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A Arte de Imaginar

folhaA única coisa que na minha opinião é essencial no RPG é a imaginação. Sem elas não dá para jogar e claro, não dá para fazer um montão de outras coisas.

Mestres precisam imaginar encontros, vilões, cidades e muitas vezes reinos inteiros! Enquanto podem usar cenários prontos esses cenários só apresentam um visão superficial de um lugar, e geralmente o mestre vai ter que criar muita coisa até que o cenário fique com aquele realismo interessante.

Jogadores precisam conhecer o cenário para poderem fazer personagens condizentes, mas o mais importante é fazer personagens interessantes, que sejam divertidos, a ponto de se querer jogar do nível um até o trigésimo. Isso não é fácil, é necessário muita imaginação.

Cada um prefere imaginar de um jeito, alguns gostam de ficar sozinhos em seus cantos, outros acreditam que seus amigos, vizinhos e parentes poderiam ser interessantes aventureiros e se inspiram neles e acho também que a grande maioria (incluindo eu mesmo) imagina por tabela. Vemos um seriado e imaginamos, jogamos um jogo e imaginamos, lemos um livro e imaginamos.

Cada um possui sua própria forma de imaginar, gostaria de saber a forma de como vocês fazem, enquanto isso vou dizer sobre meus personagens e aventuras preferidas e como as imaginei.

Karus Shadamash é meu atual personagem na mesa do Daniel Anand, um dragonborn em conflito com quase tudo, sua família, sua sociedade e algumas vezes seus companheiros de aventura. Apesar disso tudo, ele é extremamente amoroso no seu jeito conflituoso. Se tiverem interesse de ler mais sobre ele podem ver toda a história dele, que tento colocar uns updates de vez em quando.

Gangues de Overlook, minha aventura para substituir a primeira do adventure path Scales of War, o que mais me inspirou foi um artigo da dragon sobre um gangue de Bubears chamado Sindicato Fantasma, fiz um review desse artigo da Dragon. Depois foi o filme Gangues de Nova York, estava pensando de fazer uma batalha/guerra civil, mas acho que as coisas mudaram de rumo, e agora os PdJs tem que impedir isso de acontecer.

A Fome Sombria de Ungoliant, uma campanha que se passaria no maravilhoso cenário de Tolkien. Cem anos antes da Guerra do Anel, os aventureiros precisariam destruir uma terrível força do mal, mais antiga de Sauron, mais sombria que Mordor. Essa campanha foi inspirada obviamente pelo Senhor dos Anéis, mas principalmente pelo Simarillion, onde Tolkien fala mais detalhadamente de Ungoliant. Quando li pensei, eu quero derrotar esse monstro, mas como mestre cabe aos outros completarem meu sonho, posso apenas tornar isso tudo épico. Essa campanha estava sendo interessante pois era uma campanha onde eu tentava dar um impressão de livro, eu lembro que quando preparei uma viagem pelo campo até uma cidade próximo que duraria uns dois, três dias e gastei uns seis parágrafos para descrever os campos, os cheiros e o clima comecei a fazer jus ao cenário maravilhoso de Tolkien.

Vocês vão achar tudo de que falei no site de campanhas de RPG, onde também tento colocar as minhas campanhas também, a RPG wiki. E um quote que o Daniel Anand lembrou, do Albert Einstein: “A imaginação é mais importante que o conhecimento” 🙂

E vocês? Como fazem para imaginar, o que faz vocês imaginarem?

Rolem 20!

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Enquete

Qual seu cenário de campanha favorito?

Na enquete deste sábado, perguntamos aos nossos leitores: qual seu cenário de campanha favorito? O cenário que eu mais joguei e mestrei, de longe, é Forgotten Realms. Eu também mestrei durante três anos em Sylanus, meu mundo de campanha de quando comecei a jogar AD&D. Mas já joguei algumas vezes em Eberron (geralmente com o Davi), já mestrei várias sessões de Dragonlance. Tive algumas parcas experiências com Dark Sun e Planescape, embora meu antigo mestre de AD&D usava bastante o Planescape em sua campanha de FR. Dadas minhas experiências, e pelo fato de eu acabar voltando sempre, acho que meu cenário favorito é Forgotten. E o de vocês? Eu não listei todos, claro, usem os comentários para as outras opções que eu não lembrei.

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Abraços, e obrigado pela participação! Rolem 20!

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Escopo

Um dos joguinhos que está consumindo minha vida essas férias é o Spore. O Spore é um jogo onde você cria sua bactéria, e vai evoluindo com ela, até criar uma civilização e explorar o espaço. Legal, mas o que isso tem a ver com D&D?

Bom, o criador de criaturas do Spore pode ser utilizado como um excelente criador de monstros, mas acho que eles vão acabar ganhando as eleições do Inominattus. O que estou pensando aqui é na idéia de escopo de campanha.

