Na quinzena de hoje, a dupla dinâmica do D&D, Daniel Anand & Davi Salles batem um papo sobre os quatros papéis em combate da quarta edição do Dungeons & Dragons: os defensores, líderes, agressores e controladores. As diferenças, os enfoques, a falta que cada um faz no grupo, as diferenças das classes dentro dos papéis e os tradicionais pitacos dos dois.
Seja por estar começando agora na 4a edição, seja por ainda estar acostumado com um sistema mais cinza de papéis em combate, alguma coisa você irá aproveitar desse bate-papo!
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Eu curti muito esse episódio, e espero que vocês curtam ouvir também! Deixem seus comentários aí em baixo.
Como vocês leram anteontem, iniciei uma nova campanha, e gostei bastante do formato que usamos para decidir, em conjunto, como seria a campanha. Se vocês quiserem aproveitar as dicas, segue como foi.
Junte a galera
A gente sabe o quanto já é difícil juntar as pessoas pra jogar, quanto mais fazer personagem, que pode ser feito hoje em dia tranquilamente pela Internet. Mas, se você está começando uma campanha com o objetivo de não parar após a sessão, trate sua criação de personagens como um momento de entrosamento dos jogadores com os seus novos personagens, e também o dos outros. No meu caso, também serviu para um entrosamento geral do grupo, já que só tinha jogado com esse pessoal uma vez ou outra.
E deixamos o melhor para o final. Depois de falarmos dos líderes, dos defensores e dos agressores icônicos, chegamos agora os manipuladores, os planejadores, as mentes por trás de tudo: os controladores. E quais são as fontes de inspiração para quem quer jogar com esse papel? Na minha opinião, os caras abaixo:
Batman
É isso mesmo, o morcegão. O objetivo dele ali no grupo é claro: usar suas técnicas para minar, atrapalhar, assustar e causar o inferno aos oponentes. O Batman sempre teve como imobilizar, desacordar, ferir, derrubar e outras técnicas, além de ser o maior detetive do mundo. Ou seja, uma mente brilhante, cheio de perícias, e dando condições negativas para todo mundo: um controlador.
E, apesar de cliché total, seu background e motivações funcionam perfeitamente numa mesa de RPG: o trauma e a vingança. Quantos aqui já não fizerem um personagem que queria vingar sua família? Além disso, ele toma o manto do anti-heroi algumas vezes, principalmente quando está do lado dos mega bonzinhos como o Super-homem: faz o que é preciso, desde que não viole o seu próprio código de honra.
Se você quer jogar com um personagem meio sombrio, que tem uma visão tática e deixa os oponentes sofrendo com suas habilidades rodada a rodada, pense no Batman como sua inspiração.
Professor Xavier
No outro universo de quadrinhos, outro controlador. O líder dos X-Men, o Professor X. Se o mago é o controlador do Player’s Handbook, quem não vê o Xavier e não pensa nele como uma espécie de mago? Capaz de usar seus poderes psíquicos para imobilizar, reter, desacordar, botar pra dormir ou mesmo causar danos psíquicos, além de ser a grande mente pensante por trás dos filhos do átomo, o professor é uma excelente escolha para se inspirar num controlador.
Bem diferente do Batman, suas motivações são de fé e esperança. Ele acredita que pode mudar as pessoas através do exemplo e de uma postura adequada. Ele aconselha e acompanha seus alunos, sendo um guia, amigo e, muitas vezes, até um terapeuta. Apesar das coisas ruins do mundo, ele continua firme. E tem, claro, um nêmesis, Magneto.
Se você prefere jogar com alguém mais esperançoso, que supera suas dificuldades diariamente, que parece guardar grande parte de seu poder, e que usa sua habilidade mental de maneira tática, pense no Professor Xavier como inspiração.
Space Ghost
Sim, você leu direito. Para terminar essa série em grande estilo e no maior revival dos anos 80, nada menos que o mascarado espacial Space Ghost. Ele faz mais a linha dos controladores focados em dano, usando suas rajadas de força, seus escudos e campos de força de proteção, ficando invisível e usando seus inúmeros raios de poder. Tem uma lista dos poderes dele nesse FAQ. Ele é um um pouco líder e um pouco defender também, assim como vários outros controladores super-heróis, mas ele pode ser uma excelente fonte de inspiração menos tradicional para seu mago, druida ou invoker.
