Depois de ficar dois meses bloqueado com a produção do Episódio 100, resolvi desistir e voltar a gravar. E desta vez, não só temos de volta Davi Salles quanto uma nova membra recorrente, que já gravou com a gente antes, a Danielle Toste.
Essa semana falamos sobre como iniciar campanhas: como escolher o sistema certo, a sintonia com os jogadores, e problemas comuns enfrentados.
Esse episódio foi gravado ao vivo no nosso canal do YouTube, participe! Gravamos as 9:30pm, todas as sextas feiras. Avisamos também no nosso twitter, o @rolando20.
A Wizards of the Coast algum tempo atrás anunciou sua próxima campanha depois do “Ravenloft” light do Curse of Strahd, e depois de Dragões, Elementais, Demônios e Mortos-Vivos, chegou a hora dos Gigantes. Storm King’s Thunder vai englobar os diversos produtos da companhia mais uma vez (RPG, boardgames, romances, miniaturas e videogames como Neverwinter). Mas, como novidade, desta vez a WotC está apoiando a produção de uma série de game play comandado pelo Matthew Mercer, dublador e DM da série Critical Role, que é super bem sucedida aqui nos EUA. Essa nova série se chama Force Grey: Giant Hunters, algo como Força Cinza, os caçadores de gigantes. Vocês podem conferir o elenco completo aqui.
Eu não gosto muito de assistir gente jogando RPG, mas fico muito animado com a idéia de termos atores e dubladores famosos divulgando o D&D por aí. E também fiquei animado com a campanha. Nesse vídeo o Chris Perkings e o Mike Mearls falam um pouco sobre a campanha, mas vou dar um resuminho aqui pra galera.
Basicamente os gigantes começam a causar na região norte de Fae-Rûn. Os gigantes da colina estão roubando comida, para engordar sua líder. Os Gigantes de Pedra tem uma nova divindade (na verdade, um Elder Elemental da Terra se passando por divindade) que pretende destruir completamente as construções humanas e anãs. Gigantes do Fogo estão atacando o povo nos desertos, e os Gigantes de Gelo estão pilhando a Costa da Espada com seus gigantescos barcos e cidades voadoras com velas de asas de dragão. Por fim, entre os Gigantes da Tempestade, três princesas brigam pelo trono dos gigantes enquanto seu pai, o Rei Hekaton, está desaparecido.
Os jogadores vão poder usar magias de runas e até mesmo se transformar em gigantes ao longo da história, que vai levar novamente os jogadores por vários locais icônicos em Forgotten Realms. Eu estou seriamente tentado a considerar essa campanha depois que eu terminar minha campanha atual, até porque já sabemos que ela vai sair também para o Fantasy Grounds, minha ferramenta para jogar D&D Online.
Por fim, Neverwinter, o MMORPG, vai sair pra PS4, e quem sabe agora consigo jogar um pouco, já que é um jogo que consigo jogar do sofá. Desde que as gêmeas nasceram, jogar no PC ficou um pouco mais díficil pra mim.
O que acharam do anúncio? Estão animados? Rolem 20!
Queria contar pra vocês como foi a primeira sessão da campanha Hoard of the Dragon Queen, para o Dungeons & Dragons 5a edição. Já estou preparando essa campanha a mais de um mês, como comentei nesse post, por exemplo.
A aventura se passa no cenário de Forgotten Realms (o cenário base da quinta edição), e temos os seguintes personagens:
Kedrac, true neutral, humano, warlock de Chronepsis (Daniel). Um ex-cultista do Culto do Dragão, esse alto e misterioso humano investiga dragões enquanto usa sua ampulheta mágica para manipular a magia.
Caelynn Starwind, chaotic good, meio-elfa, sorcerer (Dani). Uma órfã, treinada em Aglarond pela gnoma Nyx, investiga sua origem draconiana e um medalhão que estava consigo ao ser encontrada na infância.
Irmão Eko, humano clérigo de Chauntea (Luis). Após ser escravizado por magos de Thay em sua pequena vila ao sul de Daggerford, tomou armas ao ser salvo pela igreja de Chauntea, e agora defende os facíficos agricultores dos reinos.
Marie Tavel, chaotic good, humana fighter (Carol). Após ser presa e torturada pela milícia de Baldur’s Gate por um crime que não cometeu, sua mente fragilizada criou a figura imaginária de Bartô. A guilda de Nine Fingers ainda está atrás dela.
Bellthrandion, chaotic good, moon elf, fighter (Will). Um elfo da nobreza de Myth Draennor, busca redenção da vergonha que trouxe para sua família, enquanto descobre todo um mundo fora da civilização élfica.
Breningan, chaotic good, humano, paladino de Sûne (Jones). Um jovem de apenas 17 anos, o paladino representa a igreja de Sûne para destruir tudo o que for acabar com a beleza do mundo.
Brienne Silvermarks, chaotic good, wood elf, rogue (Mônica). Depois de um estranho acidente envolvendo um artefato nas ruínas de Myth Draennor que matou seus pais e toda uma comitiva, ela se cobriu de místicas tatuagens. Brienne agora busca mais informações sobre isso em Candlekeep.
Não vou entrar nos detalhes da aventura, porque não quero dar spoilers. Mas tenho alguns pontos:
A quinta edição foi aprovada por todos até o momento. Os combates foram rápidos, divertidos, e bem mortais. Aliás, a aventura pode ser extremamente mortal: mesmo com sete jogadores, os kobolds quando com sorte podem derrubar um PC em um único round (o que aconteceu algumas vezes). O paladino do grupo ficou por um hit point de não morrer mesmo. O clérigo de Chauntea trabalhou bastante.