Escopo pode ser definido como “o que se pretende atingir”, entre outros. Numa campanha de RPG, é legal que o mestre e os jogadores tenham isso em mente (ou melhor, que conversem sobre o assunto) antes de começar. Por que o escopo de uma campanha pode ser local, mundial, ou mesmo extra-planar. E é aí que traço um paralelo com o Spore:

Estágio de Célula

Esse estágio eu diria que é o estágio pré-campanha. É tudo o que acontece antes da campanha começar: história do cenário, background dos personagens, etc. Esse estágio pode estar quase pronto, se você vai jogar num cenário pronto como Forgotten Realms ou Eberron, mas ainda assim você precisará de trabalhar aqui, seja na preparação da sua campanha como mestre (qual região vou usar? qual o tema?), seja na criação do background do seu PC.

Lembre-se: o que você escolher aqui vai ter forte impacto em tudo o que decorrer para frente. Por outro lado, não se preocupe demais: a sua história (de personagem ou campanha) ainda não foi escrita, está por vir.

Estágio de Criatura

Esses são os níveis heróicos, e a obrigatória salvação da vila. É o estágio que vai definir o seu herói, e seu grupo. Um ponto onde eu faço um paralelo com o jogo é no aspecto de complexidade: ela aqui ainda não precisa vir em grandes doses. Use goblins, hobgoblins, kobolds, cubos gelatinosos. Seja clássico. Lembre-se dos dragões. Coloque NPCs aqui e ali, mas não se preocupe muito em criar uma rede extensa. Por outro lado, vá prestando atenção no tipo de companhia (e aventura) o grupo gosta, e dê andamento à sua campanha nessa linha.

Estágio Tribal

Aqui o estágio ainda bate com os níveis heróicos, mais pro nível 7+, mas você já introduziu uma gama suficiente de NPCs na história para as interações começarem a ser interessantes. Ou seja, apesar das aventuras ainda terem um contexto local, você já tem base o suficiente para criar intrigas políticas e diplomáticas.

Nesse estágio, os personagens já podem ir visitar cidades maiores, e fazer mais do que visitar Dungeons. A base de operações do grupo migra da cidadezinha que eles já salvaram uma meia dúzia de vezes (ou meia dúzias de cidadezinhas, ao seu critério) para uma das grandes cidades dos reinos. Você pode começar a sair do clássico, e colocar um pouco mais de mistura. Prepare-se para colocar mais Skill Challenges nas aventuras, também.

Estágio de Civilização

Aqui entram os níveis Paragon, e grande parte do jogo diplomático. Agora os personagens param de viajar entre cidadezinhas, e usam a mobilidade que irão ganhar com poderes e itens mágicos para viajar entre as capitais de seu mundo. O jogo diplomático também passa de nível, e agora o grupo vai interagir com os grandes embaixadores, reis, chefes orcs, e, claro, mais Dragões. As paragon paths dão mais opção de customização aos personagens, então use NPCs com essas características também, e ofereça alternativas aos seus personagens.

Visitas breves à outros planos começam a acontecer, e o grupo já consegue lutar contra pequenos exércitos das criaturas de outrora. Pistas de que o multiverso é bem maior e mais complexo que o mundo dos PCs começam a aparecer, e isso pode ser na forma de criaturas extraplanares, como anjos, demônios e elementais, ou aberrações alienígenas, como beholders e mind flayers.

Estágio Espacial

Obviamente, o paralelo de viagem planar e níveis épicos é óbvio aqui, mas vai além disso. Agora, o céus não é mais o limite para o grupo. Mostre isso para eles! As viagens entre as capitais dos reinos são agora viagens entre as maiores cidades de cada mundo e de cada dimensão. Viaje no tempo e no espaço, e explore ao máximo a história de seu mundo e seus personagens.

Com os Epic Destinies, alguns (se não a maioria) dos PCs vão ser demi-gods ou coisa parecida. Como eles interagem com os antigos amigos da cidadezinhas do início e seus familiares? Para quem pode se teleportar facilmente, e que tem coisas muito mais importantes e críticas a fazer do que salvar uma vila (como ir peitar o Orcus), de repente o grupo precisa contratar seu próprio grupo de aventureiros, fechando um ciclo.

Os oponentes agora são arqui-demônios, dragões colossais, entidades primordiais e coisas do tipo. Se não o fez ainda, troque a quantidade pela qualidade dos encontros. E comece a se preparar para o fim da campanha, e começar tudo de novo! Boas aventuras!

PS: Salve essas figuras na sua pasta Spore Criations, e as criaturas e estruturas aparecerão no seu jogo!

Bom final de semana e rolem 20!