, ou simplesmente utilizar a história passiva dos personagens.
História CD 15: Você se lembra da lenda da prórpia fundação da cidade: dizem que Ludius Harkenwold libertou essa região de terríveis criaturas, meio humanas- meio bestas. Apesar da força de Ludius ser enorme e seu coração nobre, ele tinha consigo mais do que força. O Nobre Paladino também possuía Kietra, a defensora flamejante, uma poderosa espada mágica. Dizem que Kietra está guardada até hoje na cripta mal-assombrada que fica dentro de Harkenwold. A entrada da Cripta foi lacrada muitos anos atrás por decisão do Barão Stockmer, quando vários jovens em busca de Kietra nunca mais foram vistos depois de entrarem na cripta.
Caso os personagens tragam o assunto sobre a cripta para Stockmer ele dirá para falarem com ele no dia seguinte, agora era necessário tratar de assuntos mais urgentes como a defesa da cidade.
Desse ponto os personagens podem tomar duas atitudes, decidirem se juntar ao grupo que irá tentar proteger e consertar os muros do norte ou seguir em busca de Kietra, possívelmente uma arma que será de extrema importância no arsenal contra AussirKothar.
Esses pontos serão tratados nas próximas partes desse post.
E consegui comprar meu exemplar do primeiro lançamento de D&D 4a edição em Português no sábado, num quiosque da Terra Média, aqui em Campinas. Eu já fiz uma resenha da aventura em Inglês, então não vou comentar muito a respeito da aventura em si, vou focar nas mudanças, no formato e na tradução.
A primeira e grande diferença é a capa. A capa da versão brasileira é apenas uma capa e contra-capa de cartão, mas com efeito plastificado melhor que a versão americana, na minha opinião. Por outro lado, a versão americana é um envelope, e você pode guardar melhor os livretos e os pôsters. Na versão nacional, é melhor você arrumar alguma coisa pra guardar tudo, como uma pasta, caso não guarde ele entre os livros da estante.
Em termos de layout, diagramação, cores e fontes os livros estão idênticos. Excelente trabalho mesmo aqui. Em relação aos pôsters mapa, a gramatura do papel da versão nacional parece um pouco maior, o que deve dar mais durabilidade. Os livretos parecem ser iguais.
A tradução e conversão para o português ficou muito bacana. Claro, vou precisar me acostumar com os termos, mas só o guia rápido já é uma excelente referência para deixar os posts aqui do Rolando 20 o mais traduzidos possíveis. Ainda não li o livro inteiro, mas tem umas coisinhas aqui e ali. Por exemplo, na página 3: “Um sacerdote de Orcus, chamada Kalarel…” ou alguns degradês de fundo das tabelas que não funcionou direito, ficando branco de repente (pág. 15, por exemplo).
Ah! E outra coisa: a versão nacional já vem com errata. Na página 78, por exemplo, do livro original, o AC do Kalarel fazia referência a um poder inexistente, a versão da Devir corrige esse erro. Em termos de conteúdo, está 100% igual ao original, então jogadores do Brasil, preparem-se para alguns TPK (ou deveria dizer MTG, morte total do grupo) ao encontrarem Dente-de-Ferro, se não estiverem preparados.
Com a Fortaleza no Pendor das Sombras, você já tem tudo para começar a jogar, tirando dados e alguns marcadores. Ele tem fichas prontas de personagens, com algumas restrições: o meio-elfo não tem seu poder de outra classe, nem o mago tem rituais, por exemplo, mas isso se manteve da versão original, e acontece mais por uma questão de simplificação e espaço.
Resumo da ópera: acho que a quarta edição chegou ao Brasil em grande estilo. Com preço razoável (paguei R$ 43,00), e qualidade que não deixa nada a desejar à versão gringa. Peguem seus d20, e preparem-se para rolar muitos críticos!