Ainda preciso melhorar no uso da inspiração durante o jogo. Sinto que não distribuí inspiração o suficiente, e não quero que os jogadores forcem situações só para ganhar o bônus. Mas gostei do que os jogadores inventaram para seus personagens, já que não usamos os backgrounds do Player’s Handbook, e sim escrevemos os nossos (ou adaptamos existentes).
Outros: estou usando o deck de Critical Fumbles, que gostei bastante; todos passaram para o nível 2, e achei lindo upar todo o grupo em menos de 10 minutos: um hit die novo, uma abilidade e, para alguns, um slot novo, pronto!
Daqui a duas semanas temos mais D&D! Até lá, e rolem 20.
Acabei de assistir o Guardiões da Galáxia (post sem spoilers fique tranquilo), e esse filme mostra como um grupo de personagens diferentes, conflitantes, e mesmo inicialmente inimigos, conseguem montar um grupo eficiente. Isso acontece com alguma frequência na ficção, mostrando a rivalidade de Raistlin, em Dragonlance, Boromir, em Senhor dos Anéis, ou mesmo do Eric, do desenho Caverna do Dragão. E como é que isso sempre funciona na ficção, mas sempre dá errado no início da campanha, com jogadores frustrados entre si devido ao grupo sem coesão?
O truque para isso funcionar na mesa de jogo, na minha opinião, é simples. Combine antes. Muitas vezes quem faz um personagem com conflitos, faz isso esperando o desenvolvimento do personagem, e que ele vá criar esse elo de confiança ao longo do tempo. Pode até ser que isso aconteça, mas até lá, o seu personagem pode parecer apenas um babaca que empata o jogo para os outros jogadores.
Por isso, como jogador, o importante é deixar bem claro as suas intenções ao longo prazo, mesmo que os personagens do jogo não saibam disso. Explique que seu personagem tem dificuldades de confiar no líder, e vai questioná-lo o tempo inteiro, mas sempre irá na missão no final, com o objetivo de aprender uma lição durante a aventura. Explique que a rivalidade entre dois personagens pelo mesmo par romântico tem o objetivo de gerar intimidade entre os personagem, e não tirar o foco da história. E por aí vai.
Com isso bem explicado e fazendo parte do contrato social da mesa, todo mundo pode contribuir para história sem medo de empatar o jogo, e um personagem difícil, antagonista e babaca pode ser aceito numa mesa de jogo sem que ninguém ache que isso é culpa do jogador.
Tem gente que prefere fazer esse processo em segredo, e acha isso um pouco de meta-jogo. Até pode ser verdade, e se você não tem problemas na mesa, não mude! Mas, se você tiver, experimente combinar antes e divida aqui seus resultados. Espero que sua campanha consiga montar um grupo bem massa!
Continuando a responder as trinta perguntas, a pergunta de hoje é “Criação de mundo – qual é o seu processo?”
Eu sou um DM mais de usar cenários prontos que meus próprios cenários hoje em dia, mas como muitos mestres do meu tempo (a famigerada geração xerox), eu também criei meu mundo próprio, uma mistura de muitas influências (Forgotten Realms, He-Man, Phantasy Star e obviamente Caverna do Dragão) chamado Alestia.
Foi nesse mundo de Alestia onde mestrei minha primeira campanha longa de AD&D, onde Amhark (ranger) e Hyndi (elfa arqueira), auxiliados por Mentor (guerreiro) e Labelas Kerry (mago) lutavam contra as forças malignas do arqui-mago Galahark. Sobraram algumas coisas em formato digital desse mundo, quando tentei expandir para um cenário chamado Sylanus.
Nessa época, achava que um cenário tinha que começar com o mito de criação, deuses, timeline, planos, essas coisas. Hoje, pra mim um cenário tem que começar como começou o Cenário de Campanha do Neverwinter, um dos últimos lançamentos da 4E: uma lista clara de pontos que diferenciam e identificam o cenário.
Afinal de contas, o que seu mundo e seu cenário tem de especial? Se ele é só mais um mundo de campanha clássico (como era Sylanus), não é necessário descrever tanto o mundo; podemos expandir a medida que o cenário é demandado pela aventura. Caso contrário, aí sim, foque no que for diferente.
Tarda mas não falha! Entrando numa nova fase, o podcast Rolando 20 está de volta! Ainda não temos a periodicidade definida, mas queremos voltar a ser quinzenais e garantimos um por mês! E para voltar das profundezas, nada melhor que a reunião de Daniel Anand & Davi Salles para falar sobre as próprias profundezas do D&D, a Underdark!
Damos nossos tradicionais pitacos nos monstros, em como fazer aventuras e ambientar suas campanhas nesse lugar inóspito mas tão presentes nas empreitas dos heróis de Dungeons & Dragons.
E se você gosta de D&D 4E, não deixe de seguir o Rolando 20 no Twitter! Sempre tem novidades, dicas e links por lá! E não se esqueça de colaborar com seu podcaster favorito! Ou, se for comprar Dungeons & Dragons na Amazon, é só clicar antes aqui! Vocês também podem deixar seus comentários aí em baixo.
Como vocês leram anteontem, iniciei uma nova campanha, e gostei bastante do formato que usamos para decidir, em conjunto, como seria a campanha. Se vocês quiserem aproveitar as dicas, segue como foi.
Junte a galera
A gente sabe o quanto já é difícil juntar as pessoas pra jogar, quanto mais fazer personagem, que pode ser feito hoje em dia tranquilamente pela Internet. Mas, se você está começando uma campanha com o objetivo de não parar após a sessão, trate sua criação de personagens como um momento de entrosamento dos jogadores com os seus novos personagens, e também o dos outros. No meu caso, também serviu para um entrosamento geral do grupo, já que só tinha jogado com esse pessoal uma vez ou outra.