Space Ghost é paternal, preocupado, e meio despreocupado. Ele se arrisca, sendo bem diferente do Professor X e do Batman nesse aspecto. Seus planos são ousados, mas seu código de justiça é de deixar escoteiros sem graça. Além disso, seus inimigos são memoráveis, ridículos, e inspiradores: Zorak, Brak, Mettalus, a Viúva Negra, Moltar…
Se você quer jogar com um controlador que é corajoso, que se arrisca, que tem bordões cliché e vários tipos de raios para controlar seus inimigos, pense no Fantasma Mascarado como fonte de inspiração.
Outros
São inúmeros! Nos mocinhos, penso no J’onn J’onzz (ou Ajax, como era chamado no meu tempo o Caçador de Marte), no Homem Borracha, Senhor Destino e Doutor Estranho, Reed Richards, Raistlin, Presto, Soundwave e outros. Nos vilões, penso no Magneto, Saruman, Mum-Rá, e qualquer outro master-minder.
E vocês? Em quem vocês se inspiram para viver os controladores?
Em uma nova (e curta) série aqui no Rolando20, iremos comentar sobre os papéis descritos na 4ª edição do D&D, escolhendo como referências figuras clássicas da cultura pop para exemplificar. O Líder não é o papel mais favorito dos nossos leitores, mas temos que deixar o melhor para o final, certo? Esse post saiu do blog do Phill Gamer: O que os anos 80 me ensinaram.
Líder Optimus nunca ficava pra trás. Ele era o primeiro a ir combater Megatron, mas não o fazia sem ponderação e tática. Ele coordenava os Autobots com sabedoria e parcimônia. E nunca desistia.
Figura Paterna
Sabedoria não é o atributo principal dos clérigos à toa. Optimus Prime compreendia e axiliava seus pares com conselhos e sugestões, e os Autobots não temiam sua liderança, eles o procuravam. Aliás, quando Bumblebee aprontava, se ele não contasse a verdade para Optimus, se sentia mal com isso. O respeito que o grupo tinha pelo líder é similar ao respeito para com um pai, porque eles sabem que Optimus não os vai deixar na mão.
Integridade levada aos extremos
Optimus é correto ao extremo: nunca joga sujo, e sua moral é uma referência para os Autobots. Honra e justiça não são opcionais, e sempre são consideradas, mesmo se for para deixar Megatron sobreviver novamente.
Outros Líderes Icônicos
Usando as mesmas referências, quem vêm logo à mente? Eu diria Capitão América e Super-homem. Eu sempre disse que o maior e mais importante poder do homem de aço é a capacidade de escolher entre o certo e o errado. Tanis, de Dragonlance, e Hank, do Caverna do Dragão, apesar de duvidarem de si mesmo o tempo todo, provaram-se grandes líderes. E não temos como deixar de citar Azoun IV, eterno Rei de Cormyr, inspirado fortemente em Rei Arthur, outra referência.
E vocês? Quem vocês consideram referências como líderes?
Na enquete dessa semana, perguntamos qual seu arquétipo (role) favorito. Meu primeiro personagem da quarta edição foi um elfo Fighter, e já me sinto confortável para dizer que já sei como é jogar de Defender. Também acabei de fazer o Linus, um halfling Rogue, que se vocês ouvirem o podcast Rolando 20 amanhã verão que estou me divertindo com ele, mas ainda estou sacando o estilo do Striker.
O Davi já jogou doze sessões com o Karus, um Warlord Dragonborn. Ninguém ainda jogou de controller, mas nós dois já mestramos com controller na mesa. Eu achei legal, mas acho que meu role favorito até agora é o Defender, mesmo tendo Initiate of the Faith para dar uma “quebrada”. Se bem que o Striker e suas montanhas de danos são divertidas. Em termos de roleplay, acho que os arquétipos influenciam pouco ou quase nada. Se eu quiser jogar com um personagem soturno e sombrio, pode ser de qualquer classe, por exemplo. Qual é o preferido de vocês?